Danny
acreditou que este seria mais um verão tranquilo para curtir suas férias, mas
ele não poderia estar mais errado. Um
dia, quando chega a casa, não encontra sua mãe, o que não é usual e, junto com
seu pai, eles esperam por um bom tempo até que ela chega escoltada por dois
policiais porque tinha se envolvido em um acidente e atropelara um garotinho,
que agora estava em coma com poucas chances de sobrevivência.
Enquanto sua
mãe se isola de tudo e todos por conta da culpa, seu pai precisa tomar o lugar
dela na família, ficando sobrecarregado, e seu irmão mais velho não está por
perto porque começara a faculdade em outro lugar e agora tinha viajado com seus
amigos pela Europa, Danny fica sem entender tudo o que está havendo e o motivo
de todos estarem agindo estranho, sendo que a própria polícia afirmou que sua
mãe não era responsável pelo acontecido. Então Danny toma uma decisão que vai
acabar mudando tudo.
Este livro é
bem pequeno, tem apenas 82 páginas, e a história é bem gostosa de ler e ainda
muito envolvente, então é uma daquelas leituras que a gente faz rapidinho.
Mesmo os que não têm costume de ler conseguem finalizá-lo em um dia. Mas confesso
que achei a história curtinha demais, queria mesmo que tivesse mais páginas.
A narrativa está
em primeira pessoa pelo protagonista Danny, e sua voz carrega uma visão
delicada e sincera sobre as consequências do que o acidente gerou na família
Delaney quando eles menos esperavam. Então a linguagem é simples e de fácil entendimento,
e faz com que o leitor se aproxime bastante do personagem, conseguindo sentir
junto com ele tudo o que está passando e o que vivencia em seus dias de acordo
com as decisões que toma. Danny é um personagem sensível, extremamente fofo e
corajoso, e eu gostei demais dele.
“Tormento” é
um livro que possui pontos para reflexão, e mostra como as pessoas são
diferentes, podendo agir de maneiras bem peculiares diante de um mesmo
problema. Achei muito interessante que o autor tenha optado contar esta história
sob o ponto de vista de uma criança, mostrando como ele se sente com tudo o que
está havendo ao seu redor, sem entender a maneira que cada um interpreta uma
mesma coisa de forma distinta.
Apesar de
ter gostado desta obra, se comparada à outra infantil que li do autor e que
também é mais leve, "A Coisa Terrível que aconteceu com Barnaby Brocket" (clique no título para ler a resenha) ela é fraca, senti falta de
um maior desenvolvimento e de mais história, acho que Boyne tinha possibilidades ótimas para continuar, mas optou por
não fazê-lo, o que é uma pena.
Gostei do
final deste livro, que é fofo e feliz e termina com a história fechada, mas não
curti tanto a forma como foi finalizado, porque mesmo que a gente saiba o que
aconteceu, acabou do nada, deixando uma sensação de que não terminou de fato.
A editora
Seguinte fez um trabalho ótimo com a diagramação, a fonte é grande e os
espaçamentos estão com tamanhos bem confortáveis, além de contar com páginas
amarelas, facilitando a leitura por um período maior de tempo sem incomodar a
vista. Gosto desta capa, mas não é tão bonita e nem algo que chamaria a minha
atenção se eu não conhecesse o autor, mas gostei do clima e do jogo de cores
presente nela.
Relações
familiares, culpa, sentimentos conflituosos, amizade, coragem, desespero, são
alguns dos tópicos apresentados nesta obra infantojuvenil com uma sutileza
contagiante. Recomendo a leitura para aqueles que curtem livros curtos e
marcantes.
Avaliação
Olá meninas!
ResponderExcluirNunca li nada do autor, mas gostei do enredo e da resenha. Só achei a capa feinha... rsrsrsrsrsr
bjo bjo^^
Olá
ResponderExcluirLembro de ter visto esse livro e me impressionei com a finura dele haha mas quero mtmt ler e espero gostar bastante, já li um do autor e curti.
Ótima resenha e obrigada pela dica.
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/2014/09/resenha-eu-e-voce-ali-cronin.html
Eu não gosto muito de livros fininhos (acho que me acostumei às séries e sempre que acabam, fico querendo mais... rsrs). Achei muito interessante a história ser contada por uma criança. É raro ver livros assim. Mas, ainda tenho que decidir se vou ler ou não, porque esse livro não muito a minha 'praia'.
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