Confesso que Menti – Justine Larbalestier

Em “Confesso que Menti” conhecemos a história de Micah Wilkins, uma menina que consegue mentir com muita facilidade, tornando-se uma narradora da qual não temos certeza absoluta de que podemos confiar. Logo no início da trama, ela se passa por menino em sua nova escola, e logo depois é descoberta, mas, ainda assim, nesta em outras situações vemos como nossa protagonista é uma boa mentirosa.

Quando Zach, o garoto popular da escola, é assassinado, a lista de suspeitos sobre quem possa ter feito isso é bem grande, e Micah é uma suspeita, ainda mais quando um certo fofoqueiro de plantão contou para todo mundo que viu nossa protagonista beijando Zach no Central Park, mesmo ele tendo uma namorada chamada Sarah. Agora a personagem principal é alvo de cada vez mais fofocas, tendo que lidar com a namorada de Zach, que está se sentindo traída, e com o seu amigo que está tentando descobrir mais sobre o relacionamento dos dois.

Desde que vi que este livro seria lançado pela Galera Record, logo fiquei super empolgada. Isso porque adoro os livros da autora e sua forma de narrativa, e também porque tive a oportunidade de conhecer Justine na sua vinda ao Brasil, em 2012, e passei a admirá-la ainda mais com toda sua simpatia. Quando li a sinopse deste exemplar, logo percebi que precisa ler esta história o mais rápido possível. Agora que tive a oportunidade de ler este lançamento, venho compartilhar com vocês as minhas opiniões a respeito desta obra.

Este livro é bem rápido e fluido, fazendo com que seja uma leitura daquele tipo bem agradável, que consegue prender a gente desde o começo até fecharmos a última página, rodeada de mistérios, intrigas e bastante suspense.

“Confesso que Menti” é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Micah, o que foi bem legal, já que ela é uma narradora bem diferente e nem um pouco confiável. Muitas vezes ela conta fatos que acreditamos ser verdade para, em algumas páginas mais a frente, descobrirmos que era mais uma mentira. Além disso, ela sabe como manipular uma história, contar em pequenos pedaços e nos deixar com várias dúvidas na cabeça. Isso acaba deixado a narrativa e, consequentemente, a leitura mais irresistível e prazerosa.

A capa deste livro, que mostra o rosto de nossa protagonista, é bem bonita e chama bastante atenção, e é milhões de vezes melhor do que as edições lá de fora. A diagramação está quase perfeita, com letras e espaçamento em um tamanho confortável para a leitura, fazendo com que a gente consiga ler por mais tempo sem cansar a vista. O único ponto que achei que poderia ter sido diferente é que a margem superior está bem menor do que a inferior em algumas páginas. Apesar deste fato não ter me atrapalhado na leitura, acho que ficaria visualmente mais bonito se a diagramação tivesse um espaçamento padrão em ambas as margens.

E para aqueles leitores que não aguentam mais séries, este exemplar também é uma ótima indicação, já que “Confesso que Menti” não tem continuações, sendo uma história independente.

Recomendo esta obra para todas as pessoas que gostam de uma boa história envolvendo assassinato, pistas, descobertas e muitas mentiras. Se você curte um bom enredo e uma protagonista nada confiável, que nos faz questionar o que é verdade e o que é mentira o tempo todo, nos deixando intrigados, realmente deve ler este livro, pois ele nos prende o tempo inteiro com uma narrativa rápida, fluida e interessante, que nos deixa com os olhos colados nas páginas até conseguirmos saber o que realmente aconteceu.

Avaliação