Elena pode
até uma princesa da Krósvia, filha de Ana, brasileira que na sua juventude
descobriu que era filha do rei de um pequeno país da Europa, mas não tem nada
de arrogante, metida, ou menina frágil. Pelo contrário, ela é uma jovem determinada,
moderna, que não apenas se preocupa com os problemas do mundo, mas faz algo
para ajudar a quem necessita.
Durante seu
curso na faculdade, Elena decide mudar-se para a Nigéria para trabalhar como
voluntária ajudando as crianças do local. Vivendo há meses por lá, agora
precisa voltar para a Krósvia, pois uma notícia que pode representar grandes
riscos a faz querer ficar perto de sua mãe.
O que ela
não esperava é que sua volta para casa coincide com o retorno do bad boy Luka,
seu primo de segundo grau que foi sua grande paixão platônica da adolescência e
em quem nossa querida princesa deu seu primeiro beijo. Ele pode ser muito mais
velho do que ela e ter implicado bastante com a menina quando ainda era
criança, atormentando-a e fazendo passar por poucas e boas, mas Elena ainda
sente fagulhas de sentimentos fortes por ele, mesmo depois de tanto tempo.
O reencontro
dos dois acaba impactando também Luka, o rebelde sem causa, que é a ovelha
negra da família por conta de tudo de ruim que fez para vários parentes quando
era mais novo. Isso acontece porque Elena não é mais aquela menininha sem graça
e boba, agora ela é um mulherão com um corpo de arrasar que desperta partes do
corpo dele de um jeito nada inocente.
Resta saber
se Elena irá arriscar um relacionamento com Luka, correndo o perigo de se
machucar seriamente, e se ele conseguirá quebrar todas as suas barreiras
emocionais e amadurecer como ser humano para ser digno da princesa.
Este livro
está sendo considerado um spin-off da duologia “Simplesmente Ana”, escrita pela
autora e publicada pela Novo Conceito há alguns anos, e a história deste novo
volume acontece vinte anos depois dos dois que têm Ana como protagonista. Nossa
nova personagem principal é Elena, que é ninguém menos (como o título já nos
conta) do que a Filha da Princesa.
Quem ainda
não leu os livros protagonizados por Ana vai acabar encontrando spoilers
ENORMES de tudo o que aconteceu antes, já que a autora fez um apanhado geral
dos eventos mais importantes dos dois primeiros volumes, revelando qualquer
pequeno detalhe relevante das tramas, principalmente aqueles que vão servir
para o desenrolar de fatos neste. Se você não gosta de descobrir as coisas
desta maneira, aconselho que só leia esta obra depois das demais.
A narrativa
desta obra é intercalada entre Elena e Luka em primeira pessoa, e é meu tipo preferido
de narrativa, porque podemos conhecer bem melhor ambos os personagens, com seus
sentimentos, objetivos, medos e anseios, e ainda temos uma visão mais ampla já
que conhecemos dois lados de uma mesma história.
Elena é uma
protagonista incrível, adorei conhecê-la melhor, e ver que ela é muito mais do
que aparenta ser. Curti sua personalidade, sua força, sua doçura, o fato de que
é bem decidida, a maneira como interage com as demais pessoas, principalmente
porque ela emana simpatia e bondade dos poros, e nunca deixou seu título de
nobreza ou seu dinheiro subir à cabeça, preocupando-se com os demais e fazendo
algo para mudar uma parte do mundo, como, por exemplo, com seu trabalho
humanitário na Nigéria.
A
personalidade de Luka não me agradou, ele não é o tipo de homem com quem eu me
envolveria, nem mesmo um personagem por quem eu teria uma crush literária, isto se deve, em partes, ao fato de eu não curtir
tanto assim os bad boys (sim, sou o
oposto da maioria da população feminina) e ele é a definição mais real desta
palavra que eu li nos últimos tempos, seu passado é obscuro e cheio de nuances
negativas e malvadas e ele teve atitudes terríveis com várias das pessoas ao
seu redor, principalmente a mãe. E eu já devo ter comentado antes aqui no blog
que eu odeio mesmo, mesmo, mesmo quando alguém trata sua mãe tão mal quanto
Luka tratou a dele a sua vida quase que inteira (e olha que por motivos bestas
e a mãe dele é um verdadeiro amor de pessoa) e isto só me fez ter uma raiva tão
grande do personagem que todo o resto que ele possa ter feito de bom (o que não
foi muita coisa) não conseguiu superar isso.
E o romance
entre Elena e Luka não conseguiu me convencer totalmente, infelizmente. Acho
que o relacionamento do casal começou e ficou intenso demais em muito pouco
tempo, então não senti ligação com os sentimentos de Luka por Elena,
principalmente porque fiquei com a sensação de que ele só começou a se
interessar por ela por conta de sua aparência estonteante e já começou a amá-la
sem nem mesmo conhecê-la por inteiro.
Marina foi
cruel com a redenção de Luka e confesso que eu fiquei com o peito bastante
apertado quando um acontecimento terrível se desenrolou no meio da trama, o que
me deixou muito triste mesmo. Além disso, eu realmente gostaria de ver como
seria sua relação com uma pessoa depois do que ele teria falado para ela se
tivesse conseguido, e acredito que teria sido incrível ver a autora trabalhando
com esta parte para eu poder ver o amadurecimento de Luka de uma forma mais
expandida, tentando ser realmente melhor e recompensar o passado.
Este volume
é um new adult, e tem algumas cenas mais quentes, apesar de não ser nada tão
explícito ou extenso. Gostei da forma como a autora apresentou estas partes
porque ficou condizente com o momento e com sua maneira de escrever.
Houve uma
trama política no pano de fundo da história que eu achei bastante interessante,
porque seria algo que poderia ocorrer se a Krósvia realmente existisse
(deveria! Eu queria visitar o belo país), bem desenvolvida, sem ser chata e
estando presente na medida certa, e curti o desfecho que a autora deu para ela.
Eu já havia
lido “Simplesmente Ana” e gostado bastante, então já estava familiarizada com a
escrita da autora e, apesar de não me lembrar tanto da história assim (li em
2013 – minha memória não é das melhores, admito), recordo-me de partes importantes
e outras fofas, e acho que Marina conseguiu manter sua qualidade de escrita
nesta nova história.
Adorei poder
rever muitos personagens que já havia conhecido e descobrir como ficaram suas
vidas depois de todos estes anos, o que fez com que tudo parecesse ainda mais
real, como se fossem pessoas de carne e osso que eu conheço na minha vida e não
personagens fictícios. Adoro esta sensação, quando uma história parece transpor
as páginas do livro.
Gosto
bastante da Ana e do Alex, desde quando os conheci, anos atrás, e este volume
só intensificou ainda mais meus sentimentos positivos em relação a eles.
Principalmente porque pudemos ver o amadurecimento de ambos, a forma como agem
com a família e todo o amor que sentem uns pelos outros e o bom relacionamento
que os pais têm com sua filha.
Eu adoro
esta capa, que é muito bonita e chama minha atenção de longe. A diagramação
interna é simples, com fonte e espaçamento em tamanhos confortáveis para uma
leitura agradável, e no início de cada capítulo há um símbolo gráfico e o nome
do personagem que vai narrar a história naquele momento. As páginas são
amarelas.
Para quem
busca contos de fadas modernos e fofos, com uma protagonista decidida e dona de
uma grande força, um personagem masculino bad boy, e uma trama deliciosamente
bem construída, “Elena, a Filha da Princesa” é para você.
Avaliação
oi flor, como ja li os anteriores da Marina este é um super desejado! quero pra ontem!
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Gosto bastante de livros assim , nunca lí um livro da Mariana mais esse me chamou a atenção.
ResponderExcluir