Dando
continuidade aos posts especiais sobre o livro “Pecaminoso”, de Gisele Souza,
hoje trouxemos entrevistas com a autora e com os personagens Blake e Isa,
protagonistas da obra. Adorei as perguntas das meninas e as respostas dos três.
E vocês,
gostaram de conhecer um pouco mais sobre Gisele Souza e seus personagens?
Gisele, quando você idealizou Pecaminoso,
como seriam inicialmente os protagonistas? Me fale um pouquinho mais sobre Isa
e Blake. (Leitora Carla Fernanda)
Bem,
inicialmente Pecaminoso foi apenas um conto. Quando terminei minha aula de
escrita, a professora me aconselhou a escrever contos e postar gratuitamente
para que as pessoas conhecessem minha escrita. Na época eu tinha terminado
“Inspiração”, meu primeiro livro publicado em formato digital, e ele estava em
fase de revisão. Então, escrevi o conto por uma ideia que tive. Como gosto
muito de histórias que envolvem CEO, tive essa ideia de um encontro quente em
um escritório. A reação dos leitores foi impressionante, praticamente todos que
leram o conto pediam continuação da história do casal, mas eu não queria, acho
que pela quantidade de livros com esse tema fiquei receosa. Então, continuei em
um projeto que estava, que era o segudo livro da série “Impulso”. O conto
continuou fazendo sucesso e os pedidos não paravam. Então, decidi continuar a
história e postar no Wattpad, onde ele foi tão solicitado. Só que eu queria
fazer algo diferente, não queria uma mocinha inocente e nem um cara totalmente
arrogante. Tive muita ajuda dos leitores, os comentários e pontos de vistas
deles me impulsionaram e animaram. Pecaminoso fluiu tão naturalmente, foi
delicioso escrever. Mas eu acredito que tudo tem seu tempo certo, se eu tivesse
continuado a história na época que fiz o conto não teria sido do mesmo jeito.
Pecaminoso surgiu no tempo certo!
Bom, Blake é
um chefe sério, competente em seu trabalho, mas não gosta de se envolver sentimentalmente
com ninguém. Algumas perdas na vida o fizeram ficar receoso, preferia apenas
contato carnal com suas mulheres. A quem ele escolhia a dedo, ou as caçava,
como ele gosta de mencionar. Ele é meu mocinho safado, carrasco e apaixonante.
Isabella é
extrovertida, boca dura, não leva desaforo para casa e não tem dramas para
resolver na vida. Apenas decidiu que se apaixonar não serve pra ela, não abre
mão de controlar seus sentimentos e é extremamente liberal com seus desejos. A
menina é demais, amei cada parte que descobri da personagem.
Isa e Blake, qual foi a primeira impressão
de verdade que tiveram acerca um do outro?
Blake: Eu não sou um cara de meias palavras, meios
termos, metades. Nada disso! E quando eu vi aquela mulher entrando em meu
escritório sabia com certeza que teria que tê-la por inteiro. Cada pedacinho do
seu corpo e muito mais. Necessitava de mais! E peguei. Eu tenho o que desejo e
ponto final! Minha primeira impressão de Isabella Leal foi que ela era um
problema.
Isabella: Hum, delicioso! O homem transpirava sensualidade
por cada poro, aquela cara de homem mal, deliciosamente vestido em um terno bem
cortado, lábios carnudos e arrogância pura. Essa foi minha impressão do chefe
carrasco e não me enganei. Mas sabia que seria como uma droga. Se
experimentasse a primeira vez estaria perdida, porque ele era uma droga
viciante, um predador à caça de sua presa. E sim, eu amo ser a presa dele!
Qual o maior desafio em criar uma
personagem: Ser como ela, ou criar algo totalmente diferente da sua
personalidade? (autora Babi Barreto)
Acredito que
ambos os casos são complicados. Criar uma personagem totalmente o oposto do que
você é, na realidade, pode ser difícil, pois são atitudes e pensamentos
distintos, mas ao mesmo tempo é gostoso porque é como se você conhecesse a
personagem aos poucos, fosse desvendando e acaba se surpreendendo demais. Agora
ser como uma personagem, ou seja, uma personalidade que se assemelha ao que
você é, pode ser fácil, porém, o envolvimento pessoal fica mais intenso e isso
é bom e ao mesmo tempo não é. Então, a dificuldade é relativa, tem personagem que
flui normalmente, tem personagem que demora a surgir. Acho que o segredo é abrir
o coração e se deixar levar.
Blake, você disse que gosta de mulher de
personalidade forte. Então, por que acreditou que estava apaixonado por Bianca,
uma garota tímida e submissa? (Leitora Danielle Thamires)
Exatamente
por esse motivo, Bianca era fácil de amar, fácil de lidar. A segurança da sua
submissão aos meus desejos me deixaram encantado. Não sexualmente falando, não
sou um dominador, mas eu tinha controle da situação, não ficava com medo do que
seus atos provocariam, ela fazia o que eu “aconselhava” e ficava feliz com a
atenção que eu lhe oferecia. Totalmente diferente de certa provocadora.
Isabella, por que você que é uma pessoa tão
determinada e confiante, deixou que algumas inseguranças não permitissem que
você falasse o que sentia pelo Blake?
Blake é
intenso, cada pedacinho dele é demais para suportar. Por mais que eu goste de
uma pegada forte (e minha nossa! O homem tem uma pegada), ele ameaçava minha
segurança. E quando decidi viver minha vida de forma independente não queria
que nada atrapalhasse o meu futuro. Conhecer Blake virou minha vida de pernas
para o ar, literalmente, eu me vi uma pessoa diferente do que era e me fez
insegura. Algo que realmente odiei, mas foi eclipsado pelos prazeres que tive
com aquele carrasco gostoso.
Gisele como você descobriu essa veia para
romances hots? A Isa tem alguma
característica sua? E o Blake? Tem a personalidade inspirada em alguém que você
conhece? (Haja charme e sensualidade para um homem só, né? risos).
Ah, eu
sempre amei livros hots. Leio
romances de banca desde os quatorze anos. Quando resolvi escrever foi
automático entrar nesse gênero, apesar de também amar romances românticos.
Isabella tem
muito de mim, sou impulsiva, boca dura e o humor ácido dela também parece muito
com o meu. (risos).
Então, é
complicado. Às vezes, acho que ele tem sim muito de alguém que conheço, não
posso falar quem (risos). Mas ao mesmo tempo ele é totalmente fruto da minha
imaginação.
Eu achei que a pegada do livro mudou na
metade. Ficou mais suave, menos dinâmico, menos humor... Foi proposital? (Leitora
Ana Carolina Carbonel)
Nada nesse
livro foi proposital. Dentre todos meus livros, ele foi o que fluiu mais
facilmente, me diverti demais escrevendo e a própria história tomou seu rumo.
Os personagens e a trama seguiram seu tempo. Mas acredito que ficou mais
intenso, uma relação menos carnal e com mais sentimentos.
A única que consegui pensar, acho que
complementa um pouco a da Babi, como é o processo de criação da personagem, não
somente no físico, mas também em todo o aspecto psicológico. São feitas
pesquisas para compor determinados aspectos de suas personalidades? Se sim,
como você as faz? (Leitora Iza Corat)
Alguns
personagens surgem facilmente, são “simples” de criar e não tenho nenhuma trava
de conflito de ideias, vamos dizer assim. Mas outros são complexos, preciso de
pesquisas, eu procuro pessoas que acho que se parecem com elas e faço
perguntas, observo... (risos) Principalmente os personagens masculinos. Mas
pesquisa é complicado, porque personagens em si “nascem” como pessoas reais,
eles moram na minha cabeça e ditam cada coisa, atos e sentimentos. É bem
surreal.
Perguntas de Débora Favoreto:
Como surgiu o desejo de lançar um livro?
Caramba,
difícil isso! (risos) Eu nunca fui uma pessoa de grandes sonhos, desejos
“impossíveis”, mas tudo que eu me disponho a fazer vou até o fim, procuro
realizar o melhor e, a partir do momento que eu decidi escrever, eu quis lançar
meu livro. Queria que as pessoas conhecessem a história que criei e graças a
Deus deu tudo certo. Tive o apoio do meu marido, que mesmo não sendo muito
ligado à literatura, ele esteve e está ao meu lado a cada passo que dou. E isso
é muito motivador.
Como se sente com a receptividade das
pessoas que leram Pecaminoso?
Nossa,
confesso que tive, tenho e vou ter muito medo das reações. Pecaminoso é um
livro erótico, mesmo tendo romance e humor, ele tem partes bem quentes que podem
não agradar muitas pessoas. E eu tenho, ainda, muita dificuldade com isso.
Mesmo sabendo que nunca conseguirei agradar todo mundo, busco isso e algumas
vezes me decepciono. E muitas vezes me surpreendo. Caramba, quando “testei” o
livro no Wattpad e as pessoas elogiavam, pediam por mais eu ficava em êxtase,
era surreal. Aquilo me motivava, dava uma inspiração tremenda de continuar. E
agora, com o livro publicado pela Editora Charme, já tive leitores que leram,
gostaram e me procuraram dizendo que amaram, se apaixonaram... É uma sensação
indescritível, um sentimento de dever cumprido, de um trabalho bem feito. É
muito bom!
Por favor, fale um pouco sobre o livro
Pecaminoso.
Bem, é
difícil definir o livro. Ele é tão encaixadinho que se bobear eu conto spoiler
sem querer. O nome surgiu diretamente do protagonista, Blake é arrogante,
egocêntrico, intenso, lindo... Um verdadeiro pecado. E isso é muito dito entre
os dois. Eu achei um nome legal para um livro erótico, é instigante e diferente
(pelo menos não vi nenhum livro com esse nome). A história gira em torno da
Isabella que ao terminar a faculdade de administração está à procura de um
emprego na área de RH e é indicada para uma vaga de secretária na empresa que
Blake é o CEO. Logo na entrevista, ela vê que não será fácil estar no mesmo
ambiente que o carrasco (como ela o chama carinhosamente), mas segue em frente
e é efetivada na empresa. E como bônus, podemos dizer assim, uma situação
inusitada acontece, porém, logo depois, ela percebe que se tornou um erro e
resolve dar o troco. Só que a vida tem uma maneira de nos dar uma rasteira.
Blake se vê enredado nas teias da morena, e se encontra viciado. Os encontros
dos dois são muito bem-humorados e quentes. Adorei escrever cada linha.
Você se inspirou em alguém para criar os
personagens (Blake e Isa)?
Então...
(risos) é complicado. Quando escrevi o conto do Pecaminoso foi uma maneira de
“treinar” a parte hot da minha escrita que até então era mais “leve”. Blake foi
criado estritamente da minha imaginação, claro que eu tenho um personal
personagem, mas nada que seja uma inspiração em si. Para pensamentos, eu
perguntei muito ao meu “personal”. Tipo: Homem pensa assim? Fala assim? Um
homem faria isso?
Agora para a
Isa... (risos). Ela é uma mistura. Queria fazer uma mulher impulsiva, que não
leva desaforo para casa, que sabe o que quer e pega. Desinibida e boca dura,
além de muito bem-humorada! Mas inspiração em si não são, eles meio que são
mistura de personalidades.
Quais os avatares que pensa quando fala
deles?
Ahhh, isso é
demais! Quando escrevia o livro eu me inspirei muito nas fotos do Justin
Clynes. Na expressão facial, corpo... Enfim, ele era o Blake. Agora fico um
pouco dividida com o cara da capa, Reider Robert. Ele “encarnou” tão bem o
Blake que meu coração dá uma balançada. (risos).
A Isa sempre
foi a Victoria Justice, o rosto inocente, alta, magra, cabelos escuros e uma
beleza comum.
O que é mais difícil na vida de um
escritor?
Pra mim é
aprender a conviver com as críticas, tanto positivas quanto as negativas. Tem
que saber tirar o melhor de cada uma. Não se deixar “flutuar” com os elogios,
manter os pés no chão e fazer o melhor. E não levar para o lado pessoal as
negativas.
Está envolvida em algum novo projeto?
Sim! Os
projetos não acabam, graças a Deus. Além de dar continuidade à série Inspiração,
eu estou escrevendo um livro novo, diferente do que estou acostumada, mas não
tanto, e estou amando. É uma delícia escrever coisas novas. E procuro
diversificar nos gêneros. Amo!
Qual escritor considera de leitura
obrigatória?
Vixi, agora
complicou! (risos). É difícil dizer apenas um, mas vou tentar. Acho que dos
autores internacionais, J. R. Ward. Eu amo a série da Irmandade da Adaga Negra,
é uma mistura de gêneros, situações. Perfeita! E dos nacionais, amo os livros
da Maribell Azevedo. A escrita dela é de muita sensibilidade, qualidade e
romance. Sou romântica de carteirinha e muito fã.
Deixe uma mensagem aos leitores.
Quero
agradecer a todos que me acompanharam até aqui, aos que me incentivaram a
escrever Pecaminoso. Aos que me ajudaram nessa jornada, que ficaram felizes
pela minha conquista. Espero poder sempre surpreendê-los, fazer novas
histórias, novas paixões. Sou grata por cada carinho. E a cada novo leitor,
tenho um novo amigo. Obrigada por dividirem essa paixão comigo.
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