Já perdi as contas de quantos
livros me decido por ler, e quando finalmente os pego para ler me esqueço
totalmente do que se trata. Normalmente tudo que sei é que é uma fantasia, mas
não muito mais. Foi assim com A Profecia do Pássaro de Fogo (#01 Trilogia Echo), da autora Melissa
Grey, publicado pelo selo Seguinte. Li a sinopse uma vez, armazenei a capa como
quero ler e pronto, como é um livro pouco comentado fui lê-lo as cegas.
Echo é uma adolescente que fugiu
de casa e foi criada entre os Avicen, e desde então os têm como sua única
família. Ladra por natureza ela estava em mais um dia de roubou, e tudo corria
bem até que sua guardiã descobre que o presente que ganhou da protegida não é
apenas uma caixinha de música. A partir de uma migalha de pão pede para que
Echo comece uma jornada em busca do pássaro de fogo, uma entidade capaz de
trazer paz entre os Avicen e os Drakharin. Entretanto a corrida é contra o
tempo já que os Drakharin também estão nesta busca, será que Echo, uma humana
conseguirá realizar a profecia?
Grey criou uma estrutura de mundo
pautada em uma realismo fantástico, ou seja, entre o mundo que conhecemos existem
diversas criaturas fantásticas, no caso duas delas têm destaque os Avicen-
mistura de humanos com pássaros, e os Drakharin- mistura de humanos com
dragões. Isso é original em sua estória, visto que até então eu nunca tinha
visto tais referências. A guerra entre elas talvez não seja um destaque,
especialmente o fato de a guerra se perder no tempo e sentido. Como sempre que
me apresentam novos universos eu tenho necessidade de saber sobre suas origens
e costumes, neste sentido Grey não aprofundou, tudo que fez foram leves
introduções, assim como quem talvez seriam outras criaturas deste universo (ela
só comenta de feiticeiros).
A narrativa é rápida e desperta
curiosidade, ainda mais por transitar em diversas partes do mundo, como New
York, Kyoto, Estrasburgo e a Floresta Negra. E Echo por viver em uma biblioteca
e ser leitora ávida tem a estranha mania de em seus pensamentos citar palavras
de diversas línguas para definir seu momento, estranho mais interessante.
Echo deixou para trás um passado
de maus tratos para viver sua vida sozinha. Quando esbarrou em Ala quando era
ainda uma criança não fazia ideia do mundo subterrâneo que iria entrar.
Crescida ela passa a praticar um pouco de magia para efetuar seus roubos, e se
diverte fazendo isso. Como sempre é bem sucedida tem um confiança em si um
pouco exagerada, e logo uma língua que chega antes dela. Agora quando se trata
de relacionamentos ela é menos segura, especialmente com o namorado Rowan.
Ala é uma criatura que pouco
fala, e quando fala é através de enigmas. Sabemos que ela é muito antiga, logo
sábia. Ela parece saber com antecedência tudo o que vai acontecer, mesmo assim
não percebeu o destino que estava diante de seus olhos. Criou Echo, e a tem
como uma filha. Ivy, é a melhor amiga de Echo, uma aprendiz de curandeira
divertida e simpática. Se envolve sem querer na aventura da amiga, e mostra-se
uma pessoa capaz de perdoar o que poucos perdoariam.
Do lado dos Drakharin, temos o
príncipe dragão, Caius, um individuo de índole duvidosa, já que seu passado é
marcado pelas guerras e o sangue dos que matou. Parece estar cansado deste
guerra que não levou seu povo a nada, por isso também parte em busca do
pássaro. Quando cruza com Echo seu universo sofre um forte abalo. Seu guarda
costas, Dorian deve sua vida ao príncipe, e é capaz de contrariar a si mesmo
pelo que seu príncipe decidir. Sua fidelidade custa seu amor próprio.
Por fim temos Jasper, amigo de Echo que ajuda o grupo quando todos estão em fuga. Dono de uma personalidade exuberante como suas penas de pavão, parece estar em busca de um amor e uma aventura que traga prestígio para sua vida. Desenvolve especial atenção por Dorian, e essa dupla soa cômica.
O livro não tem grandes
problemas, salvo uma sensação de déjá vu, que me remete ao universo de
Instrumentos Mortais. Não consigo estabelecer neste momentos as pontos de
encontro, mas o clima do livro é muito similar. E essa sensação é que estraga o
clímax do livro. Especialmente por um protagonista ter um amigo que gosta dele
(Jace e Alec?), e que surge um terceiro tentando entrar na relação (Magnus? tão
brilhante quanto nosso Jasper!).
A série conta com o segundo livro
já publicado lá fora, The Shadow Hour, e o terceiro livro, The Savage Down
previsto para o verão americano deste ano. Ainda existe muita coisa para se
resolver, e tudo que eu gostaria é de saber mais da complexidade de criaturas
que Grey nos apresenta. A Profecia do Pássaro de Fogo tem sua dose de clichês,
mas também sua dose de originalidade. Talvez a balança não esteja equilibrada
como deveria, mas mesmo assim é um livro que merece a leitura como entretenimento.
Avaliação
Adorei essa resenha,já quero ler o livro vou colocar na minha "pequena lista".Toda resenha q leio no blog me deixa c vontade de ler o livro n vou conseguir diminuir minha lista nunca...kkkkkkkkkkkkkkkkk bjs
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