A primeira
coisa que me chamou bastante atenção nesse título foi essa capa maravilhosa que
só de olhar já dá vontade de ter o livro. E, claro, o nome de Neil Gaiman bem
grandão foi outra coisa que me fez querer ler essa obra. Você deve estar
pensando assim: “ Mas é um livro de contos, então apenas um foi escrito por
ele”. Só que o exemplar foi organizado pelo autor, portanto eu já tinha certeza,
antes mesmo de ler, que iria encontrar muita coisa boa por ali.
Como
resenhar um livro de contos é sempre bem difícil, uma vez que são muitas histórias
– neste caso, dezesseis –, para eu falar de cada uma delas. Por isso, vou
comentar apenas sobre as que mais gostei. Mas essa é uma coletânea de contos
povoada por seres fantásticos, magníficos e às vezes assustadores, que vão te
conquistar em todos os momentos. Foi bem gostoso poder ler todos eles, e não
achei que nenhum tenha sido ruim e que eu não leria ou indicaria.
Uma coisa
que achei bem legal é que esse volume possui ilustrações de Briony Morrow-Cribbs
no início de cada um dos contos, e eu, como amo uma boa ilustração, fiquei
doida com isso e achei que completou a obra de uma forma incrível, nos dando
uma visão de cada trama.
Vou começar
falando do conto do próprio Neil Gaiman, chamado “Pássaro do Sol”. Nele,
conhecemos a história de uma sociedade de cavalheiros que comiam criaturas
estranhas como besouros, restos de mamutes e coisas esquisitas assim, que eram
consideradas mágicas. Esse grupo de cavalheiros se reunia diariamente para
provar dessas iguarias e a única coisa que eles ainda não haviam comido era o
pássaro do sol.
O “Prismática”,
de Samuel R. Delaney, também me chamou bastante atenção trazendo a história de
um homem muito magro e de cabelos grisalhos, que entrou em uma taverna
carregando um grande baú, que, segundo ele, trazia dentro um querido amigo,
oferecendo, então, uma recompensa em dinheiro para quem o ajudasse a encontrar uma
cura para o mesmo. E vemos que, após conseguir ajuda de Amos, os dois saem em
uma jornada em busca de três fragmentos de um espelho mágico.
Outra
história que também achei bem legal foi “O Lobisomem Cabal”, de Anthony
Boucher, onde conhecemos um professor de alemão, Lobato Lobo, que, ao receber a
visita de um homem que se diz mágico e repetir algumas palavras, o seu gene de
lobisomem é acionado. A história foi bem divertida e tomou um rumo mirabolante.
Além disso, nesse conto encontramos bastante ação e nos divertimos muito com
esse professor.
O livro em
geral tem uma narrativa rápida e fluida, e, claro, cada leitor vai se encantar
mais com alguns contos do que com outros. Eu fiz um pequeno resumo dos três que
mais gostei, porém, como falei acima, são dezesseis, portanto tem conto para
todos os tipos de gosto, sendo um livro para os amantes da fantasia, que brinca
com o diferente e mexe com a gente em vários sentidos.
Foi bem
gostoso conhecer novos autores e o seus estilos de escrita. Eu, particularmente,
adoro exemplares de antologias, pois tenho a chance de conhecer trabalhos de
pessoas que eu talvez não conheceria em outras ocasiões. Esta obra é
imperdível, sendo bastante interessante e bem agradável.
A capa é
realmente fantástica e acho que combina perfeitamente com o conteúdo. Eu
poderia ficar olhando-a por um bom tempo sem enjoar. O texto do miolo está bem
diagramado, fazendo com a leitura corra com facilidade, e as páginas são
amarelas.
Recomendo “Criaturas
Estranhas” para todo mundo que possui interesse num livro com diversos contos
de diferentes autores, que trazem como tema central seres fantásticos. Reunidos
por ninguém menos do que Neil Gaiman, o mestre da fantasia, esse volume
consegue nos prender do início ao fim com histórias incríveis e arrebatadoras
que vão despertar diversos tipos de sentimentos.
Avaliação
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