Estava procurando alguma coisa
para ler que eu tivesse certeza que me faria bem, e são poucos autores que
proporcionam esta sensação. Uma que tem funcionado muito bem para mim é a Nora
Roberts, pelo menos em todos os romances sobrenaturais dela que eu li. Então
embarquei na leitura de Baile dos Deuses, segundo volume da trilogia do círculo
da autora.
Neste volume o círculo, composto
por seis integrantes (um feiticeiro e uma bruxa, um metamorfo e uma guerreira,
uma princesa e um vampiro) corre contra o tempo para vencer o exercito vampiros
de Lilith. Para alcançar seu objetivo os integrantes ficam sabendo através da
deusa Morrigan que devem ir para outra dimensão em Geall. Para vencer essa
guerra eles tem que vencer suas próprias guerras e serem capazes de levar
outros consigo, seriam eles capazes de vencer o mal?
O primeiro volume da série é
focada no casal Hoyt e Glenna, já este livro embora continue em cima da mesa
história é sob a perspectiva de Blair Murphy, a caçadora de vampiros do século
XX e seu romance com Larkin, o metamorfo. Blair é uma mulher endurecida por sua
história, foi treinada pelo pai para lutar contra criaturas sanguinárias, mas o
que marcou sua vida foi o abandono do mesmo. Ao contrário do que deveria não são
os vampiros quem ela mais teme, mas sim entregar seu amor para alguém e ser
rejeitada.
Larkin é um homem de modos
antigos, já que seu mundo é como uma idade média bem organizada. Não esconde
seu jeito galanteador, e nem a paixão que descobriu ao passar mais tempo com
Blair. É divertido e leve, um bom partido para uma guerreira de coração
partido, porque ao contrário dos tradicionais mocinhos ele não quer protegê-la
simplesmente, ele quer lutar ao seu lado, e eles de fato forma uma dupla
mortal!
Hoyt e Glenna aparecem pouco na
trama, uma pena porque gosto muito deles, mas parece que a relação e seus
papéis na guerra estão bem delimitados e aceitos por eles. Já Cian, o vampiro e
Moira, a princesa ganham mais espaço ao longo da narrativa e imagino que sejam
o foco do próximo volume.
É incrível, quando eu penso nos
personagem não encontro um que eu não goste, gosto de todos, e não existe
aquele momento que queremos que passe logo para saber mais de outro personagem.
Roberts tem uma narrativa em terceira pessoa que prende em seus detalhes e fluidez,
na sua paixão e profundidade. A impressão que tenho ao ler seus livros é que
suas ideias vem a partir de pesquisa e não apenas de criatividade. Eu me sentia
na Irlanda, e depois em Geall, tudo parecia rico, vivo e real.
A autora tem a capacidade de trabalhar
com sexo sem que ele seja o foco ou fique escrachado, ao contrário ele aparece
como mais um elemento na vida dos personagens. Sua ação não demora a
desenrolar, assim a angústia tem começo, meio e fim em poucas páginas. Outra
característica sua é a modernidade quando ela trabalha com personagens
femininas, elas as dota de capacidades, sem o famoso mimi do feminismo, elas
são fortes sem perder suas capacidades femininas, elas sangram mas não tem
tempo para lamentar sua falta de sorte.
O Baile dos Deuses é uma viagem,
uma passagem para outro universo repleto de magia, sangue e vida. Explorando
conceitos batidos de maneira única, Roberts continua bem sua saga para vencer o
apetite de Lilith. O terceiro volume, O Vale do Silêncio já me aguarda e em
breve vai ser devorado com a mesma sede de um vampiro!
Avaliação
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