Eu já tinha
escutado falar desta obra muitas e muitas vezes, sei até que tem várias
adaptações cinematográficas inspiradas nela, sendo que a última delas foi lançada
alguns anos atrás (2002), porém, ainda não tinha começado a ler o livro. Quando
fiquei sabendo, através de amigas e de resenhas, que ele se tratava de uma
história cheia de reviravoltas, suspense, com muita vingança e uma narrativa
deliciosa, não pude evitar querer com ainda mais afinco ler este exemplar.
Então, assim que tive a oportunidade, o passei na frente da minha lista de
leitura (olha que ele é um livro bem grande, com mais de mil e seiscentas
páginas!), e agora venho compartilhar todas as minhas opiniões sobre esta obra,
que realmente encanta quem lê.
Neste volume
conhecemos a história de Edmond Dantés, um destemido marinheiro que tinha um
futuro promissor à sua frente, já que ele havia acabado de ser promovido ao
posto de capitão do navio, e iria pedir a Mercedes, o amor de sua vida, em
casamento. Tudo parecia perfeito, já que ele tinha seu futuro planejado, e tudo
estava correndo bem. Até que, por conta de uma traição de pessoas que estavam
se sentindo com inveja por ele estar feliz e ter uma vida “boa”, pessoas que
ganhariam alguma coisa com Edmond sendo preso, entre elas, seu amigo que queria
seu posto na tripulação, e até mesmo o primo de Mercedes, que queria se casar com
ela, a vida de nosso protagonista muda totalmente e para sempre. Isso tudo porque
ele é preso e condenado à prisão, sob o falso pretexto de ter ido à ilha de
Elba e recebido uma carta de Napoleão Bonaparte em seu exílio.
Agora, ele é
jogado em uma prisão, onde acaba conhecendo Faria, um preso que está há muitos
anos no local, e que ajuda muito nosso protagonista em tudo. Por ele ser mais
velho e saber que não vai conseguir escapar com vida, conta a localização do
tesouro do Cardeal Spada para Dantés e ainda o ensina a arte da esgrima, e
também a se comportar como um lorde, falar outras línguas, entre outras coisas.
Quando nosso
protagonista consegue fugir da prisão, depois de catorze anos, ele já está com
todo um plano de vingança bolado para as três pessoas que lhe causaram tanto
sofrimento e o separaram de sua amada, e, ao descobrir que o tesouro que seu
amigo lhe confidenciou era verdadeiro, ele se torna um homem muito rico,
nascendo, assim, o Conde de Monte Cristo.
Agora, com
muito dinheiro, ele consegue se infiltrar na alta sociedade ganhando a
confiança de seus inimigos, assim como ele se disfarça de outros personagens,
totalmente diferentes, como um padre e um marujo, para conseguir se vingar. Então
ele pode começar a pôr o seu plano em prática e fazer com que os outros sofram,
assim como ele sofreu.
A narrativa
deste livro é ótima, e, enquanto há a trama principal se desenrolando, encontramos
também outros acontecimentos em paralelo, que no final vemos que estão
interligados, fazendo com que este seja um livro e tanto. Além disso, em todo
momento vemos que esta é uma história leve e fluida, que consegue prender a
gente desde o começo até o final com um enredo de tirar o fôlego.
Confesso que
já estava esperando muito deste livro e ele conseguiu superar minhas
expectativas, tornando-se um dos melhores títulos que já li na vida. Amei poder
acompanhar o nosso protagonista, Edmond Dantés, e tudo aquilo que ele estava
fazendo para se vingar, e adorei como o livro foi escrito e narrado, sempre
deixando a gente com um gostinho de quero mais.
Os
personagens desta trama são incríveis e conseguem cativar a gente, cada um com
sua personalidade bem apresentada, fazendo com que a gente torça por alguns eles.
Foi muito bom acompanhar o crescimento de nosso protagonista, que no início do
livro era um jovem ingênuo, que foi crescendo e se tornando em um homem forte,
valente e capaz.
A trama construída
por Dumas é muito inteligente e o autor nos insere magnificamente no contexto
histórico real em que é vivenciada, com muitas informações sobre a história da
França e a sociedade da época, nos primórdios da democracia.
“O Conde de
Monte Cristo” começou a ser publicado como folhetim em agosto de 1844 até
janeiro de 1846 na França, chegando com poucos meses de atraso ao Brasil, que
começou a ser publicado em 1845 pelo Jornal do Commercio e fazia um grande
sucesso. Cento e setenta anos depois ele ainda faz muito sucesso e foi adaptado
para outros formatos (como cinema, TV, quadrinhos, anime, etc.). Ele é
considerado, junto com “Os Três Mosqueteiros” (que também é esplêndido e já foi
resenhado aqui no blog, cliquem no título para conferir), uma das obras mais
conhecidas de Dumas.
A edição que
eu tive o prazer de ler é a Bolso de Luxo da Zahar, com texto na íntegra e uma
tradução perfeita, que, inclusive, foi vencedora do Prêmio Jabuti. A versão
impressa é lindinha, porque o livro é pequeno e gordinho e dá para carregá-lo
para qualquer lugar dentro da bolsa, inclusive porque não pesa tanto assim. A
capa é dura e a ilustração é maravilhosa, como todos os exemplares de clássicos
lançados pela Zahar, e tem tudo a ver com o conteúdo, e ainda vem com um marcador de fitinha. O texto é dividido em
seis partes e no começo de cada uma há uma ilustração incrível, e no início do
livro há uma versão reduzida da apresentação de Rodrigo Lacerda para versão
definitiva, comentada e ilustrada desta obra, lançada pela Zahar em 2008 (eu
NECESSITO desta edição!!), e um prefácio escrito por Dumas.
O único
ponto negativo desta edição de bolso é que as páginas são bem finas, estilo
folhas de Bíblia, então a gente tem que ter bastante cuidado no manuseio para
não amassar nada. Mas eu até entendo o motivo de ser assim, porque a história é
bem extensa e, para caber em um livro de edição de bolso e se manter num
tamanho bom e relativamente leve para podermos carregá-lo com facilidade por
aí, não dava para ser de outra maneira.
Após o
término da leitura, posso afirmar que estou extremamente encantada com Dumas
mais uma vez. E recomendo este volume para todas as pessoas que, assim como eu,
adoram uma história de vingança, romance, mistérios, tudo isso em uma narrativa
rápida e fluida, que prende a atenção do leitor desde o primeiro contato até o
fechamento da última página, e nos deixa com um gostinho de quero mais. Este é
daquele tipo de livro que ao final ficamos pensando em como foi gostosa e prazerosa
a leitura e que definitivamente é uma experiência que nos ensina e nos comove,
além de nos proporcionar ótimos momentos. Leiam, leiam e leiam!
Avaliação
Eu tenho a edição de 2008, comentada e ilustrada, e comecei a ler a uma semana atrás. Realmente,é um ótimo livro.
ResponderExcluirGostei.
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