Dorothy Tem Que Morrer - Dorothy Tem Que Morrer #01 - Danielle Paige

Logo que vi esse título pela primeira vez, sabia que precisava ler essa obra. Certamente ele foi pensado para ser impactante e conseguiu alcançar o que queria, pois, assim que o vi em uma das minhas idas à livraria, logo quis saber o porquê deste título e a curiosidade me fez ler a sinopse, e ela me fez ter vontade de ler essa obra. Porém, por algum motivo inexplicável não tinha lido até agora, quando sua continuação, “A Ascensão do Mal”, foi publicada aqui no Brasil, aguçando ainda mais minha curiosidade.
Nessa releitura sombria do clássico da literatura “O Mágico de Oz”, conhecemos Amy Gumm, uma menina que vive no Kansas e foi mandada para o mundo de Oz por um tornado, junto com Estrela, a sua amiga roedora. Chegando lá, ela descobre que tudo o que leu nos livros não é bem uma verdade, já que encontrou o local devastado e com a Dorothy sendo uma governante tirana que tem como aliados o Homem de Lata, que é o capitão da guarda, o Leão, que se tornou o mestre da Guerra, e o Espantalho, que virou um cientista maquiavélico.
Conhecemos então melhor esse local governado por medo, com um povo oprimido e com a proibição do uso da magia pelas pessoas comuns. Explorando o lugar, nossa protagonista Amy descobre que uma coisa aconteceu em Oz para mudar totalmente a vida daquelas pessoas e o nome dela é Dorothy e sua obsessão pela magia.
Vemos também que as pessoas que acreditávamos ser vilãs não são bem assim, já que a “maldade” pode ser apenas um ponto de vista de determinada situação. Conhecemos o grupo composto pelas bruxas insatisfeitas com esse reinado de nome Ordem Revolucionária das Bruxas Más, que é um grupo de resistência e que acredita que Amy pode transformar Oz de volta no mundo que ele era.
Acompanhamos, então, nossa protagonista nessa nova jornada, criando aliados no caminho, onde ela tem como objetivo tirar o cérebro do espantalho, o coração do homem de lata, a coragem do leão e, por fim, matar a Dorothy, para que Oz volte a ser como era antes e o povo consiga se libertar da tirania que eles estavam vivendo.
A narrativa deste volume está rápida e fluida, fazendo com que a gente não consiga parar de ler. Os personagens são incríveis, cada um com o seu jeito de ser, e amei conhecer todos eles. Nossa protagonista, Amy, é forte determinada, e já passou por muitas coisas na vida, o que fez com que ela amadurecesse rápido, ainda que seja bem nova. Gosto bastante de clássicos recontados, e essa versão ficou realmente perfeita, pois mexeu um pouco com a nossa perspectiva de certo e errado e alterou bastante a versão original. Achei bem interessante e inovador.
Esse foi o primeiro livro de uma série de quatro volumes mais três obras extras contendo três contos em cada, e estou doida para poder ler as continuações. Acho que a autora conseguiu fechar esse livro inicial com chave de ouro, mas ainda ficou bastante coisa para o próximo, então já coloquei na minha pilha de próximas leituras, e estou esperando ansiosamente para tê-lo em mãos.
A Rocco Jovens Leitores optou por manter a capa original e gosto bastante dela, pois tem tudo a ver com a trama, mesmo com seu ar minimalista. A diagramação é simples, mas proporciona uma leitura fácil e confortável, inclusive porque as páginas são amarelas.
Recomendo “Dorothy Tem Que Morrer” para todo mundo que gostar de releituras de clássicos tão famosos e tão gostosos como “O Mágico de Oz” de uma forma totalmente diferente. Os personagens não são como a gente conhece, porém, Oz ainda é cheio de surpresa e magia. Com uma linguagem fácil e uma narrativa bem fluida, esse livro consegue conquistar a gente do início ao fim com um pano de fundo maravilhoso. Recomendo bastante.
Avaliação



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