Logo que vi
esse título pela primeira vez, sabia que precisava ler essa obra. Certamente
ele foi pensado para ser impactante e conseguiu alcançar o que queria, pois,
assim que o vi em uma das minhas idas à livraria, logo quis saber o porquê
deste título e a curiosidade me fez ler a sinopse, e ela me fez ter vontade de
ler essa obra. Porém, por algum motivo inexplicável não tinha lido até agora,
quando sua continuação, “A Ascensão do Mal”, foi publicada aqui no Brasil, aguçando
ainda mais minha curiosidade.
Nessa
releitura sombria do clássico da literatura “O Mágico de Oz”, conhecemos Amy
Gumm, uma menina que vive no Kansas e foi mandada para o mundo de Oz por um
tornado, junto com Estrela, a sua amiga roedora. Chegando lá, ela descobre que
tudo o que leu nos livros não é bem uma verdade, já que encontrou o local
devastado e com a Dorothy sendo uma governante tirana que tem como aliados o
Homem de Lata, que é o capitão da guarda, o Leão, que se tornou o mestre da Guerra,
e o Espantalho, que virou um cientista maquiavélico.
Conhecemos
então melhor esse local governado por medo, com um povo oprimido e com a
proibição do uso da magia pelas pessoas comuns. Explorando o lugar, nossa
protagonista Amy descobre que uma coisa aconteceu em Oz para mudar totalmente a
vida daquelas pessoas e o nome dela é Dorothy e sua obsessão pela magia.
Vemos também
que as pessoas que acreditávamos ser vilãs não são bem assim, já que a
“maldade” pode ser apenas um ponto de vista de determinada situação. Conhecemos
o grupo composto pelas bruxas insatisfeitas com esse reinado de nome Ordem
Revolucionária das Bruxas Más, que é um grupo de resistência e que acredita que
Amy pode transformar Oz de volta no mundo que ele era.
Acompanhamos,
então, nossa protagonista nessa nova jornada, criando aliados no caminho, onde
ela tem como objetivo tirar o cérebro do espantalho, o coração do homem de lata,
a coragem do leão e, por fim, matar a Dorothy, para que Oz volte a ser como era
antes e o povo consiga se libertar da tirania que eles estavam vivendo.
A narrativa
deste volume está rápida e fluida, fazendo com que a gente não consiga parar de
ler. Os personagens são incríveis, cada um com o seu jeito de ser, e amei
conhecer todos eles. Nossa protagonista, Amy, é forte determinada, e já passou
por muitas coisas na vida, o que fez com que ela amadurecesse rápido, ainda que
seja bem nova. Gosto bastante de clássicos recontados, e essa versão ficou
realmente perfeita, pois mexeu um pouco com a nossa perspectiva de certo e
errado e alterou bastante a versão original. Achei bem interessante e inovador.
Esse foi o
primeiro livro de uma série de quatro volumes mais três obras extras contendo
três contos em cada, e estou doida para poder ler as continuações. Acho que a
autora conseguiu fechar esse livro inicial com chave de ouro, mas ainda ficou
bastante coisa para o próximo, então já coloquei na minha pilha de próximas
leituras, e estou esperando ansiosamente para tê-lo em mãos.
A Rocco
Jovens Leitores optou por manter a capa original e gosto bastante dela, pois tem
tudo a ver com a trama, mesmo com seu ar minimalista. A diagramação é simples,
mas proporciona uma leitura fácil e confortável, inclusive porque as páginas
são amarelas.
Recomendo “Dorothy
Tem Que Morrer” para todo mundo que gostar de releituras de clássicos tão
famosos e tão gostosos como “O Mágico de Oz” de uma forma totalmente diferente.
Os personagens não são como a gente conhece, porém, Oz ainda é cheio de
surpresa e magia. Com uma linguagem fácil e uma narrativa bem fluida, esse
livro consegue conquistar a gente do início ao fim com um pano de fundo
maravilhoso. Recomendo bastante.
Avaliação
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