Eu gosto
muito do estilo de escrita de John Green, pois ele sempre consegue me
conquistar com suas histórias e me cativar com os seus personagens. Acho que
ele é um dos autores da atualidade que conseguem fidelizar o seu público com
maestria, sempre nos trazendo ótimos enredos. Por esse motivo, assim que vi que
a Intrínseca iria lançar o seu novo título depois de anos sem nada inédito,
logo o coloquei em minha pilha de leituras, e agora venho compartilhar com
vocês as minhas opiniões sobre “Tartarugas Até Lá Embaixo”.
Neste volume
conhecemos Aza Holmes, uma menina de apenas dezesseis anos que tem TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), e que, ao descobrir que o pai bilionário de um dos seus
amigos de infância desapareceu, resolve, junto com a sua melhor amiga, Daisy, tentar
descobrir alguma pista sobre ele para ganhar a recompensa de 100 mil dólares. E,
assim, ela e sua melhor amiga entram em uma espécie de aventura, na qual
investigam o paradeiro desse milionário e tentam encontrar pistas para
ajudá-las. Para isso, decidem se aproximar de Davis, filho do desaparecido.
Vemos o quanto
o TOC influencia na vida de nossa protagonista, pois suas manias atrapalham em todos
os seus relacionamentos (sejam amorosos ou não), uma vez que às vezes elas
atingem um nível bem alto. Achei bem legal o livro abordar esse tema, pois
cerca de 2,5% da população mundial sofre de TOC, e assim conseguimos entender
melhor sobre esse transtorno, já que o próprio autor também sofre dele, e por
este motivo consegue se expressar melhor sobre o assunto, nos dando uma ampla
ideia de como as pessoas se sentem e como isso as afeta, tudo de uma maneira
bem real, já que ele conseguiu transmitir com palavras os sentimentos e as
sensações causadas por esse transtorno.
Repleto de
referências da cultura Pop, esse volume consegue nos conquistar em todos os
momentos com uma história leve que aborda temas como amizade, família,
reencontros, fan-fics de Star Wars, entre outras coisas que vão fazer com que
você não consiga parar de ler nem por um minuto.
A narrativa
é rápida e fluida e os personagens são muito bem descritos, cada um com sua
personalidade definida, nos cativando com facilidade. Gosto bastante de como Green
consegue mostrar todos os lados da juventude sem precisar romantizar tudo, uma
vez que ele captura tanto as angústias quanto os momentos bons de uma forma
leve e verdadeira, nos dando uma maior identificação com o que estamos lendo. Inclusive porque as soluções não caem no colo de mão beijada, e, como na vida, vemos que
as vezes temos que pedir ajuda para conseguirmos seguir em frente, como o fato
de Aza precisar de terapia para ajudá-la com o seu transtorno, e não
simplesmente acontecer de ela se apaixonar e ficar curada, como vemos mais
vezes do que o necessário por aí.
A capa original
foi mantida e eu até gosto dela, apesar de não poder dizer que realmente
chamaria a minha atenção se eu não soubesse nada sobre o autor ou o enredo. Mas
gostei muito da edição impressa da Intrínseca, que conta com acabamento soft
touch (textura aveludada), páginas amarelas e uma diagramação interna
confortável.
Com um
romance leve e uma narrativa fofa, que fala sobre amizade, família e
reencontros, “Tartarugas Até Lá Embaixo” consegue nos conquistar em todos os
momentos com personagens fortes e muito bem descritos, com uma protagonista que
te ajuda a entender mais sobre o TOC e sobre os conflitos internos que ele
causa, além de nos mostrar um pano de fundo incrível que vai te prender do
começo ao fim.
Avaliação
Olá, estou doida pra ler esse livro, gosto muito da escrita do John Green e esse assunto TOC muito me interessa, cada resenha que leio dele me deixa ainda mais curiosa em conferi essa história.
ResponderExcluirO livro aborda uma doença que muitos ainda desconhecem!! E pensar que a ansiedade pode causar um grande desconforto na vida das pessoas. O que podemos sentir lendo esse livro são sentimentos de amor, amizade, impotência, raiva. Penso que John Green consegue descrever muito bem os sintomas do TOC, pois ele mesmo tem que lidar com a doença!! Porém como o próprio autor diz: “Posso resumir em três palavras tudo o que aprendi sobre a vida: a vida continua”.
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