Quando este
livro foi oferecido para resenha, eu não sabia muito bem o que pensar, mas,
após ler a sinopse, me encantei completamente com o que parecia ser a obra, me
deixando bastante curiosa e determinada para conhecer melhor esse enredo, até
porque gosto bastante de livros que falam sobre os estereótipos criados pela
sociedade e como as mulheres não devem se encaixar neles, pois tudo o que
importa é ser feliz e estar de bem consigo mesmo, independente do que os outros
pensam. Gosto bastante de livros, textos, frases, tudo o que inspira o
feminismo, pois acho que o mundo sempre foi muito machista, então está na hora
de nós mulheres sermos escutadas e valorizadas.
Neste volume
conhecemos três mulheres bem diferentes, Tara, uma mãe solteira que acabou
engravidando na primeira e única relação sexual que teve, e, para completar, o
cara era um completo desconhecido. Sendo atualmente uma mulher de quarenta e
dois anos que divide a sua vida entre seu trabalho e sua filha, ela fica bem
frustrada por não conseguir se dedicar totalmente a uma única coisa. Em seu
trabalho, ela produz documentários sobre abuso e assédio sexual para a
televisão, e com isso trabalha com vários homens, além do seu chefe.
Constantemente ela tem que provar que é ótima no que faz, pois as pessoas a
julgam por ser mulher e mãe solteira. E, para piorar as coisas, sua mãe acha
que a falta de uma presença paterna acaba afetando um pouco a Annie, sua filha,
e, por este motivo, ela sai toda sexta-feira em busca de alguém que possa
preencher essa função.
E é em uma
dessas sextas-feiras que acaba se envolvendo em uma situação onde acaba
conhecendo Camilla. Cam escreve no blog HowItIs.com, e ganha muito dinheiro com
ele, sendo uma boa fonte de renda, já que o mesmo tem muito acesso. Ela tomou
as rédeas da própria vida e determinou o que queria, independente do que a sua
família queria. Feminista, não aceita os padrões impostos pela sociedade e por
isso não quer ter filhos ou ser casada. Seus textos inspiram muitas mulheres
que querem seguir o mesmo estilo de vida. Sendo a mais nova de quatro filhas,
ela acaba escutando bastante sobre o seu jeito, já que foge do padrão. E é uma
mulher determinada, que tem o dom da escrita e sabe muito bem como usá-lo.
Conhecemos
também Stella, uma mulher de vinte e nove anos, que trabalha como assistente de
um fotógrafo famoso. Ela está tendo que lidar com muita coisa em sua vida por
ter perdido a mãe e a irmã gêmea para uma doença, e pelo medo de também poder desenvolver
a mesma. Seu maior sonho é ser mãe e ela se sente muito sozinha, mesmo tendo um
namorado, já que o mesmo não a valoriza. Em suas partes, vemos que sempre está
para baixo, deprimida, e que as perdas que sofreu afetaram muito a sua vida,
tanto profissionalmente como pessoalmente. Para piorar tudo, ela ainda tem que
decidir se vai querer fazer uma cirurgia preventiva para não ter a doença ou se
vai esperar realizar os seus planos de vida primeiro.
E,
conhecendo essas três mulheres bem diferentes, vemos que uma pode, sim, ajudar
a outra, e vemos também que nos piores momentos podemos encontrar a força com a
união e enfrentar várias situações. É um livro que com certeza nos faz
refletir.
A narrativa
é rápida e muito fluida, alternando entre o ponto de vista das três
protagonistas, o que nos deu a chance de entender mais sobre essas mulheres,
assim como seus medos, convicções, anseios, etc. Gostei bastante de ver como
elas foram muito bem construídas, cada uma com o seu jeito de ser.
Essa é uma
leitura que nos faz pensar sobre os paradigmas sociais e nos apresenta temas
como aborto, exposição sexual (temos uma situação bem clara no livro, que
mostra como as vezes uma situação pode fazer a gente ser filmada sem saber e
cair na internet, e as pessoas começarem a te julgar, os acessos dos vídeos
sempre aumentarem e você passar a receber inúmeros comentários de desconhecidos,
sendo vários deles bem ruins), entre outros temas que estão muito presentes em
nossa sociedade.
A capa é bonita,
e, por não ser óbvia, torna-se ainda mais bela e intrigante, fazendo a gente
pensar sobre o que se trata, o que é muito interessante. A diagramação está bem
confortável para uma leitura rápida e as páginas são amarelas.
Como falei
no início desta resenha, gosto bastante de títulos que valorizam as mulheres e
nos fazem refletir sobre tudo. É sempre gostoso ver, mesmo que em uma obra ficcional,
que pessoas pensam assim, que não temos que seguir um padrão e que temos que
nos unir. Nós, mulheres, vivemos em um mundo machista e não aguentamos mais
escutar que somos o sexo frágil e que não conseguimos ser mães e trabalhar ao
mesmo tempo, até porque conseguimos, sim, e tudo isso de salto alto – se quisermos
usá-los, claro.
Gostei
bastante de acompanhar essas três protagonistas, que são tão diferentes entre
si, sendo que cada uma conseguiu me passar um pouco de sua história e fez desse
livro algo tão especial. Curti muito a maneira como a autora conseguiu desenvolver
personagens tão bem escritos, que conseguem nos cativar e passar uma mensagem
tão importante de que não devemos julgar e devemos tentar sempre entender todos
os lados dos acontecimentos. Se você é como
eu e gosta de livros deste estilo, não pode deixar de ler essa “Vacas”, que é
realmente incrível.
Avaliação
A primeira vez que vi este livro confesso que não me senti interessada pela leitura, exatamente porque a capa não transmiti o que realmente se trata a estória, porém quando li a primeira resenha fiquei completamente entusiasmada, e curiosa para saber mais sobre essas três personagens mulheres que vem nos representar dentro da luta de quebra de padrões e paradigma.
ResponderExcluirLendo a resenha, tentei me por no lugar das três protagonistas!! Acredito que me identifiquei um pouco com cada uma delas, principalmente com história é de Stella!! E é incrível e chocante como a sociedade julga situações sem conhecer o contexto do fato ocorrido!! Querendo ler o livro para conhecer e aprender mais com essas mulheres!!
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