Imagine um mundo evoluído
cientificamente, no qual o grande mal do século XX, o câncer, deixou de ser uma
ameaça há muito tempo. Graças aos avanços genéticos, uma “primeira geração” de
humanos fortes e saudáveis surgiu. As consequências dessas alterações genéticas
foram graves para os filhos da primeira geração. Os descendentes, ao contrário
de seus pais, não passam da casa dos vinte. Mulheres morrem aos vinte anos.
Homens, aos vinte e cinco.
Um vírus é apontado como o causador
das mortes precoces. Alguns buscam incansavelmente o antídoto, outros acreditam
que o mundo não tem mais salvação. Este é o plano de fundo de “Aprisionada”.
O medo de que a sociedade seja
extinta dá espaço para os chamados “Coletores”, pessoas que capturam jovens e
as vendem para famílias mais ricas, para que estas procriem e garantam a
continuação da espécie. Rhine Ellery é
mais uma vítima dos Coletores e, assim como outras duas garotas, é vendida para
o Senhorio Vaughn, cujo interesse é fazer dela uma das novas esposas de seu
filho Linden. Enquanto ela é privada de sua verdadeira liberdade, as que não
foram escolhidas tem um fim pior. Em um mundo sem esperanças, pessoas sem
“serventia” são facilmente descartadas.
“[...] o amor não é suficiente para manter
nenhum de nós vivo.”
Esse foi um dos pontos que me
fez refletir sobre a história. Por mais cruel que pareça, o mais preocupante é
a percepção de que existem pessoas que agem da mesma forma fora da ficção. O
universo distópico foi bem construído pela autora e impressiona por ser
possível. Não há nada ali que não possa ser imaginado como o futuro da humanidade.
A questão da morte é um dos pontos que mais me interessou na
história, afinal, saber com quantos anos você provavelmente vai morrer, ou melhor,
de qual idade você não passará é algo difícil de imaginar. Esse é o grande
diferencial de “Aprisionada”, pois essa informação altera muitos aspectos da
sociedade.
“Não sei muita coisa sobre casamentos
tradicionais; nunca fui a um [...]. Com a raça humana morrendo tão jovem, quase
ninguém se casa mais.”
Rhine e as outras jovens, Cecely
e Jenna, reagem de formas diferentes em meio a essa situação. A relação entre
as três, que se tornam “esposas irmãs”, é um ponto interessante da trama. A
poligamia é um tema completamente estranho para mim, por isso me vi indignada
com algumas situações que são consideradas normais na sociedade apresentada no
livro.
“Não pergunte o que o mundo tem que este
lugar não tenha, porque a resposta é algo que eu só posso mostrar para você.”
Gostei de alguns personagens,
mas nenhum deles me conquistou. Rhine não é uma protagonista ruim. Ela não se
deslumbra, tenta sempre se lembrar do que foi tirado dela e não desiste da
ideia de recuperar sua liberdade e reencontrar seu irmão. Em meio a toda essa
turbulência, há o envolvimento amoroso com um dos criados da casa, Gabriel.
“É o pensamento no meu irmão, sozinho
naquela casa vazia, que me força a parar de sentir pena de mim mesma.”
No outro lado está Linden, que apesar
de gentil não ganhou minha simpatia. Algumas características dele me
incomodaram, mas o casamento polígamo por si só foi um fator importante para
que o personagem não me agradasse. Percebi claramente com esse livro como a
cultura em que fomos criados interfere no nosso julgamento sobre determinadas
situações.
“Ele está
respirando na minha nuca, dando beijinhos ali. – Por favor, não fuja de mim.”
O livro é narrado em primeira
pessoa pela Rhine. Apesar de um pouco parada, a história flui com facilidade e a
narrativa é boa.
A diagramação do livro é muito
bonita, contando com uma pequena ilustração que se repete em todos os inícios
de capítulo. Na parte gráfica, o trabalho da Editora Underworld está ótimo. A
capa original, que acho muito bonita, foi mantida e conta com pequenas partes
envernizadas tanto na capa quanto nas orelhas. Por outro lado, existem alguns
erros de revisão.
“Aprisionada” é o primeiro
volume da trilogia do Jardim Químico. A história tem qualidade e potencial para
ser ainda melhor. O romance me decepcionou um pouco, mas estou curiosa para
saber mais sobre essa sociedade. Pretendo ler os dois livros restantes, mas até
o momento não há previsão para o lançamento do segundo volume no Brasil.
Avaliação
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Eu adorei a capa deste livro. É a primeira resenha que leio sobre ele e confesso que gostei muito. Adoro Distopias. Tenho o marcador deste livro e é igualmente lindo. Afinal todos os livros da Editora Underworld são maravilhosos. A única coisa que me deixa desapontada é que eles começão a série mas não terminam, estou esperando até hoje a continuação de Vampiros de Morganville e nada... triste isso.
ResponderExcluirAdorei sua resenha!!!! bjo^^
A capa é muito linda mesmo. Essa demora da editora para lançar os próximos livros das séries também me deixa muito desapontada, principalmente com relação a série Os Encantados de Ferro, que eu adoro.
ExcluirObrigada pelas palavras. =D Bjs
Eu estou maluca pra ler esse livro! Adicionei ele no Skoob faz um tempo porque a sinopse me chamou muito a atenção. Tá, eu confesso, a capa também rs. Realmente fizeram um trabalho incrível nessa capa.
ResponderExcluirÉ uma pena que você não tenha gostado tanto mas de qualquer forma gostaria de ler.
http://desconstruindoaspalavras.blogspot.com.br
Maressa,
ExcluirEu não adorei o livro, mas achei muito bom. A capa e a sinopse chamam mesmo a atenção. Leia quando puder, espero que você goste dele! =)
Bjs
Gente eu acho essa capa LINDAA!!!!
ResponderExcluiré um livro muito bem feito....
Mas confesso que ainda tenho duvidas se quero ou nao ler ele, ainda mais depois d vc ter dito q o romance decepcionou.. e eu AMO romances!!!
Queria muito ver esse livro na mão, nunca vi em nenhuma livraria... :(
Voce deu uma nota baixa, nao me animou muito...
bjinhooos
Pam,
ExcluirEu me decepcionei com o romance por que também AMO romances, então sempre espero um pouco mais deles. Mas o livro como um todo é muito bom. As três casinhas representam que eu achei o livro muito bom, mas não excelente.
Se você tiver a oportunidade, leia! Vale a pena. :)
Bjs e obrigada pelo comentário.
gostei bastante bem intrigante a historia, sempre chama minha atenção , gostei muito da capa e das cuas colocaçoes !! parabens
ResponderExcluirObrigada! :D
ExcluirA capa é linda demais!!!Achei o contexto da historia interessante mas confesso que desanimei um pouquinho com algumas observações que vc fez..3 casinhas é preocupante rsrs!!Mas mesmo assim tenho curiosidade em, lê-lo!!Bjus
ResponderExcluirOi, Suzi!
ExcluirPela legenda do House, três casinhas representam que o livro é Muito Bom, por isso não é tão preocupante assim. rsrs
Como eu disse na resenha, algumas coisas me decepcionaram, mas vale a pena ler! :) Bjs e obrigada pelo comentário.
Adorei a resenha... Ainda não li este livro porque eu achei que não se tratava de uma historia assim...Achei a capa linda...
ResponderExcluirtenho que parar de julgar o livro pela capa e ler a sinopse... o problema desse livros que vem em trilogias, séries é que demoram anos pra chegar a continuação até aqui... principalmente se for uma editora não tão conhecida como a Underworld.
vamos esperar ...
bjus
a capa esta pefeita, meu retro , amei demais, a resenha ficou fantastica .. me deixou mega curiosa !
ResponderExcluirQue livro lindo! Estou super curiosa para lê-lo, mesmo você se decepcionando um pouco ainda tenho esperanças de gostar do livro.
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