Eu já havia
lido “O Lado Bom da Vida”, de Matthew Quick, e me encantado com a história e a
forma de narrativa desse autor. Sempre tive vontade de ler novamente um dos
seus títulos, mas as vezes vamos deixando algo para depois e acabamos nos
esquecendo. Quando eu vi que a Intrínseca iria lançar esse novo volume, resolvi
que não queria mais para deixar para depois, e que eu iria ler uma nova obra de
Matthew agora. Foi assim que comecei a ler “Todas as Coisas Belas” e agora
venho compartilhar com vocês as minhas opiniões.
Nesse volume
conhecemos Nanette O'Hare, uma jovem que é a típica boa menina que consegue
agradar a todos, mas não a si mesma. Ela tem dezoito anos e nunca sentiu como
se realmente fizesse parte de algum grupo, se sentindo um pouco deslocada e até
mesmo sufocada pelas pessoas ao seu redor. Até que o seu professor preferido
lhe dá um livro de presente, O Ceifador
de Chicletes, fazendo com que nossa protagonista logo se identifique com os
personagens e sentimentos abordados naquele exemplar.
Nanette fica
viciada nessa história a ponto de ficar falando sobre ela, sendo assim, seu
professor resolve apresentá-la para o autor do livro e os dois passam a ser
amigos. E é a partir dessa amizade que conhece outros jovens que também gostam
desse mesmo romance e, entre eles, acaba conhecendo Alex, um jovem poeta. Agora,
ela acaba encontrando o apoio necessário para descobrir mais sobre si mesma, indo
em busca dos seus reais interesses e conhecendo uma nova forma de viver.
Nossa
protagonista então começa a tomar decisões diferentes das que eram esperadas
que ela tivesse e, impulsionada por todas as novidades que está vivendo, vemos
que acaba amadurecendo bastante, descobrindo o primeiro amor e se questionando
muito sobre a vida, sobre o seu papel nela, sobre o mundo e a sociedade em que
vivemos. Porém, toda essa mudança e essa liberdade que conquistou, acabam
cobrando um preço.
Uma
narrativa leve que traz inúmeras reflexões e que faz a gente se questionar o tempo
todo sobre nossa vida, sobre liberdade e sobre nossas escolhas. Foi um volume encantador
com personagens maravilhosos, cada um com o seu jeito de ser, além de profundos
e muito bem descritos.
Gosto
bastante da capa nacional, que é milhões de vezes mais atrativa do que as
edições do exterior que vi, em minha opinião. Acho a ilustração linda e as
cores escolhidas ainda melhores. A diagramação é bem confortável para uma leitura
mais fácil e agradável, e as páginas são amarelas.
Recomendo “Todas
as Coisas Belas” para todo mundo que estiver interessado em uma história leve e
descontraída, que aborda temas importantes e nos faz refletir o tempo todo, principalmente
sobre nossa liberdade, sobre como é difícil se libertar das amarras que a família
impõe, sobre autoaceitação e coragem. Foi um livro encantador, com uma linguagem
rápida e fluida, com personagens que vão te conquistar em todos os momentos. Esse
volume realmente conseguiu me encantar e Matthew Quick mais uma vez conseguiu
nos entregar uma história maravilhosa e reflexiva.
Avaliação
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