Como fã da
série Outlander, curto bastante tanto os livros quanto a série de televisão, e
sempre que é possível gosto de manter minha leitura para saber mais sobre esses
personagens tão amados que Diana criou. Esse é o terceiro exemplar da série, que
antes havia sido publicado aqui no Brasil em duas partes, assim como os volumes
quatro e cinco, que também foram divididos em território nacional. Mas a Editora
Arqueiro agora está relançando todas as obras em volumes únicos com a capa da
série (então serão publicadas junto com a temporada relativa), exceto pela sexta,
“Um Sopro De Neve e Cinzas”, que era inédito pela editora aqui no Brasil, e é
lançamento desse mês já em edição completa.
Portanto,
essa é a resenha do terceiro volume, “Resgate no Mar”, completo, e pode conter
pequenos spoilers dos livros anteriores para poder situar os acontecimentos que
os personagens estão vivenciando por aqui. Mas não vai ser nada muito revelador
ou que possa estragar as surpresas de ninguém.
Esse livro
começa em 1968, quando Claire já tem quase cinquenta anos e sua filha já é
praticamente uma adulta que não precisa mais tanto dos cuidados dela. Agora
viúva de Frank, ela tem que retornar a Inverness, onde tudo começou, e relembra
as aventuras vividas por ela e o grande amor de sua vida, Jamie Fraser, do qual
está separada por vinte anos. Quando Claire descobre com a ajuda de Roger
(filho do reverendo que era amigo de seu marido Frank) que Jamie não morreu na batalha
de Culloden como ela acreditava, mas sim que foi preso e não há relatos ou
confirmação de sua morte, nossa protagonista vê uma chance de procurar saber o
que aconteceu, e tem muitas esperanças de que ele possa estar vivo só que em
outro tempo.
Claire então
passa a pensar na possibilidade de reencontrar com o pai de sua filha, e, junto
do jovem historiador Roger, ela começa a juntar evidências para saber sobre o
paradeiro do seu amado para que assim ela volte para o século XVII, ficando
sempre dividida entre voltar para encontrar o seu grande amor ou ficar nesse
século com a sua filha.
Em contrapartida,
vemos o lado de Jamie depois que mandou a sua amada para outro tempo, com sua
filha na barriga, para salvá-las. Como ele ficou uns bons anos escondido até
não suportar mais a solidão e se deixar ser pego pelos ingleses para ajudar a
sua família com o dinheiro da sua recompensa. Vemos como ele sofreu nesse tempo
e acabou se tornando o líder dos prisioneiros, sendo o porta voz entre os
detentos e o diretor. Não teve um dia em que Jamie não tenha pensado em sua
filha, rezando para que ela tenha sobrevivido, e em sua amada.
Também
encontramos vislumbres do passado de ambos os protagonistas nesse tempo que
ficaram separados, e vemos como Claire se dedicou a filha e a sua carreira, se
tornando uma médica, já que antes era uma enfermeira, e de como ela se sentiu
solitária sem poder falar de Jamie para ninguém.
O reencontro
dos nossos protagonistas foi uma das cenas mais lindas que Diana já escreveu, e
me fez ficar com os olhos cheio de lágrimas, já que eles ficaram muito tempo separados
e, ainda assim, o amor prevaleceu mesmo com todas as barreiras.
Com muito
suspense, drama e romance, esse volume consegue nos conquistar em todos os
momentos com uma narrativa rápida e fluida e cheia de reviravoltas, o que faz
com que a história não fique parada nem por um segundo, sendo também muito
completa, surpreendente e viciante! Só com muito talento mesmo, como Gabaldon
já demonstrou há muito tempo que tem de sobra, alguém consegue construir uma
trama tão completa e rica como Outlander
é, que, mesmo sendo uma série com tantos exemplares e todos bem extensos, ainda
tem a capacidade de inovar e trazer coisas empolgantes e interessantes a cada
virada de página.
A narrativa
continua em primeira pessoa pela visão de Claire, o que gosto bastante, já que
ela é uma ótima protagonista e gosto de acompanhar os seus sentimentos. E
também em terceira pessoa quando narra os vinte anos que os protagonistas
ficaram separados, o que também gostei muito, já que assim conseguimos ter uma
visão mais detalhada de tudo o que aconteceu nesse tempo.
Os
personagens continuam ótimos, Claire é uma mulher batalhadora, decidida, forte
e independente e o Jamie continua maravilhoso, lindo e teimoso como sempre,
fazendo com que a gente torça por eles em todos os momentos.
Como este é
um relançamento da obra em edição única para acompanhar o lançamento da
terceira temporada da série, a capa é um pôster da mesma. E está simplesmente
maravilhosa! Fiquei apaixonada pela fotografia, ainda mais porque amo a série e
acho que Sam Heughan e Caitriona Balfe são perfeitos como Jamie e Claire.
Recomendo “O
Resgate No Mar” para todo mundo que acompanha a série de livros ou a de TV e
curte uma trama cheia de reviravoltas, que consegue prender a gente do início
ao fim com personagens maravilhosos e um pano de fundo de tirar o fôlego, que
mistura ação, romance, drama e suspense, tudo de uma forma perfeita que faz com
que a gente não consiga parar de ler e fique com um gostinho de quero mais. E,
se você gosta desse tipo de história, mas ainda não embarcou em Outlander, indico que o faça o quanto
antes, pois você não pode deixar de ler a série, que vai te encantar
completamente.
Avaliação
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