
Na Coluna In Our Living Room de hoje conhecemos um pouco mais sobre o escritor Marco Antonio Rodrigues, autor do livro Perspicácia - O Aprendiz e a Vida, publicado pela editora LP- Books.
Sobre o autor : Dos 47 anos que tenho, 47 e 8
meses moro em Niterói - RJ. Há 13 anos casado, tendo como
herdeiros um casal de poodles (Mãe e filho). Ela negra e ele caramelo. Sou Técnico em Segurança do
trabalho, profissão que me sustenta mas que também me distancia da escrita.
Perspicácia é meu primeiro livro
mas ambiciono publicar outros. Tenho alguns textos, algumas histórias
estacionadas que pretendo pô-las em andamento. Há algumas décadas vinha
asfixiando o escritor que sempre pulsou em meus meandros. Há algo - ainda desconhecido -
que preciso transportar para o papel e ofertar através de livros.
Canais onde você pode saber mais sobre o Max e seu livro:
Confira a entrevista que Marco Antonio nos concedeu gentilmente.
O Modo como temos nosso primeiro contato com a literatura é
determinante para nos tornarmos leitores ávidos ou meros leitores de revistas.
Como foi seu primeiro contato com os livros? E o que fez com que se apaixona
por livros?
Meu
primeiro contato com livros ocorreu na escola onde os professores indicavam
livros (geralmente os da Edição Vaga-lume) para que posteriormente fosse
aplicada prova sobre o assunto.
Contrariando
o que se espera de alguém que gosta de escrever, nunca fui apaixonado por
livros, tão pouco ávido leitor. Lia por obrigação, mas a vontade de escrever
não, essa sempre pulsou com força em meus pensamentos, fluía com naturalidade.
Comportamento incomum para um escritor, é eu sei! Mas não sobrenatural. Fiz
pesquisas e constatei que faço parte da minoria, mas não sou o único. Existem
outros que adoram construir textos, estórias e não são devoradores de livros.
Passei a
me dedicar às leituras nos últimos 10/15 anos e a partir de então estou sempre
lendo algum livro, algum texto (Nada muito expressivo). Acredito que leia em
média uns 10/15 livros por ano. Palestras, documentários e o trato com o
próximo sempre foram grandiosas fontes de aprendizado pra mim, sou bom
observador.
A leitura muitas vezes é um hábito herdado em família, ou
alimentado por ela. Qual o papel da sua família nesta relação? Qual sua opinião
sobre a importância do hábito da leitura?
Como
informei anteriormente, adquiri o habito de leitura com a madureza. Em uma das
orelhas do livro relato que na juventude fui arrastado pelos sedutores prazeres
do período. Minha família nunca deu muita importância aos aspectos culturais.
Minha mãe era a única que lia e lê até hoje, mas jamais atentou para os
benefícios advindos deste hábito, praticava-o e ainda o pratica apenas como
distração.
É fato
incontestável de que a leitura amplia os horizontes, dinamiza o intelecto,
nutre a capacidade de escolhas, de decisões e, sobretudo transforma as pessoas,
pois atua no campo mental, local nobre que uma vez enriquecido: capacita, eleva
e diferencia, evidenciando positivamente aquele que possui boa relação com ela.
A leitura
faz germinar benefícios incomparáveis. Colabora para as diversas formas de
enriquecimento, sobretudo as do âmbito intelecto/emocional.
Nossos autores favoritos são como background quando vamos
produzir nossos próprios textos. Quais são estes autores que te inspiram?
Tenho um
texto no livro (Inigualável plágio) que retrata de alguma forma essa questão.
Nunca me
apeguei a um autor específico, tão pouco me fidelizei aos seus textos. Óbvio
que quando gosto, quando há uma identificação com sua narrativa, quando há uma
agradável e bem aplicada riqueza vocabular... Esses aspectos nos obrigam a
marcar com um X aquele escritor e naturalmente capturamos, arquivamos na mente
e aplicamos aquilo que achamos bom. Tenho dificuldade em eleger favoritos, mas
tenho grande admiração e apreço por OG Mandino, Joana de Angelis (espírito) e
Augusto Cury.
Se você pudesse indicar três obras literárias que mudaram a
sua vida, dentro de qualquer gênero de livro, quais seriam?
Diversos
foram os livros e palestras espíritas que metamorfosearam minha visão, meus
conceitos, minha ideologia. Houve uma grande simbiose, uma identificação
profunda e agradável de minha mente, do meu ser para com essa filosofia. Que
também foi e é um poderoso impulsionador para a leitura.
Leitura
agradável, edificante e difícil (Para os que não têm o hábito da leitura, meu
caso na época) Fato que acabou se tornando combustível para que procurasse ler.
Ouvi muitos livros em palestras, onde o orador esmiuçava aspectos interessantes
de determinados trechos dos livros, incitando assim sua leitura.
Indicar
livros pra mim é tarefa difícil, mas sugiro o universo literário espírita e
para não ficar em falta com a pergunta recomendo “O problema do ser, do destino
e da dor” (Leon Denis) Vários da Joana de Angelis (Espírito) Vários de André
Luiz (Espírito)...
Falando sobre seu livro Perspicácia, percebi que seus textos
são pensamentos organizados que conduzem o leitor a crítica e a reflexão. Esse
comportamento humano na sociedade atual (que embora tenha acesso a mais
informação do que qualquer outro momento histórico) é raro no cotidiano. O que
promoveu este comportamento na sua vida? E porque escrever sobre esse prisma?
A análise
e autoanalise sincera é fundamental para que possamos romper poderosos e
milenares cárceres da humanidade. A escassez deste proceder foi fator
preponderante para que decidisse reacender esse sistema transformador.
As
palavras são sementes que germinam, provocam reflexões, promovem alterações e
mudanças. Inicialmente nos pensamentos, depois nos comportamentos.
Óbvio que
esse processo é lento e depende de outros fatores. Principalmente o verdadeiro
desejo de compreender do leitor/espectador.
Tudo tem
seu tempo. A maturidade bate a nossa porta em momentos diferentes.
Lamentavelmente não é pequena a gama de pessoas que as deixa zarpar sem provar
do seu sabor.
Os tempos
modernos e a sua incessante marcha tecnológica alterou hábitos, condutas e
costumes excepcionalmente eficazes e os rotulou como retrógrados, obsoletos,
defasados... Bobagens!!!
“*A
reflexão é um sol que dissipa lentamente as brumas que ofuscam nossa luz*”.
Seus textos têm temas variados e são diversos os pontos de
partida. O que normalmente te inspira a escrever? Como escolher entre tantos
comportamentos e temas humanos, qual o seu critério?
Minha
bussola mental já esta apontada para um ponto, acredito que todos ou grande
parte dos autores possuem um norte para onde transportam suas inspirações,
naturalmente para o aspecto mais vibrante, aqueles que provocam mais sinapses
em seu íntimo. No meu caso são os aspectos abstratos, etéreos, pois estes
exercem inúmeras e grandiosas influencias sobre a conduta humana. Grandes feitos
da humanidade (Bons ou ruins) se originaram ou foram dinamizados no campo
abstrato.
Inesperadamente
sou acometido por situações que acionam esse campo, fazendo com que converta
rapidamente uma inspiração numa reflexão grosseira a ser lapidada posteriormente.
Dia desses
estava num manguezal e no exato momento que uma tiririca cortou meu dedo
(parecia um bisturi) reflexionei: “A luva protege a mão, o óculos os olhos, o
capacete a cabeça... O que protege a alma?”
Sempre que
posso registro a ideia central e depois trabalho com mais carinho e atenção
para construir em cima dessa ideia um texto que eu considere lega e agradável,
que satisfaça meu eu exigente.
Na leitura do livro surgem diversos conhecimentos de forma
sutil como pano de fundo. Observei pitadas de temas espiritualistas, por
exemplo, (Como no texto "Perdido" onde você aborda a questão do pedir
para encarnar). Você possui uma religião ou filosofia espiritualista? De que
forma ela influencia o seu texto?
Sim!
Dispenso profunda admiração pela doutrina espírita. Filosofia esta para onde
direciono diversas inspirações. Filtro transformador que me ajuda a construir
textos de cunho etéreo.
Refiro-me
a ela como “Manual da vida”. Sem manual para manusearmos os mais simples ou os
mais complexos aparelhos os erros tornam-se obrigatório, iminentes e
sucessivos, mas quando há orientações a seguir e estas comungam com nossa
consciência, com nosso entendimento, os deslizes ocorrem em menor escala.
Na
construção de “PERSPICÁCIA”, apenas alguns textos receberam influencia desta
doutrina. Tentei ser sutil, procurei não levantar a bandeira de nenhuma
religião, mas acaba saindo no suor. Deixamos transbordar aquilo que abunda em
nós.
Publicar um livro no Brasil é um trabalho difícil e delicado,
o mercado editorial brasileiro parece ainda engatinhar. Qual sua opinião a
respeito dele, dos autores brasileiros e como foi a publicação do seu livro?
Acho
necessário que haja uma seletividade, entretanto, incontáveis talentos pululam
a todos os momentos no âmbito nacional e muitos deles acabam se perdendo por
falta de oportunidade. *
Recentemente,
após um mal estar referente à feira literária de Frankfurt, o renomado autor
Paulo Coelho resolveu estender as mãos para 10 talentos que se destacarem na
literatura nacional nos segmentos de fantasia e ficção. Poderia ter feito isso
há décadas e triplicado o número de oportunidades, tamanho o peso, respeito e
credibilidade que ele possui no universo literário.
É dever de
quem esta em cima içar quem esta em baixo. *
Existem as
grandes editoras (Utopia para os novatos) e as intermediárias - vorazes
carrapatos - que somente enxergam e priorizam a obtenção de grana.
O processo
de publicação do meu livro foi estressante, desgastante, cansativo, mas muito,
muito compensador, como qualquer processo a que nos propomos a realizar.
Principalmente se este se dirige para um fim saudável e edificante.
Qual é o papel do livro para você? Um item de entretenimento,
um convite a reflexão e a crítica, ou apenas uma manifestação da sublimação do
autor?
Depende do
momento, pois as convicções mentais, emocionais, psicológicas e comportamentais
podem se alterar no transcurso da existência, mas num aspecto geral e pessoal
encaro-o como um convite a reflexão, o que não impede que abranja os outros aspectos
acima mencionados.
Um livro
depois de pronto, depois que ganha capa, revisão e diagramação, ganha também
ares de documento, fato que sempre me leva a avaliar com carinho e cautela o
que vou oferecer aos meus leitores.
Em nome do House of Chick agradecemos seu contato e a
entrevista, fique a vontade para adicionar qualquer informação que queira
compartilhar conosco!
Gostaria
de expor aqui minha alegria e gratidão por essa conversa super agradável.
NOTA:
Estou trabalhando num projeto – totalmente avesso a literatura - que se der
certo (espero que dê) resolverei muitas pendências de cunho monetário, mas em
contrapartida, não terei mais tempo para construir meus textos (Não dá para
assoviar e chupar cana ao mesmo tempo). Mas não tenho dúvidas de que vou, em
algum momento, em algum período, construir outros trabalhos. Alguns já estão em
andamentos.
Abraço.
Confira o Booktrailer do livro:
Super indico Perspicácia! É um livro que te faz pensar e te mostra outros caminhos.
ResponderExcluirAdorei a entrevista. Marco é uma pessoa muito carismática com seus leitores!
bjo bjo^^
Seu carinho e atenção são valoroso.
ExcluirObrigado Ana Paula.
Marco Antonio Rodrigues.
Seu carinho e atenção são valorosos.
ResponderExcluirObrigado Ana Paula.
Marco Antonio Rodrigues.
Não conhecia o autor e confesso que fiquei curiosa sobre Perspicácia *-*
ResponderExcluirAdoro essa coluna, ela nos da oportunidade de conhecer melhor os ótimos autores nacionais!!
Beijinhos
Obrigado pela participação Suzi. Dê um pulinho lá e confira a página do livro. facebook.com/perspicacia.livro
ExcluirAbraço.
Marco Antonio Rodrigues.