Esse é o
terceiro livro da trilogia escrita por Ana Cristina Vargas, que com a ajuda dos
espíritos Layla e José Antônio, conta, em cada um dos volumes, sobre três vidas
passadas de Layla. No primeiro, “Em busca de uma nova vida”, ela era Dalilah em
600 a.C. e viveu no Egito, na segunda parte dessa trilogia, “Em Tempos deLiberdade”, ela foi Verônica em Roma no ano 28 da era Cristã na Vila Lorena, no
apogeu do Império Romano.
Os dois
livros anteriores já foram resenhados aqui no blog (para ler clique nos títulos
acima), e essa é uma série de volumes independentes. Ou seja, você não precisa
ler um livro para entender a história dos outros dois, e nem precisa ler na
ordem de lançamento.
Por fim, o
ciclo de três encarnações de épocas diferentes vividas por Layla para seu
progresso espiritual é encerrado, (mas acredito que muitas outras vidas a
autora teve antes e entre essas retratadas), e agora entendemos que em cada
fase de sua jornada viveu intensamente, o espírito se transformou com o passar
dos tempos, se tornando de muita luz.
Em “Encontrando
a Paz” o espírito de luz Layla ganha o nome de Eshe, e vive no deserto do
Egito, no ano 700 da Era Cristã. Podemos acompanhar sua luta pela sobrevivência
e por mudar desde criança com a carga de sabedoria oriunda de outras vidas. Essa
menina determinada possuía uma forte personalidade desde pequena, e passou por
muitos momentos marcantes que a moldaram, e, mesmo com tudo o que passou, ainda
conseguiu se transformar em uma pessoa alegre e com liberdade interior,
acreditando na vida e no amor pelo próximo.
A história
verídica contada por Layla e seu amigo de muitas jornadas, José Antônio, é
emocionante. Fala da vida do deserto, principalmente de uma tribo que, por
força de circunstâncias da vida, passou a ser formada apenas por beduínas mulheres,
que com muitas lutas, conseguiram superar,
depois de anos, imensas dores, através da coragem, da determinação, alegria e
muito amor para, enfim, encontrarem a paz tão desejada, e se tornaram felizes e
lúcidas fora dos padrões machistas em que viviam seus ancestrais. Com certeza
essas mulheres, junto com Layla, servem de inspiração para tantas outras nos
dias de hoje.
Que livro!!!
Definitivamente fecha essa trilogia com chave de ouro, e, em minha opinião, foi
o melhor de todos. Então, fica meio difícil colocar em palavras o quanto eu
gostei da leitura e seria impossível descrever tudo o que senti lendo e o quão
essa linda história realmente me tocou. Portanto, aconselho que leiam
“Encontrando a Paz” para poderem ter essa maravilhosa experiência como eu tive,
mas mesmo assim vou tentar passar um pouco do que foi tê-lo lido para vocês.
Essa
história é narrada em primeira pessoa por Eshe, que conta sua própria vida e, que
no decorrer dessa jornada, conheceu pessoas que fizeram parte da busca dela
sempre por coisas melhores para si e para os outros.
Gostei muito
da protagonista, que é uma mulher forte e decidida e está sempre querendo
ajudar o próximo. Também conhecemos diversos outros personagens durante toda a leitura,
e alguns que tiveram mais tempo e influência em sua vida foram bem explorados. O
líder e amigo de sua tribo quando criança, Tio Pepe, era um homem bom e íntegro
que me marcou bastante e merece ser destacado por tudo o que lhe ensinou para
se tornar essa adulta maravilhosa.
“Eshe,
minha linda, ouça as pessoas, mas não apenas com os ouvidos. Ouça com a alma, o
coração e o pensamento. (...) Apenas ouça e espere.”
Gostei muito
do romance deste volume, Eshe conseguiu encontrar o amor da vida dela, e ele a
ajudava e apoiava muito e gostei de como a história de amor deles foi
desenvolvida. Me senti conectada e torci bastante pelo casal.
Durante a
leitura, encontramos descrições de alguns lugares, mas não foi nada que fizesse
a narrativa ficar lenta, apenas mais rica, e eu gostei muito de conhecê-los através
dos olhos da protagonista.
Ler esse
livro é como abrir uma caixinha de surpresas. A cada linha traçada por Layla
descobrimos como a vida pode ser, cheia de altos e baixos. Com ela narrando
tudo o que passou, a história se torna incrivelmente real (talvez porque
realmente tenha sido real), e se fosse retratar todas as mensagens que o livro
nos trás, teria que escrever uma resenha enorme, então novamente indico essa
leitura, pois são lições muito bonitas e permanentes para a vida de todos.
Após a
leitura dessa obra, me sinto feliz e maravilhada com tudo que ela faz para o
nosso espírito. No começo mesmo, Layla fala que em algumas dessas suas
passagens reencarnatórias, nós, leitores, podemos ter feito parte da vida dela.
Acredito que fui uma dessas, pois muitas vezes me surpreendi olhando o infinito
e revendo na minha memória lugares que nunca fui, mas que parecem que de uma
forma ou outra estive por lá. São pensamentos vagos, saudosos, que não sei
explicar, só sei sentir. Leio vários romances mediúnicos, mas esse parece que
veio a calhar com meus ancestrais da minha vida de agora. Meu avô fugiu da
guerra no Líbano, e foi a pé pelo deserto e no caminho encontrou tribos de
beduínos que o acolheram até que chegasse, posteriormente, ao Brasil, trazendo
consigo minha avó logo após uma vasta imigração para nossas terras.
Sinto-me realizada
por conhecer tantas coisas belas na cultura retratada nesse volume, mas há uma
coisa que não aprovo, a forma como tratavam as mulheres beduínas, já que elas
eram tratadas como escravas do marido, não podiam ter/expressar seus
sentimentos, tinham que obedecer sempre, fazendo todas as atividades da tribo
enquanto os homens ficavam parados, conversando e fumando. Por isso, essa história
me sensibiliza.
“O tempo passa e leva consigo simplesmente
tudo. Se formos hábeis e inteligentes, retiraremos dele a experiência, o
crescimento pessoal e a nossa felicidade e bem-estar. Se negarmos essa lei,
adoecemos e arriscamos a própria lucidez em uma empreitada inglória, vivendo
fora da época e da realidade em torno.”
Sobre a
diagramação, esse volume tem 356 páginas, a fonte é grande e bem legível, facilitando
a leitura mesmo com as folhas brancas. A capa é muito bonita e segue o estilo
das anteriores da trilogia. Cada capítulo apresenta uma foto que, conforme o
título, representa algo relacionado ao que será dito no capítulo em questão.
Logo quando
abrimos o livro encontramos uma apresentação sobre a autora, em seguida há um
texto sobre José Antônio e, posteriormente Layla fala por si só e retorna como
espirito liberto da matéria. Ela explica que atingiu o estágio de tranquilidade
da alma, portanto fez um pequeno relato sobre tudo o que passou em suas vidas
passadas.
Com uma narrativa
envolvente e personagens bem construídos, essa leitura fluida e muito gostosa
de acompanhar, vale um lugar na sua estante. Acredito que todos que têm fé ou
se identificam com romances mediúnicos vão se interessar por essa obra porque o
amor está sempre presente. Suas sábias palavras confortam nosso espírito,
acreditando na vida cada vez mais, por tudo o que passamos e que temos que
passar.
Avaliação
Que resenha linda! Adorei os quotes, perfeitos!
ResponderExcluirAinda não li nenhum livro desta série, mas tenho vontade. Já li resenhas muito positiva sobre eles!
Parabéns, adorei meus a resenha! Só não gostei muito da capa.... acho que poderia ser melhor neh?
bjo bjo^^
Adorei essa capa muito inspiradora *-*
ResponderExcluirAdoro livros espiritas e acho que essa historia vai me conquistar de primeira mas já eu prefiro começar pelo primeiro da trilogia já que as vidas passadas de Laila são tão diferentes e interessantes!!
Amei a resenha só aqui no House que encontro livros espiritas de ótima qualidade, não encontro resenha deles em nenhum outro blog ♥
Beijos
Nunca tinha ouvido falar sobre essa série, mas adorei a sua resenha, bem criativa a ideia da história!
ResponderExcluirxx Carol
http://hangoverat16.blogspot.com.br/