Tempo em
Fúria é o segundo livro da trilogia Hourglass,
mas essa resenha não possui nenhum tipo
de spoiler, nem do primeiro volume, Amor Contra o Tempo, que também já foi
resenhado aqui no blog (para conferir clique no título).
Nessa história, algumas
pessoas possuem genes que lhes dão habilidades especiais em algumas áreas
específicas, como viajar no tempo, encontrar objetos através de mapas, e poder sentir
todos os sentimentos que as outras pessoas têm. Esse último é o poder de Kaleb
Ballard, o jovem que é filho de Liam, criador da Hourglass, uma organização para
pessoas que possuem esses genes. As habilidades dele se limitam a isso, mas
no momento ele e outras pessoas (que também não podiam), estão conseguindo
visualizar dobras no tempo, sejam elas do passado ou do futuro.
Agora, um
homem misterioso aparece para Kaleb e os amigos e mostra que não tem problema
em ferir as pessoas e os ameaça a alterar a linha do tempo de modo a estragar a
vida dos envolvidos caso não consiga o que quer: Jack Landers, que é um
assassino que busca o poder e consegue manipular o tempo, modificando as vidas
de pessoas próximas a Kaleb para benefício próprio, mas que está desaparecido.
Os membros
da Hourglass entendem que alguns dos acontecimentos do presente que estão
vivendo não poderiam ter se desenrolado, e as consequências de modificar o
passado para evitar futuras conclusões negativas podem ser ainda piores se fizerem
ou mexerem com algo errado. Em busca de novas soluções para seus problemas e
com um prazo determinado para encontrarem e entregarem Landers, vamos mergulhar
nessa incrível história com ação, habilidades especiais e dobras no tempo.
Eu já tinha gostado muito de “Amor contra o
tempo”, primeiro livro da trilogia, mas “Tempo em fúria” conseguiu me
conquistar ainda mais. A narrativa também é em primeira pessoa, mas dessa vez o
protagonista é Kaleb Ballard, diferentemente do primeiro que era a Emerson
Cole. E acho que a mudança foi muito bem-vinda porque assim podemos conhecer a
fundo outro personagem muito importante para a trama e também temos a chance de
suspirar por outro romance, já que no primeiro volume essa parte já ficou
resolvida com o outro casal.
Admito que primeiramente
fiquei meio receosa de que a autora não conseguisse trabalhar com um novo narrador
em um livro de continuação, mas felizmente não fiquei perdida com essa modificação,
Myra soube explorar um novo ponto de vista muito bem, mantendo o ritmo e o
interesse do leitor, que passa a acompanhar os acontecimentos após a
finalização do volume anterior, não deixando nada sendo esquecido ou mal
explicado e ainda soube nos situar ao que aconteceu anteriormente.
Também temi
que a história de Emerson ficasse de lado já que agora íamos acompanhar tudo
através da visão de Kaleb, mas há participações de todos os personagens já
conhecidos pelo leitor, inclusive do casal Em e Michael. Claro que eles e mais
alguns tiveram menos destaque, enquanto outros apareceram com maior frequência,
porém acredito que essa mudança tenha feito uma adição à leitura da trilogia.
Como já
comentei antes, adoro livros relacionados à viagem no tempo, principalmente
porque cada autor pensa diferente e desenvolve teorias bem distintas para
explicar esse fato, gosto que nada é igual e ainda assim poderia ser real de tão
plausível.
Nesse caso,
as explicações sobre dobras do tempo e outros poderes encontrados no livro são
sempre bem feitas por McEntire, que optou por ir ao caminho inverso da complexidade, então o faz de forma simples e com bastante
sentido, como se essas coisas realmente existissem, e logo da primeira vez que
ela nos conta sobre eles entendemos sem problemas, inclusive as adições que vão
surgindo quando vamos aprendendo mais sobre o assunto.
Aqui conhecemos
mais sobre a Hourglass e sobre outra organização que também tem relação
com viagem no tempo e outras coisas. E uma nova descoberta pode mudar
totalmente o rumo de tudo, já que algumas pessoas estão buscando o poder e nas
mãos erradas algo muito terrível pode acontecer.
Gostei muito
de conhecer melhor o Kaleb, podemos acompanhar o crescimento do personagem e
entendemos melhor o motivo de agir como age. Ele tem aquela aparência de bad
boy e é mulherengo, se sente deixado de lado pelo pai e sente falta da mãe, e se
afoga nas bebidas para esquecer os problemas, mas tem um ótimo coração. Kaleb
aprende mais como usar seus poderes e não deixa de querer ajudar ao próximo
mesmo que isso seja ruim para ele, pois mesmo que possa tirar a dor e o
sofrimento alheio, ele os toma para si, e os sente com bastante intensidade,
chegando a causar dor física.
Senti um
pouco de falta de ver a amizade entre Kaleb e Michael, pois eles eram melhores
amigos antes e agora parecem meio afastados, mostrando que Kaleb tem
ressentimentos por causa do tratamento que o pai tem com Michael e porque foi
ele quem ficou com Em. Por outro lado, houve uma maior exploração da relação e
dos sentimentos de Kaleb com seu pai, Liam, Emerson, a garota de quem ele gosta
(um quase triângulo amoroso, que para a felicidade de muitos acabou não indo
para frente), e sabemos mais sobre a relação que tinha com sua mãe.
A outra
personagem mais explorada nesse volume é a Lily, e, como comentei na resenha do
livro anterior, imaginei que teria um grande potencial nos próximos volumes e
já podemos ver isso sendo bem explorado, já que conhecemos o que ela pode fazer
e ela foi bem relevante em algumas das partes mais importantes, e dá para perceber que suas
habilidades ainda serão exploradas no último livro.
O romance
foi ótimo, já torcia para Kaleb e Lily desde o volume anterior porque achei que
eles combinariam, e o relacionamento deles não aconteceu de forma corrida. Os
personagens foram se conectando com o passar das páginas, conforme passavam
mais tempo juntos e se conhecendo. Começaram não gostando um do outro e a
implicância se transformou em algo diferente. Além de amor, há exploração do
desejo, o que achei legal já que gostei muito da química entre os dois.
Eu até gosto
dessa capa, mas não entendo o motivo de ter sido escolhida para esse livro
porque não tem absolutamente NADA a ver com o conteúdo. Prefiro as capas
originais, que são lindas. A diagramação está simples, mas bem feita, a fonte
está pequena, mas não tive problemas na hora da leitura, o espaçamento está bom
e as páginas são amarelas, facilitando o ato de ler.
O final foi
bem fofo e fiquei muito contente em como a autora resolveu fechar esse exemplar,
espero que essa mudança seja mantida daqui para a frente. Também há uma
finalização para uma das propostas desse volume, deixando outras pontas soltas
para serem desenvolvidas no último livro da série. E posso afirmar que estou
muito ansiosa para o fechamento da trilogia.
Mexer com o
tempo, viagens para o passado e o futuro, poder modificar consequências, são coisas
muito fascinantes sob meu ponto de vista. Juntando com uma narrativa muito
fluida, feita através de capítulos pequenos, com ação, ficção científica, romance,
personagens cativantes e bem construídos e um pitada de diversão, duvido que
você também não vá ficar vidrado na leitura.
Avaliação
Avaliação
Não sabia que esse livro era de uma trilogia... nunca li nada a respeito dele, só tinha visto a capa mesmo, que por sinal é muito bonita!
ResponderExcluirNão li a resenha, porque vou ler primeiro, a resenha do outro, depois volto aqui e leio esta, mas já gostei do enredo! rsrsrsrsrrs
bjo bjo^^
Que capa linda *-*
ResponderExcluirFiquei super curiosa sobre a série!!
Viagens no tempo realmente são bem interessantes quando se bem falados néah!!
Tem que ter aquela bela escrita para envolver e fazer o leitor viajar literalmente com o livro!
Mais uma trilogia para minha lista ♥
Bjus