Existem algumas coisas na vida
que eu não preciso provar para saber que não gosto, e entre estas coisas os
livros não estão. Desde que me tornei uma leitura regular, também abri portas
para gêneros que eu quase tenho certeza que não serão meu estilo, mas para não
bancar a garota que só lê fantasia sem conhecer o resto eu vivo dando chances
para novas leituras, algumas dão certo e me pego gostando de novos gêneros,
outras não, e foi assim com O Amor em Primeiro Lugar, da autora Emily Giffin,
publicado por aqui pela editora Novo Conceito.
Josie e Meredith perderam o irmão
em um trágico acidente de carro, suas vidas desde então nunca mais foram as
mesmas, a tristeza e a culpa são companheiras constantes, e mesmo quinze anos
depois Daniel é pensamento constante. O relacionamento das irmãs não é bom,
suas diferenças com o tempo se acentuaram mais, mas a vida as coloca diante de
escolhas, elas não podem mais viver como estão, para seguir é preciso mudar,
mas será que elas conseguirão se perdoar? Conseguiram fechar este ciclo de luto
e voltar a viver?
Giffin fez sua narrativa em
primeira pessoa com capítulos alternados entre as duas irmãs, a cada momento
uma delas narra seus sentimentos e lembranças. É um recurso interessante que
enriquece a trama, se não fosse o problema da trama ser explorada de maneira
errada. O livro só se torna interessante quando depois de 300 páginas
descobrimos que existe um segredo de uma das irmãs, e é a partir da revelação
dele que as coisa começam a caminhar, antes é tudo uma grande monotonia, sem de
fato um objetivo. Se a autora houvesse partido do ponto do segredo, e mostrado
como as irmãs elaboraram isso, ai sim teríamos um livro sobre superação de
luto, e renovação e estruturação da relação entre elas.
Meredith, uma das irmãs se formou
advogada depois de abrir mão do sonho de ser atriz. Acaba casada com o melhor
amigo do irmão, Nolan. Agora pense em uma mulher em constante tpm, eis esta
personagem que passa o tempo implicando com a irmã, além de procurar
constantemente defeitos no marido. Nunca foi capaz de fazer escolhas e bancar o
que elas demandavam. Ao contrário aceitou passivamente o que a vida lhe deu, e
só depois se deu conta de que não escolheu, ou que não desejava aquilo. É além
de tudo alguém sem auto conhecimento, e pior termina o livro quase como
começou, perdida, incapaz de dizer o que quer para si!
Josie, a outra irmã percebe que
já está ficando velha para ter filhos, seu grande sonho. E tem um último
encontro através de um site de encontros, mas sem ao menos conhecer o
pretendente decide que não vai a diante, parece que ninguém é tão bom como o
ex-namorado Will. É uma mulher impulsiva, e demorou a se dar conta que sua vida
roda em círculos depois da morte do irmão, logo é uma adolescente em corpo de
adulta. Sua relação com o melhor amigo que também é companheiro de casa é
forçada, e claro atrapalha sua vida amorosa. O desfecho desta relação não me
agradou, assim como a grande decisão que esta tomou em sua vida, levando em
conta o novo homem que surgiu na vida dela.
Gabe é o melhor amigo de Josie, e
a ajuda com tudo. É um personagem mais leve e divertido comparado as irmãs, mas
não parece querer muito compromisso com a vida. Já Nolan, marido de Meredith é
dedicado a relação e a filha do casal, mas nada do que ele faz ou tenta
satisfaz a esposa que está certa de que não deveria ter se casado. A falta de
empatia de Meredith com o mundo faz dela não só uma megera, como uma pessoa
fria que vê na irmã os defeitos que estão nela mesma!
Ainda temos brevemente Amy, a
terapeuta de Meredith que deveria ter mais destaque na trama, visto que é um
ponto importante para transformação da personagem. A terapia das duas parece um
tanto estranha, já que ela diz a Meredith o que fazer, ela parece ter uma voz
muito ativa que eu acredito ser uma atitude errada com alguém que sofre com
incapacidade de iniciativa diante da própria vida.
O Amor em Primeiro Lugar sofre
com diversos defeitos, e tinha como intenção ser uma lição de esperança para
quem perdeu alguém, mas a impressão que tive é que quem se perdeu foi a autora
com a ordem dos fatos e falta de conhecimento sobre desenvolvimento humano, não
houve perdão, apenas aceitação, não houve elaboração do luto, apenas luz sobre
ele. Não me cativou, menos ainda emocionou, simplesmente não despertou o que um
bom romance familiar deveria.
Dr. amor Deus continuará a abençoá-lo mais abundantemente, pelas boas obras que você está fazendo na vida das pessoas, continuarei escrevendo boas e publicando testemunhos sobre você na Internet para pessoas que sofrem de qualquer relacionamento para ver e também entrar em contato com você. para ajuda. porque eu sei que com você soletrar, eles também terão seus problemas resolvidos. lovespelltemple@gmail.com
ResponderExcluir