True – Elixir #03 – Hilary Duff e Elise Allen

Essa resenha não apresenta nenhum tipo de spoiler, nem dos livros anteriores, podem ler tranquilos. Quem quiser conferir as resenhas de Elixir e Devoted, basta clicar nos títulos.
Clea Raymond, uma jovem de 17 anos, filha de uma importante política com um renomado cirurgião, acabou descobrindo que tem uma alma gêmea há milhares de anos, Sage, com quem viveu diversas de suas vidas, até que algo muito trágico sempre acontecia e eles eram separados. Ela também descobriu que há um Elixir da vida, que dá vida eterna ao portador, que é pesquisado há tanto tempo quanto o amor deles existe, e que pode ser o responsável por toda a desgraça que eles passaram.
No final de Devoted (livro anterior), alguns acontecimentos inesperados surgiram, fazendo com que o rumo da trama mudasse totalmente e Sage e, consequentemente Clea, fossem afetados diretamente por isso. Esse final abriu possibilidades incríveis para True, uma pena que as autoras não souberam aproveitar nenhuma delas e tenham escolhido um caminho estranho e solto para seguir.
Confesso que fiquei bem decepcionada com o final dessa trilogia. O primeiro livro me agradou, o segundo foi uma grata surpresa, e eu adorei (inclusive entrou para os preferidos de 2012), e minhas expectativas estavam bem altas para o fechamento dessa história, mas não sei onde as autoras queriam chegar, só sei que tudo começou de um lugar (ainda lá em Elixir) e foi para lugar nenhum (aqui, em True), terminando pessimamente, com tudo mal resolvido e muita coisa sem explicação. Esse volume foi totalmente desnecessário, e, para finalizar a série assim, era melhor que tivessem parado no segundo livro.
Esse volume inteiro (!) girou em torno de como salvar Sage do problema que surgiu no volume anterior, que eu não posso dizer exatamente qual é para não soltar spoilers, só que as explicações não fizeram sentido nenhum, porque algumas coisas foram “quebradas”, mas outras continuaram iguais, o que é totalmente sem cabimento!! Além disso, essa questão e a solução para ela foram meio forçadas e nem precisavam existir dessa maneira, só resultando em coisas positivas para Clea e Sage. Ah, e esqueçam as coisas que foram ditas e explicadas nos primeiros livros, porque tudo foi esquecido e virou uma mera lembrança aqui, é como se essa fosse uma história independente.
Outra coisa que me deixou bem triste e chateada foi a finalização que a autora deu para Ben, meu personagem preferido desde Elixir. Ela mudou totalmente o jeito dele de ser nas últimas páginas do livro, transformando-o num (por falta de uma palavra melhor) monstro. Por quê? POR QUÊ?!
Agora, se tem um personagem que eu não gostei desde o primeiro volume, que piorou no segundo, e conseguiu ficar insuportável no terceiro, esse alguém foi Sage. Nossa, até agora não entendo como um personagem tão chato, babaca e tudo de ruim pode ser o par da protagonista! E ainda se dar bem em tantos momentos.
Admito que estava desgostando tanto de tudo o que estava acontecendo (já deu para perceber, né?!), que torci fortemente para que aquilo que eles buscassem não desse certo, e a história desse uma virada, o que seria bem positivo para que pelo menos a finalização fosse boa, mas, infelizmente, meu desejo não passou disso, um desejo.
Apesar de todos os momentos ruins que passei lendo o último volume de uma trilogia que eu adorava tanto (sério, que decepcionante!), pelo menos posso afirmar que a narrativa é bem fluida, e consegue prender o leitor para saber o que vai acontecer em seguida. Além disso, existe um ou outro personagem que realmente são legais, como Rayna, melhor amiga de Clea, Nico, personagem que foi importante na história, e Ben (até pouco antes da finalização desse volume).
A parte gráfica está muito bem feita. Apesar de não gostar tanto assim dessa capa, muito menos porque é bem diferente do primeiro volume, que é a minha capa preferida da trilogia, achei legal da parte da editora manter a original, apesar da versão impressa não ter nenhum diferencial, como verniz localizado. Só não curti que as lombadas de todos os três livros são diferentes, ficando esquisito na estante. A diagramação está simples e ótima, segue o padrão do livro anterior, com espaçamento grande e letras de tamanho confortável, além de contar com páginas amarelas, melhor para a leitura.
Pela minha resenha vocês já devem imaginar que eu não conseguiria recomendar a leitura desse livro nem que eu quisesse, o que é realmente uma pena, mas posso indicar, sim, os volumes anteriores, porque eles foram bem escritos e a história era ótima e original. Se Hilary escrever alguma outra história vou querer ler, só espero que ela não faça a mesma coisa que fez no final dessa.
Avaliação



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2 comentários:

  1. Hum.... que pena.... Eu adorei as resenhas dos dois primeiros livros, tava até com vontade de lê-los, agora não quero mais... Não gosto dessas reviravoltas mirabolantes e sem nexo.

    bjo bjo^^

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  2. Que bela capa hein!!
    É muito decepcionante quando acompanhamos uma trilogia adoramos os dois primeiros volumes e não vemos a hora de ler o final e quando chega é uma decepção total?!
    É muito triste!!
    Acho que vou ler só os dois primeiros mesmo ;)
    Beijos

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