Essa resenha
não possui nenhum tipo de spoiler, nem do primeiro volume, Feita de Fumaça e Osso (clique no título para ler a resenha), nem desse livro, que é o segundo da
trilogia.
“Era uma vez um anjo e um demônio que se
apaixonaram e ousaram imaginar um mundo sem massacres nem guerras.”
Karou, uma
garota de cabelo azul e cheia de tatuagens, foi criada por um demônio sem saber
sobre o seu passado, mas sempre buscando respostas sobre o que e quem é. Até
que, finalmente, ela as consegue e descobre que não fez as melhores escolhas em
sua vida anterior, o que acabou resultando em consequências ruins para seu
povo, os quimeras.
Do lado
oposto de uma guerra ancestral com os quimeras, onde só um lado pode ser vencedor,
estão os anjos vingadores, entre eles Akiva, que foi muito importante na vida
de Karou.
A batalha
continua e se torna insuportável, e Karou precisará se aliar ao Lobo Branco,
que foi responsável pela ruína dela há muito tempo atrás. Só que ações têm
consequências e algumas delas poderão ser terríveis.
“Dias de
Sangue e Estrelas” (o título tem
tudo a ver com a história desse volume e eu adoro quando isso acontece) começa
um tempo depois do término do anterior, e confesso que demorou muito, mas MUITO
mesmo, para me sentir ligada à história desse livro. Primeiro porque li o
primeiro há mais de um ano e não me lembro de muita coisa que aconteceu lá,
claro, e pior é que a autora não nos ajuda nisso já que só cita uma parte ou
outra, sem muito aprofundamento, o que só contribuiu a me deixar “boiando” no
que estava lendo, tive que me esforçar para me lembrar das coisas mais
importantes e, mesmo assim, não tenho certeza de estar 100% certa dessas
lembranças. Pois é, minha memória não é boa. Haha
Segundo
porque não estava sentindo tanta simpatia pelos personagens, exceto pelo casal Zuzana
e Mik, que eram os responsáveis pelas melhores partes do livro. Karou se
transformou bastante do volume anterior para este. Sei que ela passou por
diversas coisas ruins e a pessoa sempre acaba mudando um pouco por conta disso,
mas senti falta da “velha” Karou. Aqui ela se transformou em uma pessoa
submissa e deprimida, que aceita as coisas como são, acha que tem que sofrer
por antigas decisões, e lamenta muito o tempo inteiro. Outro personagem do qual
gostei bastante, e só tive o prazer de conhecer melhor nesse volume, foi o Ziri,
o último kirin, espécie original de Madrigal. Ele é bondoso, tem uma
personalidade ótima e mostra que a aparência de fera não significa que os
quimeras precisam agir como feras.
Diferentemente
do primeiro livro que começou muito bem e depois, em minha opinião, foi se
perdendo um pouco, já que eu comecei amando a leitura e pensando em dar cinco
casinhas de avaliação e no final acabou caindo para três, nesse foi o
contrário, começou tudo bem chatinho, sem muita coisa me deixasse intrigada,
nada que me fizesse ficar presa à leitura e com vontade de ler mais rápido, o
que me fez cogitar dar duas casinhas. Mas, quando estava caminhando para a
finalização e se aproximando das últimas páginas, tudo começou a melhorar
bastante, o ritmo ficou mais rápido, mais intenso e eu não conseguia deixar de
querer saber o que viria a seguir, aumentando minha nota para três casinhas. O
final foi surpreendente e ficou em aberto para o que vai acontecer no próximo
volume.
Os capítulos
são bem curtos, o que é ótimo e faz com a leitura seja mais fluida, e a
narrativa continua sendo em terceira pessoa, que não é a minha preferida. Dessa
vez podemos acompanhar não apenas Karou e Akiva, mas também outros personagens,
alguns novos e outros antigos, como Zuze. Só acho que os cortes que a autora
fazia para mudar o foco do personagem nem sempre foram favoráveis, já que a
mudança de cena e assunto tão diferentes faziam perder um pouco do ritmo, e me
deixavam confusa, o que já acontecia em Feita de Fumaça e Osso.
Esse volume
também é mais sombrio e mais sangrento que o anterior. A carga emocional dos
personagens está bem palpável e quase podemos sentir em nós mesmos o sofrimento
deles. As batalhas também estão mais intensas, admito que fiquei triste em
muitas cenas, e com nojo em tantas outras. Quem não gosta de coisas no estilo
pode acabar se incomodando.
Pretendo ler
o último livro dessa trilogia porque eu realmente não gosto de abandonar
leituras, mas confesso que não estou assim tão empolgada para o lançamento e o
fechamento dessa história criada por Laini Taylor, apesar de o final ter
melhorado significativamente.
Sobre a parte
gráfica, eu adoro essa capa com suas partes metalizadas (máscara, título, nome
da autora e logo da Intrínseca), tanto quanto a de Feita de Fumaça e Osso, mas acho esta ainda mais bonita. Elas
têm o mesmo padrão, e as lombadas das duas ficam lindas na estante, uma ao lado
da outra. A diagramação é simples, com fonte não muito grande, mas que não
incomoda minha leitura, e um bom espaçamento. O livro é dividido em partes e
nessas divisões há uma pena com uma frase, e no começo do livro logo encontramos
um mapa em preto e branco. As páginas são amareladas, o que ajuda a ler por um
período maior de tempo.
Sei que tem
muita gente que amou esses livros, mas, infelizmente, eu não fui uma dessas
pessoas. A trilogia Feita de Fumaça e Osso não conseguiu me conquistar nem no
primeiro, nem no segundo volume, apesar de ser legal e bem original. Indico a
leitura para quem gostou de tudo o que disse nas duas resenhas, mas se você tem
um gosto parecido com o meu acredito que também não vai se apaixonar pela
história, só que é uma boa escolha para passar um tempo despretensioso.
Avaliação
Bom , pra começar o que é essa capa? MARAVILHOSA!!
ResponderExcluirEu li Feita de Fumaça e Osso a mais de um ano também e confesso que não me lembro de muita coisa só que gostei bastante!!
Estou curiosa pela continuação, uma pena não ter sido o que vc esperava e tomara que minha opinião seja diferente já que estou curiosa em saber o que houve depois do primeiro livro!!
Beijos
Eu tbm amo as capas dessa série! São lindas demais! Ganhei os dois livros e estou esperando chegar para começar a lê-los!
ResponderExcluirAdorei a resenha!
bjo bjo^^