Piloto Playboy - Vi Keeland & Penelope Ward

Kendall Sparks precisa tomar uma grande decisão, que pode mudar tudo o que conhece na sua vida até agora radicalmente. O tempo para fazer sua escolha está acabando e ela tem algumas coisas em andamento, mas não sabe se está preparada para o que o futuro reserva. Para arejar a mente e tomar uma decisão da qual não vai se arrepender, ela opta por fazer uma viagem sem rumo para espairecer e refletir sobre tudo. Quando tenta escolher seu destino no próprio lounge do aeroporto, acaba conhecendo de uma forma no mínimo inusitada um homem um pouco misterioso, que ao mesmo tempo é divertido e simpático. Sua sugestão é que ela pegue o próximo voo para o Rio de Janeiro e tem ótimos argumentos para convencê-la.
Kendall pensa que nunca mais iria vê-lo, mas fica intrigada e decide embarcar nesse avião. O que ela não poderia imaginar é que aquele homem era justamente o piloto do voo! Depois de chegarem ao seu destino, eles acabam se aproximando e percebem que combinam tanto um com o outro que a conexão parece até magnética. Para se conhecerem melhor, os dois embarcam em várias pequenas aventuras enquanto dá tempo – afinal ele tem um novo voo para pilotar.4
Como Carter tem essa profissão e acaba indo de país para país em poucos dias, e desejando estender o contato entre eles para ver aonde aquilo poderia ir, mesmo sabendo que há uma linha final para a história deles, ambos embarcam em várias viagens juntos com destinos exóticos. E, conforme dividem seus dias corridos e vivenciam diversas situações inusitadas, eles se conhecem mais e mais e um sentimento acaba surgindo. Mas aquela decisão que ela precisava tomar, juntamente com a vida “louca” de Carter (e também todas as mulheres que trabalham com ele que já passaram pela sua cama) podem atrapalhar qualquer tipo de relacionamento que eles poderiam ter. Seguir em frente ou tentar fazer com que dê certo? Essa é mais uma decisão que pode mudar completamente a vida desses dois.
Como já comentei aqui no blog, Vi Keeland é, definitivamente, uma das minhas autoras favoritas da vida! Até o momento já li nove obras dela e gostei de todas, sendo algumas até mesmo favoritadas. Então, quando uma editora publica um de seus títulos eu já fico louca para lê-lo o quanto antes. A Editora Charme foi a responsável por me apresentar à autora em 2015 e “Piloto Playboy” é o seu lançamento mais recente aqui no Brasil. A editora já adquiriu mais dois títulos, Dear Bridget, I Want You e Mister Moneybags, ambos também escritos em coautoria com Penelope, mas ainda não anunciou uma previsão de publicação. Já estou mais do que ansiosa esperando.
É sempre muito gostoso quando a gente embarca numa nova leitura de uma escritora que gostamos tanto, e esse sentimento é ainda melhor quando fechamos o livro e podemos confirmar mais uma vez que adoramos passar aquele tempo com seus “novos” personagens.
Kendall é simplesmente incrível! Outra protagonista feminina forte, com uma personalidade agradável e adorável que faz com que a gente se sinta amiga da vida real – como se ela existisse fora das páginas de um livro (teria apenas dado um conselho em um momento que achei sua atitude exagerada). Também adorei Carter de modo geral, só que alguns pontos no personagem me incomodaram um pouco, como vou comentar abaixo. Tirando isso, ele é maravilhoso! Daquele tipo que tem uma essência muito melhor do que as pessoas podem imaginar só conhecendo-o superficialmente ou olhando seu belo exterior. Ele é um doce, responsável, amoroso, divertido, e, mais importante, um ser humano incrível que faz lindas ações e emociona aqueles que têm coração bom.
Confesso que até certo momento da leitura estava gostando, mas ainda não adorando porque sentia falta de algo comovente que a Vi sempre traz para suas histórias. Até que Carter apresentou melhor sua vida para Kendall e, consequentemente, para os leitores. Quando pude adentrar as belas ações que ele faz, me emocionando no processo, é que fechei meu exemplar, o abracei e disse: está aí a Vi Keeland que eu conheço e adoro! Foi realmente incrível!
A escrita das autoras é muito gostosa e fluida. Suas obras são realmente daquele tipo que nos fazem mergulhar completamente na leitura de um jeito delicioso e que não vemos nem o tempo passar. Adoro o lado divertido, que sempre é o destaque de suas histórias, que ainda traz leveza à trama, e curto muito a pitada de drama que nos faz refletir e admirar os personagens.


Gostei muito da obra, o único ponto que me incomodou bastante foi bem no comecinho da leitura, quando eles se conhecem pela primeira vez. Claro que isso é algo bastante pessoal meu, mas na minha opinião Carter ultrapassou a barreira aceitável quando jogou água gaseificada na blusa de Kendall para limpar uma mancha sem contar para ela que iria fazer isso, e depois foi pior quando ficou encarando os seios da moça e fez comentários sobre. Achei tudo isso uma completa falta de respeito e senso, e ainda por cima ultrapassou o limite do espaço pessoal dela. Sei que alguns leitores podem não se incomodar tanto e também que os norte-americanos têm uma tendência mais sexual, mas não achei nada bacana, de verdade.
Os três últimos livros que li da Vi Keeland foram escritos em parceria com a Penelope Ward, e, coincidentemente os li na ordem, todos esse ano. Quando teve uma pequena participação do protagonista masculino do primeiro deles, Chance, um australiano maravilhoso, e sua cabra, um sorriso logo surgiu no meu rosto. Adoro quando há esses easter eggs nas obras que estou lendo.
Alguns pontos também não me agradaram (apesar de não ter odiado), o primeiro foram os inúmeros comentários sexuais que Carter fazia o tempo todo. Sei que é para ter um lado um pouco mais cômico na obra, mas acho que ficou bem excessivo e, consequentemente, cansativo. E também já estou bem saturada de personagens masculinos com uma grande lista de ex-conquistas nada substanciais e um monte de mulheres se jogando aos seus pés e querendo repetir a dose. As autoras definitivamente podem mais do que isso.
A outra questão foi o fato de eles terem feito uma viagem para o Brasil e a dona da pensão na Barra da Tijuca ter nada menos do que um MACACO de estimação. Sei que existem macacos e micos pequenos em diversos pontos do Brasil (na casa onde eu morava eles viviam nas árvores), mas eles vivem SOLTOS, na natureza. Nunca soube de ninguém que tenha de fato domesticado um deles. E, ainda que tenha acontecido, não achei bacana colocar isso no livro porque está transmitindo algo totalmente irreal sobre a nossa cultura. O que também mostra uma falta de pesquisa, principalmente sobre uma questão tão simples como essa.
Por outro lado, tirando a parte do macaco de estimação (preferia que ele só estivesse presente por ali), eu simplesmente AMEI a inclusão do Rio de Janeiro (meu estado) e do Brasil nessa leitura. Realmente fiquei bem feliz em ver nosso país que geralmente é esquecido sendo representado de maneira tão positiva, alegre e gostosa. Além de não ter focado nas coisas de sempre. E Carter ainda falou em português! <3 Também gostei bastante de conhecer um pouco de curiosidades de outros países por onde eles passaram.
Para quem curte Romances Contemporâneos bem desenvolvidos e interessantes, que são bem divertidos e ainda trazem uma pitada de drama, com personagens incríveis e bem construídos com uma narrativa leve e envolvente, uma dose de cenas quentes e muita química, “Piloto Playboy” é uma leitura certeira!
Avaliação



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