Rose O’Kelly
é uma irlandesa que viu sua tribo ser dizimada pelo rival de seu pai. Sua mãe,
pouco antes de encarar esse terrível destino, a preparou para fugir e se salvar
antes que fosse tarde demais. Agora, sem família, local para morar ou
segurança, ela ultrapassa as barreiras e vai parar na Inglaterra, sozinha, com
poucos recursos e sem falar a língua.
Perdida e
sem saber para onde ir, Rose é atacada por um homem misterioso enquanto tentava
procurar um abrigo para se proteger de uma chuva, e quase morre enquanto tenta
se esconder em um armazém depois deste acontecimento. Lá é encontrada pela
pequena Madeleine, que junto com sua família acolhe Rose.
William é o
barão Davon, depois de herdar o título que não era originalmente seu, ele acaba
também ganhando uma fama irreal de que é violento com as mulheres. Por alguns
motivos, ele acaba deixando que esse boato se espalhe como se fosse verdadeiro.
No entanto, o Rei decide que está na hora de ele se casar e envia uma
pretendente incômoda para sua casa, que tem seus próprios planos para realizar
esse casamento às pressas.
Quando as
vidas de Rose e William se unem por conta de uma ajuda do destino, eles
percebem que ainda terão que enfrentar muitas dificuldades se realmente
quiserem vivenciar esse amor. Será que o Rei da Inglaterra será capaz de
permitir que o casamento de um de seus homens de confiança seja realizado
justamente com uma irlandesa sem família, dinheiros ou propriedades?
Como Romance
de Época é meu gênero favorito, já fico empolgada sempre que um novo título é
publicado. Sendo uma autora nacional, fico muito feliz, pois gosto de
prestigiar nossos talentos. Já queria ler essa série de Simone O. Marques desde
que o primeiro volume, “A Noiva do Barão”, que foi publicado pela Ler Editorial
em 2018. Porém, ainda não tiver a chance de lê-lo até agora. Mas como tive a oportunidade de ler esse
segundo livro, mergulhei nas páginas e fiquei encantada. Quem também não tiver
lido o anterior, não tem problema começar por este, já que as tramas são
totalmente independentes. O único ponto que é comentado neste segundo é o que
está na sinopse do primeiro, então não há spoilers.
Li que a
autora falou que essa série segue uma linha parecida com os Romances Históricos
de banca que eram publicados aqui no Brasil e agora foram extinguidos. Então
quem curte o estilo e está com saudade de novas obras do gênero, essa é uma
ótima opção. E ainda melhor porque a edição é de romances comuns de livraria
mesmo.
A narrativa é fluida, gostosa e muito envolvente. Quando mergulhamos nas páginas, logo nos sentimos inseridos neste mundo, como se pudéssemos estar lá com os personagens. A escrita da autora é fácil, direta e recheada de diálogos. Porém, a achei um pouco repetitiva em alguns momentos, como com relação ao irmão de Davon e a noiva, que tinha sido prometida a William, mas acabou se relacionando com Robert, e virou enredo do primeiro livro da série e esse fato foi citado algumas vezes.
Rose é uma
personagem maravilhosa, forte, independente e com um ótimo coração e uma alma
boa, que apesar de ter sido uma princesa de sua tribo, consegue lidar com
qualquer situação, mesmo aquelas que não está acostumada. Só não tentem
insultá-la ou diminuí-la, porque ela sabe se defender e tem uma língua afiada.
William é um
homem incrível, que só faz o bem ao próximo e tenta ajudar a todos que estão ao
seu redor. Ele é uma pessoa mais fechada e não gosta de demonstrar muito o que
sente de verdade, por isso deixa que os boatos horríveis sobre ele saiam do
controle. Mas quando Rose aparece, abala-o totalmente de um jeito imprevisível.
O único
ponto que eu gostaria que fosse um pouquinho diferente é a forma como os
sentimentos dos protagonistas se desenvolveram e ficaram fortes em tão pouco
tempo. Particularmente, não sou fã de
instalove (amor instantâneo), então acabo me incomodando com isso porque
não consigo sentir tão bem a relação dos personagens e também não acho muito
real.
Entretanto,
curti bastante o relacionamento do casal, o quanto se importam um com o outro e
como ele sempre a tratou muito bem. Se um homem tratar uma mulher bem já é
difícil hoje em dia, então imagine nessa época em que o machismo reinava e o
sexo feminino não tinha nenhum tipo de direito? Por isso, Davon ganhou muitos
pontos positivos.
Nunca tinha
tido a oportunidade de ler alguma obra de Simone O. Marques, mas sei que ela
tem vários títulos já publicados. Gostei bastante da minha primeira experiência
com a autora e já estou ansiosa para conhecer mais de seus trabalhos.
Algo que
curti muito é que, apesar de ter algumas cenas um pouco mais quentes, as explícitas
são bem curtas e “superficiais”, então quem não curte obras com trechos hot (hoje em dia é bem difícil encontrar
romances sem sexo explícito, até os chick-lits se renderam), pode ler o livro
ser se incomodar, pois dá para pulá-los facilmente. Acho isso um alívio porque primeiro
já estou saturada destas cenas, e segundo porque, quando há várias cenas de
sexo, são sempre muito parecidas umas com as outras (tanto do próprio exemplar
quanto de outros escritos por outras autoras ou de diversos gêneros) e acabam
ficando maçantes.
Se você
busca aquela leitura gostosa, despretensiosa, leve e envolvente que te deixa
contente e te faz passar um tempo em ótima companhia, “A Rosa Selvagem”
definitivamente é uma ótima opção!
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