Quando eu li
a sinopse desse volume pela primeira vez, fiquei encantada com a premissa do
enredo e sabia que eu precisava ler o quanto antes para saber um pouco mais
sobre Ellis e Michael. Sendo assim, quando foi possível, comecei esse volume. E
agora venho compartilhar com vocês as minhas opiniões a respeito dessa obra
escrita por Sarah Winman e traduzida para o português pela Faro Editorial.
Nesse exemplar
conhecemos a história de Ellis e MichaeL, dois jovens que se conheceram no
final da década de sessenta e logo criaram uma grande amizade, uma vez que
ambos tinham problemas em casa e não eram compreendidos pelos pais. Juntos, descobriram
autores e livros, ensinaram um ao outro a nadar, e andavam pelas ruas de Oxford
construindo sonhos, fazendo descobertas, etc.
Através das
memorias de Ellis, vemos sua amizade com Michael se transformar em algo mais,
em amor. Depois de uma década, vemos que Ellis agora é casado com Annie, e que
Michael não faz mais parte de sua vida. E, no lugar dele, ficou aquela tristeza
e melancolia das coisas que não pôde viver. Ele se tornou um adulto solitário e
dedicado ao trabalho, e é um personagem totalmente humano com quem conseguimos nos
identificar. São seus medos e falhas que nos aproximam ainda mais dele. E
sabendo sobre seu ambiente familiar, conseguimos entender algumas de suas
decisões, mesmo sem aceitá-las. Em todos os momentos, vamos descobrindo sobre o
que aconteceu para esses dois terem os seus destinos separados e para
entendermos como Anne surgiu na vida de nosso protagonista.
Também temos
a parte da narrativa de Michael, um homem que viveu a sua vida ao máximo. Em
sua parte, temos uma leitura mais leve, mais fluida. E também conseguimos entender
o romance e a amizade entre os dois de forma mais clara, já que em sua parte as
lacunas que ficaram em abertas são preenchidas. Foi nessa parte que precisei de
um lenço – ou de um pacote inteiro.
Um enredo
simples que consegue nos envolver com sua trama emocionante, melancólica e
intensa, que fala sobre preconceito, amizade, amor verdadeiro, aceitação
pessoal e coragem, que nos conta uma história de amor, que teve um rumo um
pouco diferente por conta das escolhas da vida. Prepare o seu lenço nessa
leitura, pois, apesar de não ser muito extenso (tem menos de duzentas páginas),
esse volume é grande em questão de emoção.
Essa obra consegue
mudar a narrativa de terceira pessoa para primeira pessoa com maestria. A
autora conseguiu trazer um livro cheio de emoção e nostalgia alternando entre
passado e presente e nos dando uma visão mais ampla da história e tudo o que
aconteceu. E é com essa narrativa não linear que nos encantamos por essa trama
maravilhosa.
A capa não
chama tanto a minha atenção, pelo contrário, não sei se leria se fosse só por
ela. Porém, como vi diversos comentários positivos, fiquei com vontade de
mergulhar nessas páginas. A diagramação é confortável para uma leitura mais
fácil e as páginas são amarelas.
“O Homem de
Lata” consegue nos conquistar sendo uma leitura deliciosa, melancólica e com personagens
bem reais. A história em si é muito linda e com certeza consegue mexer com os
nossos sentimentos de uma maneira significativa. Esse volume é daquele tipo de obra
que nos tira do quadrado e nos faz refletir sobre a vida. Espero que todas as
pessoas que tenham a oportunidade de lê-la e gostem dela tanto quando eu.
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