Mesmo que eu
já tenha visto algumas das tirinhas da Sarah nas redes sociais e me
identificado completamente com várias delas, foi somente quando li “Ninguém Vira Adulto de Verdade”, o primeiro livro dessa sua até agora trilogia (estou
esperando novos exemplares, claro!), é que eu conheci ainda melhor o seu
trabalho e fiquei mais do que inteiramente apaixonada! Afinal, fiquei com
aquele tipo de sentimento: Ela sou eu! E tenho certeza de que ela também é
muitas outras pessoas ao mesmo tempo.
Sério, é
fácil se identificar com cada tirinha e até se sentir acolhida. Daquele tipo:
“Oh, não estou sozinha nisso!” ou “Nossa, eu totalmente concordo com essa
situação ou fala”, “Ah, eu penso assim também!, “Me identifiquei com isso, e
com isso, e aquilo outro!” ou até mesmo “Não acredito que ela desenhou
justamente o que aconteceu comigo ontem – ou todos os dias da minha vida!”. E
por aí vai.
Ela fala
muito sobre a transição da fase jovem para adulta, na qual as responsabilidades
vão ficando mais intensas, assim como as cobranças e o padrão que a sociedade
nos impõe, mesmo que estejamos vivendo épocas diferentes de nossos familiares e
antepassados, fazendo com que a gente sinta a pressão para se encaixar onde nem
sempre estamos aptos ou preparados. E, ver que sua protagonista também está
vivenciando as mesmas coisas que nós, nos deixa mais aliviados ou animados já
que podemos entender que não somos os únicos vivendo esses tipos de transição e
mudanças.
Andersen
também fala sobre relacionamentos, beleza, dinheiro, livros, inseguranças,
perrengues que passamos no dia a dia, trabalho, família, situações sociais, ansiedade,
animais (especialmente gatos), mulheres e dilemas que passamos, etc. Ela utiliza
bastante suas experiências pessoais para nos apresentar cada uma das divertidas
tirinhas, trazendo um tom cômico bem gostoso para essas coisas sérias, deixando
tudo mais suave.
Na segunda
metade da obra, Sarah faz alguns comentários e também nos apresenta backgrounds
de algumas de suas tirinhas para nos explicar coisas que nem sempre dá para ser
mostrado nos desenhos ou no pequeno espaço de texto que cada quadrinho tem. E
eu adorei isso! Me fez sentir ainda mais próxima dela, das coisas que estava
ilustrando e das situações que vivenciou.
Até o momento,
três volumes reunindo quadrinhos variados de Sarah Andersen foram publicados
tanto aqui no Brasil quanto no exterior. O terceiro é “A Louca dos Gatos”, que
eu ainda não li, mas pretendo ler em breve, principalmente porque sei que vou
me apaixonar por ele tanto quanto por seus antecessores.
A edição
física publicada pela Editora Seguinte está um primor, assim como a do primeiro
livro. Com capa dura, tem um tamanho diferenciado de 19,6 cm x 15,8 cm, miolo
bem diagramado, com alta qualidade de impressão e folhas grossas.
Definitivamente
as tirinhas de Sarah são um suspiro de alívio em meio a tantas cobranças e
padrões difíceis de serem alcançados que vivemos ainda nos dias de hoje. É uma
forma divertida e reflexiva de nos mostrar que não estamos sozinhos no mundo e
que não precisamos seguir regras impostas pela sociedade para sermos felizes
com nós mesmos, do jeito que somos e do modo como queremos. Recomendo demais a
todos os leitores!
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