Em “O
Encantador de Livros” conhecemos uma cidade bem diferente, já que os moradores
são leitores insaciáveis e as árvores são recheadas de frutos e livros. Em todo
o local vemos os habitantes com um título na mão, ignorando as tecnologias pelo
amor às histórias. Até as construções são baseadas nos livros, ou seja, é quase
uma cidade dos sonhos para nós, leitores vorazes. É nesse universo que
conhecemos Benjamin, um menino de apenas dez anos. Bastante humilde, ele mora
com a sua madrasta, já que seu pai sumiu no mundo. Ele é uma criança que ama os
livros, mas que guarda um grande segredo: é analfabeto. Isso é uma coisa que
traz muita vergonha para o jovem garoto, mas, mesmo sem conseguir ler, ele
coleciona vários exemplares que ganha das pessoas na rua, e sonha com o dia em que
vai poder entender tudo o que está escrito neles.
Nem mesmo os
seus amigos sabiam do seu segredo, já que, por ter vergonha, ele o guardava a
sete chaves. Certo dia, a cidade fica bastante agitada com a chegada do
encantador de livros, um homem bastante conhecido no mundo, que tem poder de
dar vida aos livros e, por isso, é adorado por todos no local. Só que ninguém
entendeu o motivo de ele não aparecer na data combinada. E, para piorar tudo,
Bonanza, o prefeito, anuncia que os livros de fantasia serão extintos, banindo-os
para que a cidade seja mais tecnológica, já que, de acordo com o pensamento do
mesmo, a leitura impede a cidade de se modernizar e progredir.
É aí que
nosso jovem protagonista e seus amigos resolvem ir atrás do encantador de
livros para ajudar a salvar a cidade. Eles, então, entram em uma grande
aventura, e têm que driblar a supervisão da madrasta e os seguranças do
prefeito, e ainda desvendar todos os mistérios para salvar o local.
A primeira
coisa que chamou bastante a minha atenção neste título foi a capa, que traz uma
ilustração lindíssima de uma construção feita em formato de livros, que me faz
ter vontade de ler só de olhar. Claro que foi somente após conferir a sinopse e
ver que o enredo realmente se tratava de uma história de meu interesse, que eu
resolvi começar esta obra, e depois de finalizá-la vim compartilhar com vocês
tudo o que achei deste título escrito pelo brasileiro Lucas de Sousa, e
publicado pela Ler Editorial.
Esta obra é
narrada em terceira pessoa, o que foi bem legal, já que assim conseguimos ter
um melhor e mais amplo entendimento da história. Gostei bastante da forma de
escrita do autor, que, com uma linguagem simples e fluida, conseguiu trazer uma
obra que nos faz refletir e nos encanta cada vez mais a cada momento.
Os
personagens são muito bem descritos, cada um com o seu jeito de ser, fazendo
com que a gente fique torcendo por cada um em toda virada de página. Todos eles
têm um importante papel na história, o que foi bem interessante de acompanhar,
e, quando cheguei ao fim, foi difícil me despedir deles.
Além de uma
capa super fofa, colorida e encantadora, esse exemplar ainda possui uma diagramação
muito bem feita, então o pessoal da Ler Editorial está de parabéns pelo
trabalho. Toda primeira folha de cada capítulo há ilustrações de livros
“voando” e, na última página, uma ilustração em preto e branco de um poste com
relógio, daqueles antigos. O texto está confortável para uma leitura fácil e as
páginas são amarelas.
Recomendo
este título para todo mundo que gosta de infantojuvenis e gostaria de conhecer
uma obra deliciosa, que traz uma trama leve e fluida, sendo empolgante e ainda
contando com um pano de fundo que vai te encantar em todos os momentos. Foi bem
gostoso poder acompanhar nosso protagonista em suas aventuras cheias de magia,
nos transportando para essa cidade incrível. Essa é uma leitura rápida, até porque
o livro não chega a ter duzentas páginas, mas bem marcante, já que, quando
chegamos ao final, ficamos com um gostinho de quero mais.
Avaliação
Nenhum comentário:
Postar um comentário