Sendo eu uma
fã de carteirinha de Michael Connelly, não poderia deixar de querer ler todos
os seus títulos publicados aqui no Brasil. Por isso, sempre que é possível,
intercalo algum de seus exemplares entre a minha lista de leituras, para sempre
ter um gostinho dessa narrativa tão viciante. Mesmo este sendo o décimo segundo
volume desta série, não precisa ser lido na ordem (inclusive nem todos foram
traduzidos para o português), já que são histórias separadas de um mesmo
protagonista.
Neste volume
vemos que o detetive Bosch fica surpreso ao saber que um assassino em série vai
confessar ter matado Marie Gesto, uma mulher que sumiu sem deixar pistas. A
última vez que ela foi vista foi em um supermercado, mas seu carro depois foi
encontrado abandonado e nada dela, a não ser as roupas que usava no dia. Esse é
um crime que ele tenta revelar há treze anos, mas ainda não conseguiu
desvendá-lo. Agora, um esquartejador de duas mulheres é preso e, para pegar
prisão perpétua ao invés de pena de morte, confessa o assassinato de nove
outras vítimas, inclusive o caso da Marie Gesto.
Nosso
destemido detetive entra, então, em uma nova investigação, com novas pistas,
para, mais uma vez, tentar desvendar esse caso que sempre foi seu fantasma que
o assombra. Querendo desvendar todos os mistérios, até mesmo sobre o acordo
entre o assassino e a promotoria, nosso adorado Harry Bosch se vê envolvido em
uma trama cheia de reviravoltas e acontecimentos na busca pela verdade.
Esse foi um
dos meus livros preferidos dessa série, já que achei a história super
envolvente e por ser um caso que sempre mexeu com o nosso protagonista já que
durou treze anos. À medida que vamos lendo, já imaginamos o final, sendo assim,
ele não é tão surpreendente, mas por ter sido bem explicado e amarrado, entendo
o motivo dele e gostei bastante.
Essa
narrativa como sempre é gostosa, ágil e bastante fluida. Em todos os momentos
temos novas pistas, que vão nos ajudando a entender mais sobre nosso querido
detetive e sobre sua capacidade de dedução. Os personagens são muito bem
construídos, cada um com o seu jeito de ser, o que deixa a história ainda mais
gostosa. Eu realmente gosto de acompanhar o protagonista, que mesmo estando
acima de idade da maioria dos policiais, mostra ser destemido, bastante
inteligente, e disposto a quebrar algumas regras em nome da verdade. Outra
coisa que acho muito interessante é o fato de ele utilizar mais a sua
inteligência do que os recursos tecnológicos que temos hoje em dia, e é
bastante utilizado.
A capa segue
um padrão semelhante a outros títulos do autor publicados pela Suma de Letras,
mas não posso afirmar que goste muito dela, porque a acho sem graça e sem atrativos.
Eu, por exemplo, só tenho vontade de ler esta obra por conta do nome do autor
na mesma. A diagramação do miolo é bem confortável para a leitura, com ótimos
espaçamentos, e a fonte do texto é bem grande. As páginas são brancas.
Para quem
não sabe, essa série literária foi adaptada para o formato de série televisiva
pela Amazon, disponível em stream. Eu ainda não assisti para saber se os
capítulos são semelhantes aos livros ou completamente diferentes, mas acredito
que deva ser tão boa quanto, visto que já está em sua terceira temporada (com
estreia prevista para este mês) e com a quarta já encomendada. Estou ansiosa
para conferir, pois as obras literárias realmente nos conquistam.
Recomendo “Echo
Park” para todo mundo que, assim como eu, gosta de romances policiais, sendo
esta uma leitura cheia de mistérios, com um pano de fundo super envolvente de
um caso que dura treze anos, e que mexe profundamente com o nosso protagonista.
Com uma narrativa rápida e fluida, você não vai conseguir largar essa história
até chegar ao final e desvendar todos os mistérios.
Avaliação
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