Andrew
Stilman é um jornalista que por ironia do destino reencontra sua antiga paixão
de adolescência, Valérie, anos depois de perder total contato com ela. Entre um
papo e outro eles percebem que a chama continua acesa e começam um novo
relacionamento. Tudo estava indo muito bem na vida a dois deles, até que Andrew
a magoa profundamente.
Depois de um
tempo, Andrew percebe a besteira que fez e resolve que precisa ir atrás de uma
segunda chance, mas agora é tarde demais: durante sua caminhada matinal às
margens do Rio Hudson, na manhã do dia 9 de julho de 2012, Stilman é
violentamente atacado com um golpe certeiro pelas costas, levando à
inconsciência e à morte.
Mas o
inesperado acontece, depois desse ataque Andrew acorda sã e salvo no dia 9 de
maio do mesmo ano do atendado à sua vida, ou seja, antes mesmo desta fatalidade
ocorrer. Será que ele teve uma nova chance de fazer tudo certo dessa vez? É o
que ele pretende descobrir, enquanto revive todos os momentos que passou nos
últimos meses, consertando erros e tentando adivinhar quem tentou matá-lo dali
a dois meses, e por qual motivo, para evitar que isso ocorra novamente.
Marc Levy é
um autor que eu gosto bastante e estava bem ansiosa para essa leitura assim que
vi seu nome assinando a obra. Claro que essa capa linda me chamou atenção antes
mesmo que eu soubesse que esse livro havia sido escrito por ele, e quando li a
sinopse fiquei ainda mais empolgada com a história, que parecia fascinante e
adorável ao mesmo tempo.
Só que
infelizmente a leitura não me agradou tanto quanto eu esperava. A história
parecia tão interessante e estava seguindo agradável em boa parte do tempo, mas
acho que Levy acabou se perdendo no caminho, estragando o protagonista e
fazendo um final mais do mesmo para quem já conhecia “E se fosse verdade...”.
Falando em
“E se fosse verdade...” (para ler a resenha clique no título), quem ainda não
leu ele ou sua continuação (que não foi lançada pela Suma de Letras ainda),
como eu, não vai gostar que o autor coloca spoilers sobre o que aconteceu
nestes dois livros aqui em “Replay”, o que foi uma pena.
Não é que o
que acontece aqui seja exatamente igual ao esse seu outro livro, mas segue mais
ou menos a mesma linha, então o autor acabou não me surpreendendo tanto assim
com o final, porque eu já desconfiava do que iria acontecer.
A narrativa
de Levy é realmente gostosa, ele dá um tom poético às suas palavras, colocando
vários pontos reflexivos durante todo o texto e eu realmente acho essa
característica muito boa. Ao mesmo tempo, ele consegue fazer com que a leitura
seja bem dinâmica, com vários acontecimentos surgindo rapidamente, todos
importantes para o desenvolver da trama, não deixando que a leitura fica
cansativa ou arrastada. Além disso, as descrições que ele usa para nos levar à Nova
York e Buenos Aires, as duas cidades presentes no livro, foram muito bem
feitas.
Mas o que
mais me incomodou foi a construção de seu protagonista, Andrew babaca Stilman,
algumas das suas atitudes foram bem ridículas e eu me irritei com ele em vários
momentos. Tipo, ele erra uma vez, se arrepende, diz que não vai mais fazer
igual, vai lá e faz praticamente a mesma coisa? Pelo amor, né?! Aprende e
cresce! Ele não é um menino bobo e inconsequente para errar igual duas vezes
seguidas. Terminei o livro sentindo uma certa raiva dele, como vocês puderam
perceber.
O meu
personagem preferido foi o Simon, que é o melhor amigo de Stilman e está sempre
o ajudando e apoiando suas decisões e planos, por piores que eles sejam e,
apesar de não gostar do protagonista, curti a amizade entre eles.
Outros dois
personagens que merecem destaque e dos quais também gostei bastante são Valérie,
o amor da vida de Andrew e sua companheira atual, e o policial Pilguez, que já conhecia de “E Se
fosse verdade...”, porque ele fez uma participação importante lá e repete a
ótima presença por aqui. Eu simplesmente adoro quando um personagem aparece em
dois livros independentes, então gostei muito de vê-lo aqui em “Replay” também.
Mais um
ponto que merece grande destaque na trama são as reportagens de Andrew, que é
um importante jornalista do New York Times. Suas matérias, tanto a publicada
antes do livro e que é citada algumas vezes sobre tráfico de crianças, quanto a
que ele está escrevendo e investigando conforme a nossa leitura vai avançando,
sobre a ditadura na Argentina, são bem emocionantes. Mesmo que elas sejam
ficções, elas são descritas tão detalhadamente, que conseguem nos tocar de uma
maneira forte e dolorosa, principalmente porque sabemos que elas podem não ser
reais, mas existem ou existiam outras várias parecidas por aí pelo mundo,
infelizmente. Então Marc consegue nos fazer refletir sobre acontecimentos
semelhantes no passado da humanidade de uma forma bem tocante e realista, um
terror muito bem escrito.
O final,
como comentei anteriormente, não me agradou tanto assim. Senti falta de mais
páginas para desenvolver tudo melhor, e também esperava me surpreender mais,
porque conforme algumas coisas iam sendo mostradas eu já ia ligando os pontos e
sabia mais ou menos quem era quem na teia de suspeitos e suas ligações entre si
ou com o personagem principal. Se você realmente presta atenção aos detalhes, também
vai encontrar respostas para suas dúvidas.
Portanto,
não me surpreendi tanto assim com as revelações porque já as imaginava e
também, desde certo momento, já estava com forte desconfiança de quem era o
assassino. Acertei ambos, ou seja, não me deixou aturdida. Ah, e espero mesmo
que Levy escreva uma continuação para essa história para tudo o que aconteceu
fazer sentido, porque acaba bem no ápice! Eu odeio finais abertos, a menos que
tenha continuação.
Com uma linguagem
simples e uma narrativa envolvente e cativante, Marc Levy construiu um ótimo
pano de fundo para esse suspense leve com toques de romance e comédia. Uma pena
que seu protagonista, Andrew Stilman tenha estragado tudo com suas péssimas atitudes,
e que o final não tenha me fascinado.
Avaliação
https://twitter.com/Jessica_gc/status/450037799400800256
ResponderExcluirNão gosto muito de livros assim... fico aflita sabe??? rsrsrsrs
ResponderExcluirMas a capa é bonita e a sinopse é interessante...
Uma pena que não tenha te conquistado tanto neh??? rsrsrsrs
bjo bjo^^
https://www.facebook.com/rockanapcm/posts/655826351121839?stream_ref=10
ResponderExcluirMesmo sendo isso que você mencionou aqui, eu adorei a estória e os personagens. Simon foi o que mais me cativou até o momento. Ele foi um dos personagens mais marcantes da estória e fiquei encantada com ele. rsrsrs Não me arrependi de ler. Beijos.
ResponderExcluirÉ uma pena que um livro que aparenta ser tão bom na verdade seja apenas uma "copia" de seu próprio livro “E Se fosse verdade...”. Eu não li o livro, mas assisti ao filme e adorei, então se o filme seguir mais ou menos como o livro eu sei como é o final.
ResponderExcluirEnfim, enquanto eu lia sua resenha já estava me sentindo envolvida com o livro, já estava torcendo pelo casal até a parte em que você fala da fatalidade que ocorreu com Andrew, fiquei realmente triste e estava pensando em não ler, mas lá vem você de novo me surpreendendo com o enredo aushauhsauh
Este é um tipo de livro que eu leria, porém depois do que você falou sobre ele levar no mesmo caminho de “E Se fosse verdade...”, me desanimei completamente.
E-mail: jejeg8@gmail.com
Blog: http://worldbehindmywall.fanzoom.net/
Twitter: https://twitter.com/Blog_WBMW
A hora que vi essa capa, imaginei que seria uma história interessante, mas não me deu tanta vontade de conhecê-la, tanto que só hoje fui ler a resenha, mesmo depois de vir várias vezes aqui no blog. Mas então, eu gostei da sinopse, parece ser bem legal, pela questão de voltar ao tempo, eu particularmente, gosto muito de histórias assim, no entanto, me desanimei um pouco depois da sua crítica em relação ao livro ser uma cópia de "E se fosse verdade...", só que eu ainda não li esse livro, então acredito que talvez eu vá gostar da história de Replay, já que não irei fazer comparações, nem ver as semelhanças entre a sua história e a de "E se fosse verdade..."
ResponderExcluirMas enfim, eu gostei de algumas coisas em relação à esse livro, no entanto não foi tanto a ponto de eu querer lê-lo, pois eu simplesmente iria odiar o Andrew, e não gosto de ter relação de ódio com os personagens, porque assim eu iria querer largar a leitura na hora kkkkkk E quanto ao livro nos dar muitos detalhes, fazendo com que as nossas dúvidas sejam respondidas foi outro ponto que me fez desistir de Replay, eu gosto de ser surpreendida, gosto de ficar com aquela enorme pulga atrás da orelha até o final do livro, para só então descobrir as respostas.
Bom, é isso, eu adorei a resenha, mas não irei comprar esse livro kkkkk'
Beijos :*
Contato: Larii.rock@gmail.com
Este comentário foi removido pelo autor.
Excluirhttps://twitter.com/Larii_Telles/status/453577459322339328
ExcluirAinda não conhecia o livro e nem o autor, mas essa história me pareceu meio que igual ao filme "Premonições", quando a personagem principal sabia o que iria acontecer com o marido dela mas tentou reverter os fatos. O livro não me chamou muito a minha atenção, mas quem sabe um dia eu não dê uma chance para ele. =)
ResponderExcluirbrunasouzza_@hotmail.com
https://twitter.com/brunaasouza/status/454830267862376448
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