Sortilégio - Hex Hall #01 - Rachel Hawkins

Pensa em uma pessoa que ama bruxaria, bruxas e tudo que vem desse universo, essa pessoa sou eu! Então quando ouvi falar da série Hex Hall eu não pensei duas vezes em querer lê-la! Felizmente ganhei os dois primeiros livros da série e pude lê-los na sequência, o que eu indico para quem se interessar em ler!

No primeiro volume da série, Sortilégio, da autora Rachel Hawkins pela editora Galera Record, conhecemos a protagonista Sophie Mercer, uma garota que descobriu já a algum tempo que não é como as demais garotas de sua idade, ela possui poderes, é uma bruxa, mas  até agora todos esses poderes só atrapalharam toda sua vida nômade. Sem saber mais o que fazer sua mãe procura ajuda do pai de Sophie, um grande feiticeiro, que acaba por mandá-la para um reformatório isolado para seres sobrenaturais - os prodígios-, o Hex Hall, por conta de um feitiço de amor fora de controle.

Tentando se adaptar a sua nova rotina, Sophie tem que lidar com uma fantasma que a persegue, um grupo de bruxas negras que cismou de persegui-la, uma paixonite por um bruxo comprometido e sua nova companheira de quarto, ninguém menos que uma vampira nada bem vista na escola. Sem esquecer com seu total falta de controle da magia, parece que nada sai como ela espera, não importa o quanto se esforce.

A sinopse do livro não apresenta nada muito novo ou inovador do que os romances juvenis costumam ter, na verdade todos os elementos clássicos desse tipo de narrativa estão lá, com o toque sobrenatural que é marca do livro. Mas mesmo assim ele soa diferente porque é um livro extremamente leve e divertido. A narrativa da autora, feita em primeira pessoa através de Sophie nos relata seus pensamentos mais doidos sem medo, é suave e flui muito bem, e quando você menos se dá conta o livro já se foi, por isso da indicação de ler os dois primeiros volumes na sequência. A diagramação é simples e a capa é muito interessante, acredito que traduz exatamente a ideia do livro.

Sophie é uma adolescente que nunca teve um lar por muito tempo,  está sempre de mudança fugindo do pai ou fugindo de algum feitiço seu que deu errado. Logo sua dificuldade em estabelecer relações, ou saber as intenções das pessoas é muito ruim, a ponto de sempre enfiar os pés pelas mãos. Ela tenta ser agradável, mas ao mesmo tempo não leva desaforos para casa, diz o que precisa dizer e dá forma mais direta possível, utilizando grandes doses de sarcasmo. Um traço marcante da personagem é o uso frequente de gírias, que confesso me incomodou um pouco.

Sua colega de quarto Jenna Talbot, é uma vampira muito fofa que esconde um passado triste e é mal compreendida pelos alunos da escola, já que é como uma aluna de intercambio, é a única vampira além de um professor. Pelas dificuldades que passou e ainda passa acaba se entendendo bem com Sophie, e ensinando a ela o que é a amizade.

Archer Cross é o paquera de Sophie, misterioso, esconde alguma coisa em seu comportamento, afinal seu estilo de vida não combina com sua namorada esnobe. Confesso que cai na dele, mas não a ponto de suspirar, apenas de torcer pelo casal.

Depois de feita as devidas introduções ao universo do livro uma trama política e maior começa se formar, e tudo termina em uma ápice que nos deixa de boca aberta! Vampiros, fadas, lobisomens, demônios e fantasmas são algumas das coisas que formam esse universo interessante de Hex Hall, nada muito aprofundado, mas não por isso menos interessante.

Hex Hall é cativante, começa discreto como não quer nada e termina com quero mais. Marcado de reviravoltas, personagens marcantes e muita magia, é livro certo para você que quer diversão certa e com gostinho de sorvete de chocolate em um final de tarde de verão.

Avaliação

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