Quase Rivais – J. Sterling

 


A família de Julia é dona de uma vinícola muito importante, ela é apaixonada por seu trabalho, participa de competições com suas criações e produz vinhos premiados. E está sempre competindo com James, dono da vinícola vizinha, que fica em 2º lugar todas as vezes, o que traz um gosto melhor para a vitória de Julia, afinal eles são inimigos.

O motivo? Nem eles sabem. Mas suas famílias se odeiam há algumas gerações e as explicações não são as melhores. Porém, ambos cresceram sabendo que precisavam se odiar e evitar ao máximo qualquer contato com o inimigo. Tudo seguiria assim se não fosse por um pequeno detalhe: James é apaixonado por Julia desde criança e ela também sente algumas várias fagulhas por ele.

Quando eles começam a se aproximar e pode ter alguma coisa acontecendo ali, James decide que é hora de agir. Mas será que ele sozinho é capaz de mudar os sentimentos de ódio de tantas pessoas e anos acumulados?

Essa história é uma versão moderna inspirada em Romeu e Julieta. Agradável, sem dramas e fofa, é uma leitura bem leve, divertida e rápida. A narrativa da autora flui bem e como exemplar é curto (tem apenas 160 páginas), é ótimo para quem quer algo para passar o tempo ou intercalar no meio de obras mais densas.

“ – Existe uma versão da história em que eles vivem felizes para sempre em vez de morrer?

– Não que eu saiba.

– Então, acho que ela merece ser escrita.”

Gostei de ambos os protagonistas, e o fato de já terem sentimentos um pelo outro faz com que o relacionamento não pareça forçado e a trama também se desenvolva mais rápido. Outros personagens que ganharam destaque e adorei conhecer foram os melhores amigos deles, Jeanine e Dane.

A história tem um estilo bem-humorado com uma pegada romântica mais fofinha, mas também tem cenas bem quentes. E consegue prender o leitor de um jeito encantador, fazendo com que seja um livro ideal quem gosta de obras que podem ser lidas em um dia. Apesar disso, o enredo tinha bastante potencial e podia ter sido melhor explorado e os personagens mais desenvolvidos.

Embora acredite que uma boa conversa muitas vezes é justamente o que pessoas precisam para resolver as mais diversas situações, o modo como a autora trabalhou isso aqui não me convenceu e achei forçado. Fica a reflexão: pessoas podem mudar da água para o vinho (ha 😜) tão facilmente?

Indico a leitura para quem quer passar um tempo gostoso na companhia de uma trama estilo Sessão da Tarde, despretensiosa e divertida, sem muita profundidade, que termina com um final feliz e inspira um sorriso em nosso rosto.



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