Desde que
soube da existência deste volume e li a sinopse, fiquei encantada com o que a trama
prometia trazer e louca para começar a lê-la, porém, por algum motivo que não
consigo entender, acabei adiando essa leitura, o que me arrependo bastante de
ter feito, pois essa é uma história incrível. Então venho compartilhar com
vocês todas as minhas opiniões a respeito desse volume, que me encantou e
entrou na minha lista de melhores do ano.
Em “Extraordinário”
conhecemos August Pullman, também conhecido como Auggie, um menino de dez anos que
nasceu com a síndrome de Treacher Collins, que faz com que ele tenha uma
deformidade facial, e, por isso, mesmo muito pequeno já fez diversas cirurgias
e passou por muitas complicações médicas. Por conta de tudo isso, nosso
protagonista nunca frequentou uma escola e foi educado em casa pela sua mãe.
Agora que já
não precisa mais de tantos cuidados médicos, sua família resolve que está na
hora de ele começar a frequentar uma escola e o matricula em um colégio
particular perto de sua residência, para que ele possa começar a ter uma vida
normal como os outros garotos de sua idade. E assim vemos nosso protagonista
nessa nova etapa da sua vida, na qual faz novas amizades, tem professores
preferidos e vive toda essa experiência. Mas, infelizmente, também sofre muito
bullying por conta de sua aparência, e tem que enfrentar todos esses problemas de
uma sociedade que não é muito preparada para o “diferente”, que é
preconceituosa e infelizmente tem muito que amadurecer.
A história desse
livro em si já traz uma mensagem linda, que nos faz refletir e acompanhar a
vida desse jovem e doce menino, que mostra que é uma criança normal, com os
seus sonhos e desejos, e que mesmo sendo “diferente” por fora é igual a todas
as crianças por dentro.
Esse é
daquele tipo de livro que desperta diversos tipos de sentimentos no leitor. Em
vários momentos me vi chorando com algo que o Auggie estava passando e querendo
entrar no livro para tentar fazer alguma coisa, em outras vezes estava
sorrindo, e assim sucessivamente, e isso é ótimo, pois conseguimos ver o quanto
a obra consegue mexer com a gente. Esse é um volume que fala de amizade,
solidariedade, amor, empatia, família, e, acima de tudo, respeito, abordando
temas mais sérios de forma leve.
A obra é
narrada por diferentes personagens, que trazem os seus pontos de vista,
mostrando as suas experiências com o nosso protagonista e nos dando
perspectivas de diferentes visões sobre um pouco da vida de Auggie e de como
ele é um menino totalmente agradável e normal. Uma das narrativas que mais me
encantei foi com a da Via, irmã mais velha de nosso menino. Em sua visão vemos
como ama muito o irmão e entende que os seus problemas são muito menores do que
os dele e, mesmo que ela queria uma vida onde possa andar sem ninguém falar
sobre, ou mais atenção dos seus pais, também entende que o seu irmão precisa de
apoio.
Com uma
narrativa rápida e fluida, esse volume vai te conquistar do início ao fim com
uma história surpreendente, personagens maravilhosos (outros nem tanto) e uma
mensagem linda que vai fazer você refletir sobre a vida.
A capa é
simples, mas não deixa de ser maravilhosa. Adoro a ilustração e também a cor,
assim como a frase na quarta capa. A diagramação interna também está
espetacular, a folha de guarda possui diversas ilustrações de meninos em cinza
com um menino igual ao da capa em branco, cada parte que é narrada por um
personagem ganha uma própria página inicial cinza com uma ilustração de
bonequinhos, seguindo a mesma ideia da capa, o nome do narrador do momento e
uma frase inspiradora. As páginas são amarelas.
Indico “Extraordinário”
para literalmente todo mundo, pois é uma história deliciosa, que mexe com os
nossos sentimentos em todos os momentos e nos faz refletir sobre nossas atitudes,
além de nos passar uma mensagem inspiradora, que mostra que todos devemos ser
mais gentis. Essa realmente é uma trama linda, retratada de forma leve, que
todas as pessoas deveriam conhecer. E, para quem gostar de adaptações, esse
título foi adaptado para os cinemas com ninguém menos do que Julia Roberts, Owen
Wilson e Jacob Tremblay.
Avaliação
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