Como uma fã
de Neil Gaiman e de quadrinhos, tento ler as suas histórias sempre surge uma
oportunidade, ainda mais as que viram HQs e ganham traços maravilhosos. Sendo
assim, sempre que possível leio os seus volumes e com esse título não poderia
ser diferente. Agora, venho compartilhar com vocês as minhas opiniões sobre a
versão em HQ de um dos títulos mais famosos do autor, “Deuses Americanos”.
Nesse volume
conhecemos Shadow, um presidiário que está prestes a ser solto, porém, alguns
dias antes da sua liberdade, descobre que a sua esposa sofreu um acidente de
carro junto com o seu melhor amigo, e esse acidente acabou resultando na morte
do dois, mudando totalmente os planos de nosso protagonista para a sua soltura.
Sem ter para onde ir, ele acaba conhecendo o misterioso Wednesday, um homem
enigmático que lhe oferece um emprego, bem fácil e informal, onde nosso
protagonista deve virar o braço direito dele e o levar para rever algumas
pessoas, sendo uma longa viagem pelos Estados Unidos, cheia de mistérios e
trapaças.
Em certo
ponto, Shadow percebe que acabou se envolvendo em uma batalha entre Deuses
antigos e Deuses Americanos, já que Wednesday na verdade é a encarnação de Odin
(Deus que é pai de todos), e está tentando reunir os antigos Deuses da mitologia
para participar de uma guerra contra os novos Deuses, já que os poderes dos
velhos estão diminuindo por conta da obsessão dos americanos por celebridades,
tecnologia, etc.
Esse volume é cheio de histórias paralelas,
lendas urbanas e desenhos maravilhosos que fazem a gente ficar babando todo o
tempo nesse enredo maravilhoso. Os pequenos detalhes fazem toda a diferença
nessa história, que é totalmente original e empolgante e faz com que a gente
não consiga parar de ler nem por um minuto até chegar ao fim.
Se você
chegou a ler Mitologia Nórdica de
Neil Gaiman vai ter mais facilidade em entender esse volume, pois ele continua
usando muito do seu conhecimento dessa mitologia nesse título, então achei bem
mais fácil o entendimento de algumas coisas, pois eu já as conhecia devido a
minha leitura dessa outra obra.
O livro todo
é muito maravilhoso, seja pela história muito bem escrita e criativa, quanto
pelas ilustrações perfeitas de artistas variados que são um show à parte. Os
personagens, tanto os principais quanto os secundários, conseguem nos
conquistar, cada um com suas particularidades, e vemos que todos eles foram
muito bem trabalhados e construídos.
A edição em
quadrinhos é uma adaptação da história original de Neil Gaiman, com roteiro e
layouts de P. Craig Russell, arte de Scott Hampton, capa de David Mack, e
ilustrações de diversos artistas, entre eles Walter Simonson, Colleen Doran,
Glenn Fabry e Fábio Moon.
De material
extra, há um espaço com algumas páginas de Esboços das ilustrações, com notas
de Daniel Chabon e depois uma Galeria de Capas de artistas diferentes,
inclusive a capa do próximo volume da série, “Ainsel, Eu Mesmo”.
A versão
física está incrível, com alta qualidade de impressão, cores maravilhosas, bem diagramado,
fonte em tamanho grande e miolo em papel couché fosco de 90g/m². A única coisa
que faltou em minha opinião foi a capa dura. Vou tirar fotos do meu exemplar para
vocês poderem ver esse trabalho espetacular, porém ele está emprestado. Então
assim que eu estiver com o meu em mãos novamente atualizo o post.
Recomendo
este volume para todo mundo que gostar de uma narrativa gostosa e instigante,
que nos prende do início ao fim com personagens que foram muito bem
desenvolvidos e uma história de tirar o fôlego. As ilustrações captaram bem a
essência da trama com sua atmosfera sombria e deixou esse volume ainda mais
incrível. Não vejo a hora de poder ter em mãos a sequência para poder continuar
com essa história maravilhosa.
Avaliação
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