Em “A Garota
Que Não Queria Lembrar” conhecemos a história de Ariadne, uma jovem que está
enfrentando o luto após perder o Win, seu namorado, e que não consegue suportar
a dor. Por isso, ela resolve tentar esquecê-lo, e, para tanto, procura a ajuda
de uma hekamista para lhe dar um feitiço de esquecimento. As hekamistas são
como bruxas capazes de realizar feitiços, mas todos têm um preço a pagar. Quando
a nossa protagonista consegue realmente esquecer o seu namorado, acaba
esquecendo praticamente o ano anterior inteiro também, já que eles estavam
sempre juntos, e com isso ela também não lembra o quão fofo, carinhoso e
atencioso ele era, tendo que fingir em vários momentos que estava em um grande
luto para aceitar todos com pena ao seu redor.
Conhecemos
um pouco mais sobre nossa protagonista e do que ela teve que abrir mão para
poder esquecer a dor que estava sentindo, assim como conhecemos também alguns
dos seus amigos, como Markus, que era melhor amigo de Win, um menino que se
sente deslocado de sua família, e que tinha o seu melhor amigo como um irmão daquele
tipo bem inseparável, e Kay, amiga de Ari, que por ser insegura e não se achar
tão bonita, acabou encomendando dois feitiços: um para ficar bonita e o outro
de amarração, para que suas amigas não possam ficar longe dela e nem ficar sem
falar com ela por mais de 3 dias, e o feitiço realmente cumpre isso, por mais
que possa fazer algum mal para as meninas.
Também
conhecemos mais sobre o Win, que era um namorado fofo e apaixonado, e, apesar
de um pouco depressivo, ele amava muito sua namorada e melhor amiga. A parte
dele com certeza é a mais difícil de acompanhar, pois o garoto realmente é um
fofo que dá vontade de levar para casa.
Algo que
despertou o meu interesse logo que descobri esse volume foi a capa, que, sendo
muito linda, logo me deixou com um desejo de ler a sinopse. Assim que li sobre
esse livro, fiquei super encantada e maravilhada com a premissa da história e
louca para começar a lê-lo. Agora, depois de ter concluído essa leitura, venho compartilhar
com vocês todas as minhas opiniões a respeito dessa obra escrita por Maggie
Lehrman, e publicada no Brasil pelo selo Pavana.
Essa obra é
dividida em quatro partes e em cada uma delas temos capítulos com a narração em
primeira pessoa sob a perspectiva de um personagem diferente, são eles: Ari,
Win, Markus e Kay. Isso foi bem legal, já que assim conseguimos entender melhor
a história de cada um individualmente e saber o ponto de vista de cada um. O
livro também aborda o passado e o presente, permitindo ao leitor conhecer
melhor todo mundo, inclusive o Win, que como falei no início da resenha,
infelizmente não está mais no presente, apenas no passado.
Esse exemplar
aborda temas mais sérios como depressão, preconceito, solidão, tudo apresentado
de uma maneira fluida e interessante, que nos faz refletir em todos os
momentos. Gostei bastante de como a autora conseguiu desenvolver a história de
uma forma que criamos uma conexão com tudo e não conseguimos parar de ler.
A fotografia
da capa é realmente linda e o trabalho gráfico, incluindo a escolha da fonte
para o título, chama muito a minha atenção. A diagramação do miolo está bem
confortável para a leitura devido aos espaçamentos, no início de cada parte há
uma página ilustrada, no título de cada capítulo há o nome do narrador do
momento escrito na mesma tipografia do título na capa, e as páginas são
amarelas.
Recomendo
esse volume para todo mundo, pois é uma leitura leve e fluida que consegue mexer
com os nossos sentimentos o tempo todo, e traz uma trama cheia de segredos,
mentiras, suspense e reviravoltas. Esse título com certeza vai te conquistar,
seja pela narrativa ou pelos personagens fortes, marcantes e maravilhosos, cada
um com a sua maneira de ser, porém todos bem profundos. Essa é uma leitura
intensa e bem gostosa.
Avaliação
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