Clara
Cheswick é uma mulher de personalidade forte que sabe o que quer e vai atrás
disso, independentemente de qualquer coisa. Com a morte de seu pai, por quem
nutria um grande carinho, já que ele sempre lhe ensinou tudo e deixou-a ser
quem ela gostaria, Clara poderia ter ficado dependente de seu irmão, que herdou
o título de Conde de Marwood, mas felizmente seu pai lhe deixou com sua própria
fortuna e até mesmo uma residência, fazendo com que ela tenha a oportunidade de
seguir em frente com sua vida sem precisar seguir ordens ou pedir permissões.
Com isso,
ela mantém um jornal sério e com ótimas matérias, escrito apenas por mulheres,
cultiva um grupo de amigas e pensa em um dia fazer um Clube feminino, adora
roupas e moda de maneira geral, apesar de não poder se vestir do jeito que
gostaria no momento, afinal está de luto, e tem uma única certeza: não quer se
casar.
Do outro
lado, conhecemos Adam Penrose, o Duque de Stratton, que teve a reputação de sua
família manchada depois que o pai protagonizou um escândalo que resultou em sua
morte. Depois disso ele e sua mãe, de origem francesa, se mudaram para Paris,
onde viveram por alguns anos, e ele marcou e venceu diversos duelos, o que lhe
rendeu a reputação de perigoso.
Com seu
retorno à Londres e a Sociedade dos Duques Decadentes, que formou junto com
seus dois amigos, Adam acaba recebendo uma proposta de acabar com a briga entre
as famílias, que já dura décadas, da Condessa viúva de Marwood, ninguém menos
do que a avó aterrorizante de Clara. Ela propõe uma união por casamento com sua
neta mais jovem e adorável, mas é pela difícil Clara que Adam realmente se
interessa. Mas será necessário mais do que um simples interesse para fazê-los
superar uma briga familiar, as animosidades do passado e um segredo que pode
afetá-los ainda mais.
Quando a
Editora Charme anunciou que publicaria essa mais nova série de Madeline Hunter,
fiquei muito empolgada pela leitura por dois motivos. O primeiro é que eu já
conhecia a escrita da autora e gostei da experiência e queria repeti-la. E o
segundo é que este é um título de Romance de Época, meu gênero favorito. Então
é claro que eu contei os dias para ter meu exemplar em mãos para poder me
aventurar nessas páginas e me apaixonar pelos personagens. E adorei o
resultado!
O romance
desse livro é mais maduro, os personagens sabem o que querem e fazem o que têm
vontade, sem pensar realmente nas consequências de seus atos. Ou, na verdade,
pensando nisso, mas nem ligando para o que pode resultar, apenas encontrando a
melhor maneira de lidar com a situação. E vemos bastante isso em ambos os
protagonistas, mas com uma pitada um pouco maior em Clara que, por ser uma
mulher, tinha mais restrições e “regras” a serem seguidas, assim como uma maior
possibilidade de perder sua reputação e ser alvo das maiores fofocas. Afinal,
Adam além de homem é um Duque, rico e perigoso. Então, obviamente ninguém
encrencaria com ele de qualquer maneira e ele já poderia fazer o que bem
entendesse por conta de sua posição e fama.
Gostei
bastante dessa característica deles, primeiro porque é um suspiro de alívio
poder ler algo sem aqueles dramas desnecessários ou personagens que agem de
forma muito imatura ou não param para conversar sobre coisas importantes. Fora
que são muito independentes, cada um sabe de sua própria vida e toma suas
decisões baseadas em si mesmos. Adam sabe que Clara mantém um segredo, mas não
a pressiona a contar sobre isso. E ela não o faz até se sentir preparada.
Enquanto ele faz uma investigação a respeito de algo que o pai dela possa ter
feito que prejudicou o seu pai, mas não a trata de forma diferente por causa
disso.
Só não posso
dizer que esse casal tenha realmente me feito suspirar ou desejar cenas fofas
entre os dois, simplesmente porque nenhum deles é esse tipo de pessoa. Eles
estão apenas ali vivendo um caso de paixão e sexo, com um relacionamento maduro
que vai ficando mais forte conforme passam mais tempo juntos, e tem cenas
quentes entre os dois. Mas não é aquela coisa melosa ou graciosa.
Só teve um
ponto no relacionamento deles dois que me incomodou, que foi a transição do
ódio para a paixão, afinal suas famílias eram inimigas há décadas e ele
acredita que o pai dela tem um grande envolvimento na morte de seu próprio pai.
E no começo eles realmente não se gostam e ela quer evitá-lo, mas de repente já
começam a se envolver e parece que tudo foi deixado para trás de maneira muito
fácil. Depois, porém, gostei muito da transição da paixão para o amor, que
aconteceu aos pouquinhos e de forma intensa, e, de novo, sem deixarem de lado
suas próprias personalidades em prol do outro.
Porém, também
fiquei um pouco decepcionada pela forma como Clara sempre se rendia a Adam
quando ele a beijava. Ela é uma mulher tão forte, independente, admirável e
incrível, mas quando recebia um beijo dele nem conseguia mais raciocinar ou
tomar decisões frias, o que acabava cortando um pouco da ótima personalidade
dela.
Gostei da
pitada de mistério que permeia as páginas, fazendo com que a gente fique em
dúvida a respeito de como aquilo tudo resultou na morte do Duque de Stratton
anterior, e de como as explicações foram dadas no final. A autora conseguiu
fechar as pontas a respeito desse assunto sem deixar pontas de fora e eu curti
bastante.
Além das
ótimas personalidades dos protagonistas, adorei os diálogos afiados entre eles,
e também entre seus amigos pessoais. Por sinal, também adorei a melhor amiga de
Clara, Althea, seu jeito de ser, carisma e força, e a amizade verdadeira e honesta
entre as duas.
Devo
confessar que já amei conhecer os Duques Langford e Brentworth, protagonistas
das próximas continuações respectivamente e também os demais membros da
Decadent Dukes Society, que já tivemos o prazer de conhecer nesse primeiro
livro. Eles são bem diferentes entre si, mas igualmente interessantes e mal
vejo a hora de poder conhecer suas próprias histórias de amor.
“O Duque
Mais Perigoso de Londres” é uma ótima indicação para aqueles leitores que
buscam Romances de Época deliciosos e maduros, com protagonistas incríveis e
donos de seu próprio nariz, que não fazem dramas ou deixam opiniões alheias lhe
controlarem. Com uma narrativa deliciosa e que nos prende, Madeline Hunter
acertou com esse título.
Avaliação
Olá! Estou doida pra ler esse livro, gosto muito da escrita dessa autora, essa resenha me deixou ainda mais curiosa em conferi essa história.
ResponderExcluirBjs