Carter
Manning é tudo o que se poderia esperar dele; irresponsável, mulherengo,
esbanjador, arrogante e não liga para muita coisa além de si próprio e sua
música. Ele é um ótimo e famoso cantor, que está nos topos das paradas e usa
sua fama muito bem. E é Bruna, sua assistente pessoal, que sempre tem que lidar
com tudo o que envolve ele, livrando-o, muitas vezes, dos problemas que
arranja.
Mas parece
que o universo acha que está na hora de fazê-lo mudar de vida. Quando menos
espera, duas crianças pequenas são deixadas em sua casa com uma carta dizendo
que são suas filhas e que está na hora de Carter cuidar delas e se tornar um
pai. Primeiramente, ele não sabe muito como agir e continua sendo o mesmo
inconsequente de sempre.
Mas as
pequenas Sam e Soph, juntamente com Bruna, vão mostrar para Carter que ele pode
ser muito mais do que acredita e vão ajudá-lo a mudar e amadurecer. E ele passa
a perceber que talvez seja muito mais do que apenas seu grande ego. E se no
meio de caminho ele também perceber que seu coração é de uma certa pessoa, terá
coragem de seguir em frente e fazer de tudo para conquistá-la, mesmo depois de
ter errado tantas vezes?
A escritora
nacional, Carol Dias, está de parabéns por esse livro adorável e sua narrativa
envolvente e fluida. Com certeza vou querer ler mais obras de sua autoria e já estou
torcendo para que a Ler Editorial publique mais trabalhos dela. Quem sabe mais
volumes para esta série? Adoro quando tenho a oportunidade de prestigiar
talentos brasileiros.
Gostei muito
mesmo da Bruna, que é uma mulher forte, independente, divertida, decidida,
amorosa e inteligente. Pudemos conhecer essa história sob seu ponto de vista em
primeira pessoa, e adorei conhecê-la e ver que tinha muita paciência para lidar
com alguém tão difícil quanto Carter muito bem. E curti mais ainda ver que ela
tentou pelo menos esperar um pouco antes de lhe dar uma nova chance, sem
aceitá-lo no mesmo segundo em que ele pediu uma nova oportunidade. Isso me fez
admirar ainda mais a personagem, já que não são todas que conseguem resistir a
um homem tão bonito, sexy e charmoso. Pontos positivos para nossa protagonista.
Na verdade,
até a metade do livro eu não suportava o Carter. Ele era mulherengo e ia para
cama com todas as babás, e isso me irritava muito, MUITO mesmo. Parecia uma criança mimada que não consegue receber um
aviso para não fazer algo que fica querendo desafiar a pessoa e faz mesmo. Fora
a falta de respeito que tinha com as próprias filhas, duas crianças pequenas de
três anos de idade, que eram mais responsáveis que ele. Ele é adulto e tinha
duas garotinhas sob sua responsabilidade, que, inclusive estavam sob o mesmo
teto – as vezes apenas no quarto ao lado dentro do ônibus de turnê, e podiam
flagrá-lo fazendo sexo com uma mulher a cada dia, ainda mais sendo as próprias
babás delas! Isso era extremamente difícil de aceitar. Que pelo menos arrumasse
uma mulher de fora, longe daquele espaço! Só de me lembrar dessas situações me
vejo com raiva.
Depois que
ele melhorou, até passei a gostar mais do personagem, mas ainda não pude ficar
completamente apaixonada pelo mesmo por conta dessas coisas que fazia antes. Porém,
não podemos negar a sintonia que ele e Bruna possuem entre si, já que estão
sempre se ajudando, se apoiando e brincando um com o outro. Além disso, a química
é evidente e nos faz desejar que fiquem juntos o quanto antes.
Também achei
ótima as interações dos dois e como Bruna conseguia impulsioná-lo a tentar ser
e agir de uma forma diferente e ganhar mais responsabilidades. E como ele se
importava com ela e queria sempre o seu bem. O casal foi fofo e a construção do
romance aconteceu aos poucos, do jeito que gosto. Quando o Carter deixou de ser
aquele ser irritante e amadureceu, se tornou um doce, além de romântico e
carinhoso. O relacionamento dos dois acabou se tornando bem fofo.
Curti
bastante a leitura, só acho que a mudança de comportamento de Carter para o
relacionamento entre ele e Bruna ocorreu de forma repentina demais, queria que
tivesse pelo menos sido mostrada de maneira um pouco gradual, inclusive para
ela poder acreditar nele de verdade. Queria mais provas de sua mudança antes,
mais do que apenas declarações de amor. Então eu não confiaria tanto nele
quando decidiu mudar de uma hora para outra, porque ele já tinha dito que faria
isso antes, mas não tinha feito. Porque, como isso é ficção, ele mudou, claro.
Mas na vida real isso não seria uma certeza absoluta, portanto acho que ele
deveria sofrer um pouco mais, correr um pouco mais atrás, lutar por aquilo com
mais afinco e provar de verdade que tinha mudado, caso contrário, podia acabar
fazendo o mesmo novamente, como fez tantas vezes antes.
Não tinha
lido o primeiro volume, mas a minha irmã leu e resenhou aqui no blog. Vocês
podem conferir o que ela achou de “Clichê” clicando no título para ser
redirecionada para sua resenha. Como ela adorou a leitura, fiquei curiosa para
ler também, então decidi pegar o segundo volume da série, já que são obras
independentes, e você pode lê-las fora de ordem porque não vai atrapalhar em
nada.
Acho as
capas bem fofinhas e gosto que sigam um padrão semelhante, fazendo com que a
gente saiba que pertençam a uma mesma série. Enquanto a primeira era rosa com
lombada violeta, a dessa é amarela com um tom mais forte na lombada, e ficam
bem fofas juntas na estante. A diagramação do texto é bem confortável para uma
leitura agradável, com fonte e espaçamentos em tamanhos ideais, o início de
cada capítulo conta com detalhes gráficos e estrelinhas enfeitando a página. As
folhas são amarelas.
Para quem
está atrás de romances eróticos, esse não é o livro que você procura, já que
não há nenhuma cena explícita por aqui. Confesso que adorei isso, o que me fez
gostar ainda mais da leitura. Essa pode ser considerada uma obra chick-lit por
algumas pessoas, mas acredito que esteja mais para o gênero comédia romântica,
visto que, quando penso na primeira opção, logo imagino uma protagonista
atrapalhada que vive situações inusitadas e ainda não encontrou o verdadeiro
amor, e tem um lado cômico bem acentuado. Enquanto a segunda trata de um
romance com pitadas de comédia e pode conter personagens bem resolvidas. Então
definitivamente esse livro entra na segunda categoria. Preferi explicar isso
aqui porque essa é a visão que a maioria das pessoas tem do gênero, e queria
mostrar que esse livro não é esse tipo de chick-lit.
“Inversos”
conta com uma protagonista cativante, personagens secundários encantadores, um
mocinho que vai amadurecer durante a trama, uma boa pitada de comédia, momentos
dramáticos, um romance fofo e um enredo divertido e muito bem desenvolvido. Se
você busca uma leitura para te encantar e deixar um sorriso alegre no rosto com
o final, acabou de encontrar o que desejava.
Avaliação
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