“Crepúsculo” foi um dos meus livros preferidos
de todos os tempos, e mesmo muita gente falando que não foi uma boa história e
coisas do tipo, foi uma obra que me prendeu bastante e me fez ficar acordada
até altas horas da manhã lendo. Desde então, eu não havia lido mais nada da
autora, somente essa série. Foi por isso que resolvi voltar a ler algo de sua
autoria, e escolhi seu último lançamento, que é “A Química”, o primeiro volume
da autora que é inteiramente inédito em seis anos.
Nesta trama,
conhecemos a história de Juliana, uma ex-agente do governo, que é especialista
em seu campo de atuação, onde ela é responsável pelos interrogatórios. A agência
é tão secreta, que poucos sabiam de sua existência, e a mesma não tinha nem
nome. Quando perceberam que nossa protagonista sabia demais e que isso poderia
vir a ser um problema, passaram a persegui-la para dar um fim em sua existência.
E, para piorar as coisas, a única pessoa em quem confiava foi assassinada.
Agora, ela está sendo caçada por aqueles que considerava seus colegas de
trabalho. Sempre muito experta, Juliana começa a fugir e a ter vários nomes
diferentes. O mais utilizado durante toda a trama é Alex, por esse motivo vou
chamá-la desse nome daqui para a frente.
Certo dia, ela
recebe um e-mail do seu ex-chefe, Carston, marcando um encontro, para que faça
um último trabalho, e depois disso não precisaria mais fugir, pois estaria
livre de tudo. Mesmo desconfiada de que poderia ser uma armadilha, ela resolve
aparecer nesse encontro e acaba aceitando o desafio proposto. Então,
acompanhamos nossa protagonista em sua jornada, que é mandada atrás de um cara
que aparentemente vive uma vida certinha, sendo professor e fazendo trabalho
voluntário, mas que na verdade tudo isso é uma fachada, e ele é um terrorista
prestes a matar milhares de pessoas.
Esse livro
foi bem gostoso, já que nele temos uma narrativa fluida, com uma linguagem mais
cômica e uma leitura despretensiosa, que consegue nos conquistar do início ao
fim com muita ação e suspense, que não deixam a trama ficar parada nem por um
segundo. Além do mais, os personagens são muito bem construídos, nos
conquistando, cada um com o seu jeito de ser, em todos os momentos. E ainda
contamos com um toque de romance.
A trama foi
narrada em terceira pessoa, recurso que eu sempre gosto muito, já que assim
conseguimos ter uma visão mais ampla da história, nos dando mais detalhes de
tudo o que está ocorrendo na vida de Alex.
Nossa
protagonista é extremamente inteligente e astuta, o que foi bem legal, já que
adoro ler livros com personagens assim, e achei que Stephenie conseguiu ser bem-sucedida
neste título, construindo um enredo bem legal. Teve alguns momentos, no início
da história, que achei que as descrições que ela usou para as fugas,
armadilhas, etc. foram um pouco arrastadas, atrapalhando um pouco a rapidez da
leitura, mas isso não me atrapalhou e nem atrasou, mas sei que algumas pessoas
se incomodam com isso, e por este motivo estou falando sobre o assunto aqui.
A capa é
simples, mas significativa e a editora resolveu manter a original. Ainda não
sei se gosto tanto assim dela, já que não chamaria a minha atenção se não fosse
pelo nome da escritora presente na mesma. Mas a edição impressa da Intrínseca
está um arraso, já que conta com um efeito metalizado fosco prateado muito
bonito, além de alto-relevo e verniz localizado no título, nome da autora e
seringa, deixando a capa mais bonita. E a lombada é de um tom de azul
magnífico, que eu adoro. A diagramação está confortável para a leitura, apesar
de a fonte não ser assim tão grande, o que pode incomodar alguns leitores, mas
eu não tive nenhum problema.
“A Química” é
para todo mundo que gosta de uma história que mistura, entre outras coisas,
ação e suspense, com uma pitada de romance, além de personagens que conseguem
nos conquistar facilmente. Essa é uma trama bem gostosa e com um final bem
redondinho, que fecha todas as pontas, dando-nos uma conclusão. Recomendo
muito!
Avaliação
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