Graça e Fúria – Graça e Fúria #01 – Tracy Banghart


Em Viridia as mulheres são reprimidas e não têm direitos. Uma das posições mais importantes que uma jovem pode alcançar é ser escolhida para ser uma das Graças dos governantes – obediente, elegante e bela, que faz TUDO o que ele manda. Serina Tessaro tem uma beleza exuberante e sempre foi treinada para se tornar uma Graça, assim sua vida e a de sua família poderia mudar para melhor.

O Herdeiro está pronto para escolher suas Graças, então faz uma seleção, da qual Serina participa com grandes chances de êxito. Porém, com uma reviravolta do destino, é Nomi, sua irmã rebelde, que chegou ao local como sua criada, que ganha uma vaga. Nomi sempre rejeitou o modo como as mulheres são tratadas, diferentes dos homens, e se rebelava em pequenas coisas, inclusive aprendeu a ler escondido, o que era considerado um grande crime.

Depois de Nomi aprontar uma rebeldia e sua irmã ser pega no flagra em seu lugar, ela precisa lidar com sua nova vida sozinha como Graça, o que a deixa meio desesperada, já que Serina é punida sendo enviada para Monte Ruína, uma prisão que fica numa Ilha, completamente perigosa e onde as mulheres precisam lutar pela sobrevivência, pois se matam para garantir comida e divertir os homens.

Distantes uma da outra, as irmãs lidam com suas realidades, tentando encontrar a melhor forma de sobreviver e salvar a outra. No processo, encontram pessoas importantes e inclusive podemos ver o poder da sororidade nascendo. Mas será que meia dúzia de mulheres pode mudar uma realidade tão restrita, machista e dominada por homens?

Esse enredo se assemelha a MUITAS fantasias e distopias. E tem clichês do começo ao fim. Inclusive conseguimos desvendar o plot twist no início. Porém, gostei bastante de como Tracy desenvolveu sua trama e mais ainda da mensagem feminista e de sororidade, que foi bem trabalhada. Mesmo que algumas coisas sejam bem óbvias, ela aborda temas importantes e algumas reflexões. O pano de fundo foi bem construído e plausível.



Na minha opinião o começo da leitura foi cansativo. Algumas coisas aconteceram rápido demais e faltou desenvolvimento em certos pontos, e a narrativa da autora é repetitiva em uns argumentos. Então não consegui me conectar muito com as protagonistas nem com o que estavam vivenciando.

Conforme a trama ganha um ritmo mais intenso, principalmente na Ilha, fiquei vidrada em cada cena, querendo descobrir logo o que iria acontecer e como iriam sair de tudo aquilo. Como é uma duologia, ainda não temos todas as respostas, mas a história se adianta bastante e há reviravoltas que mexem com a gente, inclusive várias mortes. A obra acaba num cliffhanger que nos deixa ansiosos para conferir o desfecho o quanto antes.

Apesar de ter indício de um triângulo amoroso, desde o começo já dava para notar o que a autora pretendia fazer. Se você busca romances desenvolvidos, sinto muito, mas ambos são BEM fracos, rápidos e tem cenas forçadas. Esse não é o foco do livro e nem acho que precisava ter acontecido.

Essa obra é interessante, gostosa e cumpre com o prometido. Gostei e recomendo!

Avaliação





Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário