Depois do fim da série Vampire
Academy, ficou uma saudades da mitologia criada por Mead, além de curiosidade
de como foi o felizes para sempre, que no caso deles com certeza deve ter sido
muito perturbador rs! Para matar um pouco da curiosidade embarquei na leitura de
Laços de Sangue, primeiro volume da série Bloodlines (Spin-off da série Vampire
Academy) escrito pela querida Richelle Mead.
Por tratar-se de um spin-off paralela de Vampire Academy a resenha a
seguir assim como o livro tem spoilers para quem não leu a série anterior.
Em Laços de Sangue a história se
foca em Sydney Sage, uma humana alquimista que arriscou seu próprio futuro para
ajudar Rose Hathaway. Agora com sua reputação abalada e com medo do que seu pai
pode fazer, ela aceita uma nova missão junto aos vampiros: proteger a princesa
vampira Jill Dragomir, o que faz com ela tenha que juntamente com Jill se
matricular em um internato. E o que poderia ser tranquilo na ensolarada Palms
Spring se torna uma missão de equilíbrio entre ser o que seu pai espera e o que
é certo fazer. Entre proteger sua colega e resolver mistérios que a rondam.
Qual serão as escolhas de Sydney?
Ao contrário das protagonistas de
Mead: Rose Hathaway, Georgina Kincaid e Eugenie Marham, Sydney não é uma garota
forte e determinada. Sempre viveu sob fortes regras e não sabe lidar com o que
acontece quando se vai contra os pais. Ela passa todo tempo com medo de ir para
um centro de educação, e aos poucos começa se dar conta da repressão que tem
dentro de si, com auxílio de ninguém menos que Adrian Ivashkov!
Percebe que embora os alquimistas
sempre a fizeram acreditar que vampiros eram seres não naturais eles podem ser
tão humanos quanto ela, com sentimentos e emoções. Mudar suas crenças é algo
que mexe muito com suas emoções, e que atrapalha o seu andamento. Mesmo com
tantas questões pessoais, ela se esforça para auxiliar a Jill, primeiramente
porque é seu trabalho, e depois porque passa a considerá-la. E o mais legal,
ela começa aos poucos a descobrir a força do amor.
Adrian Ivashkov é um vampiro
Moroi (vampiros que podem andar sob a luz do sol com parcimônia, tem poderes
mágicos, se alimentam de sangue e não matam seu doador) que faz parte do grupo
que visa proteger Jill. A razão para que ele integre o grupo é revelada mais
tarde, e eu gostei bastante de ter esse dado novamente na história, visto que é
um ótimo recurso para narrativa, embora no livro em questão ela não tenha
explorado muito como fez na série anterior.
Sua personalidade está
completamente partida depois de perder o amor. Ele sempre foi instável, mas
agora não consegue enxergar luz no fim do túnel, entretanto a sua escuridão
deve ser contida caso contrário Jill fica ameaçada. Essa é uma das muitas
variáveis que Sydney tem que lidar. A evolução de Adrian é legal, e ele também
não se dá conta do que está acontecendo. Passei a nutrir maior simpatia pelo
personagem que não havia ganho tanto meu carinho porque rivalizava com o
Dimitri s2! rs
Jill é uma princesa Moroi, é
frágil, se encaixa bem na frase "entrou de gaiato no navio" quando
descobriu ser parte da realeza. Teve sua vida calma virada de cabeça para baixo
quando teve que enfrentar as guerras da realeza Moroi. Eddie é o dampiro
(mestiço de humano com Moroi, possui alguns atributos diferentes dos humanos
como força maior) designado para ser guardião de Jill, é obcecado com a
proteção desta. Tão obcecado que começa a confundir o que faz por obrigação e
por sentimento.
Lee e Keith, são
bem...respectivamente um alquimista que coloca areia no caminhão de Sage e um
Moroi um tanto suspeito, melhor não falar mais sobre eles, não gostei deles =P
Blagh!
Mead mais uma vez me agradou em
cheio com sua narrativa em primeira pessoa sob o ponto de vista de Sydney,
criou uma história repleta de detalhes que vão muito além da história principal
em cima de Jill. Há mistérios rondando o internato, e mortes de Morois não
explicadas em Palms Springs e arredores. O ritmo do início do livro é um pouco
lento visto que ela não explora muito os alquimistas (senti falta disso!) e o
livro já começa na ação. Mas quando os mistérios começam a surgir e as pistas a
se montar tudo fica envolvente e viciante como só Mead sabe fazer!
Sou suspeita em indicar os livros
da Richelle, gosto de todos, alguns mais outros menos, mas o pior deles ainda é
bom! Laços de Sangue não é diferente, veio para completar o mundo de Vampire
Academy, e terminou com um gosto gigante de quero mais (o problema foi a última
frase, uau!). Suas continuações O Lírio Dourado, O Feitiço Azul, Coração
Ardente, Sombras Prateadas e O Círculo Rubi já foram todos publicados aqui no
Brasil.
Avaliação
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