À princípio
de conversa, devo comentar que, uma vez que leio livros desesperadamente desde
os sete anos, tive experiências com diversos tipos de histórias. Algumas
divertidas, outras que me fizeram chorar, suspirar e desejar que tudo aquilo
fosse realidade. E também aquele tipo de livro que passa uma mensagem, às vezes
tão intensa, que faz você repensar sua própria vida.
Foi
exatamente à procura desse tipo de história que peguei Eu Sou O Mensageiro, de
Marcus Zusak, para ler. Embora a sinopse seja até interessante, o que realmente
me impulsionou a ler esse livro foi o outro trabalho do autor, A Menina que
Roubava Livros. E não me arrependo de ter lido esse livro—ele é um poço de
reflexões e críticas à sociedade atual que me fizeram repensar sobre meus próprios
valores.
Que tipo de
pessoa, pelo menos uma vez nada vida, não sentiu que era um perdedor? Todas as
pessoas já passaram por essa fase. E Ed
Kennedy, nosso personagem principal, um jovem de apenas 19 anos, não seria
diferente: ele se sente um perdedor, e analisando bem a vida que ele leva,
podemos concluir que isso é exatamente o que ele é. Vive uma vida medíocre, num
emprego sem graça de motorista de táxi, jogando baralho com uma turma de
perdedores iguais à ele, nutrindo uma paixão platônica pela melhor amiga que já
dormiu com metade da cidade e vivendo num apartamento simples, tendo como única
companhia um cachorro velho. Seu pai era um alcoólatra que morreu há pouco
tempo, e a mãe se dedica à espezinhá-lo a todo momento.
As coisas
mudam quando, numa coincidência, ele impede um assalto à um banco. De repente,
a mídia está toda em cima dele, considerando-o um verdadeiro herói, e é claro
que isso traria consequências negativas — de repente, Ed começa a receber
cartas de baralho: ases de ouros, paus, espadas e copas, cada uma contendo
endereços e charadas a serem desvendadas. Movido pela curiosidade, Ed acaba
mergulhando no desafio, sendo levado à pessoas com dificuldades diversas, e se
envolvendo em muita confusão para ajudá-las. Mas, a cada conquista, ele se
sente mais confiante do que pode fazer, e muitas vidas são mudadas com isso.
Inclusive a dele.
O livro é
narrado pelo próprio Ed, e isso dá um gosto a mais para a história. No início,
Ed é um pessimista, um cara sem ambições e medroso. Mas sua evolução ao longo
do livro é algo a se notar — Ed cresce de uma forma impressionante. Ele
enfrenta seus medos, seus traumas, revela verdades, desvenda segredos, e,
enquanto acha que está ajudando as pessoas lhe designadas, está ajudando a si
mesmo.
Também
existem partes de humor, principalmente as relacionadas ao melhor amigo mão de
vaca e pão duro de Ed, Marv, e ao cachorro de Ed, o Porteiro. A linguagem do
livro, cheia de gírias e palavrões, pode estranhar à princípio, mas ela dá mais
integridade à história — você sente que está lá, assistindo aos dramas de Ed, e
torce para que ele consiga.
A Intrínseca
fez um ótimo trabalho com esse livro. A diagramação está muito boa, e eu não
encontrei erros de português que prejudicassem a leitura. Os desenhos das
cartas de baralho que separam as partes do livro são simples, mas achei que ilustraram
bem a história. E a capa, na minha humilde opinião, é muito bonita e passa uma
impressão de melancolia que combina bem com o livro.
Resumindo:
eu só tenho elogios à esse livro! Simplesmente tocante, e o fato de eu ter o
lido numa fase meio depressiva só ajudou a aumentar essa admiração. Embora eu
tenha ficado meio decepcionada no final (eu esperava uma coisa bem mais
chocante, admito), acho que a mensagem que Markus Zusak quis passar ficou bem
clara: todos podem mudar sua vida, se a vontade for realmente essa.
Markus Zusak
é realmente um poeta, e eu espero sinceramente que as editoras consigam trazer
os outros títulos dele para o Brasil.
Avaliação
*..*
ResponderExcluirpuxa vida
eu tenho a menina que roubava livros, li ano passado
gostei muito
por isso adicionei este livro ai em cima no skoob para ler algum dia, mas nem tinha parado pra elr sinopse ou algo assim, fui mas pelo titulo e a capa
agora vejo que vou acabar adorando
abraços
@Mayh_Fernandes
Excluiryarasp71@hotmail.com
Também li esse livro num momento depressivo e ele me ajudou bastante.
ResponderExcluirNão entendi direito o final, parece que foi criado só pra não deixar tudo em aberto... a explicação que o autor dá é meio surreal.
Fora isso, concordo que ele é realmente um poeta.
Curti algumas frases específicas do livro.
Foi bem traduzido num sentido que tradutor indentificou a linguagem popular que é usada ao longo do livro, com as gírias e palavrões e tudo mais.
Vale muito a pena.
Eu não imaginei que esse livro fosse desse jeito.
ResponderExcluirAcho que pelo autor ter escrito "A menina que roubava Livros" e por este parecer sério (eu ainda não li e por isso não sei direito como é e não posso afirmar se é ou não).
Fiquei pensando que este seria um livro que não me despertaria tanta vontade de ler.
Erro meu. Ainda bem que essa resenha veio parar aqui no House of Chick (blog que eu amo) e pude conhecer o ponto de vista da Júlia que me fez ter muita vontade de ler Eu sou o mensageiro.
Beijinhos
simplesmente quero ler esse livro right now! *-* adorei a resenha, a capa, a história contada, tudo!! qro ler jah!!! *-*
ResponderExcluir--
hangover at 16
uma capa simples porém muito bonita, parece uma história muiiitoo boa, super fiquei animada para ler. beijos.
ResponderExcluir@sosobrelivros
eu ainda não li a menina que roubava livros, que só pelo título me fascinou. E esse, sendo do mesmo autor, parece ser muito bom, história bem interessante!
ResponderExcluirEu simplesmente AMO esse livro!
ResponderExcluirGanhei de uma amiga meio sem querer assim há dois anos no meu aniversário, não tinha ouvido falar nem nada, mas foi começar a ler pra me encantar.
Realmente me emocionou, me revoltou e mexeu comigo. Fiquei com vontade de me mexer de verdade, de mudar, de viajar. Hahahaha. Uma loucura.
Agora só falta eu ler A menina que roubava livros, mas estou esperando meu aniversário, pois uma outra amiga disse que me dará de presente ^^
Vou adicionar nos desejados no Skoob AGORA! Adorei sua resenha, agora estou louca pra ler o livro! *___*
ResponderExcluirbjão!
Amei a sua resenha e achei linda a capa do livro. Quero muito ler, ou melhor preciso hehehe
ResponderExcluirParabéns pela resenha que ficou bem legal.
Beijos
Uma história tocante, com certeza vou querer ler. Gosto muito de livros que nos fazem pensar e refletir sobre nossos atos.
ResponderExcluirMuito boa a resenha, parabéns!
Beijinhos
Eu adoro livros que contam histórias de personagens que dão uma reviravolta em suas vidas, é bom para nos fazer refletir, e mesmo que não mudemos tão drasticamente quanto os personagens do livro, fazer mudanças na nossa própria vida sempre é positivo.
ResponderExcluir@mcrisaragao
Vc falou a palavrinha mágica crítica a sociedade que agora me faz querer ler o livro, eu simplesmente sou do lado revoltado para sempre!
ResponderExcluirMiquilis:
Bruna Costenaro (bruheadbanger@hotmail.com)
Nunca tinha visto ou lido sobre esse livro antes...e infelizmente, ele não me agradou muito...
ResponderExcluira capa até que é bonitinha, mas não gostei muito...
@drielymeira
driely.meira@hotmail.com
Adoro um livro que faça refletir. E "A menina que roubava livros" é um dos meus preferidos, então qualquer trabalho do autor se tornou leitura desejada... bom saber que continua com boas histórias!
ResponderExcluirA capa é realmente melancólica... linda!
@gaveta_aband
SPOILER DO FINAL DO LIVRO: Oi, quanto ao final do livro eu fiquei muito confusa e decepcionada a primeira vez que eu li mas depois lendo atentamente e inconformada acabei juntando a teoria de que o personagem que aparece no sofá de Ed no final é nada mais nada menos que Markus Suzak, posso estar sendo ridicula, mas perceba algumas compatibilidades na narrativa e umas mensagens subliminares como "rosto de menino, voz de homem" "cabelos curtos, castanhos"... Espero que eu não esteja parecendo louca e equivocada.
ResponderExcluirMarkus Zusak* meu erro tipico, perdoe-me
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