Dom Quixote – Miguel de Cervantes


Sempre quis ler essa história escrita no Século XVII, já que é considerada o primeiro romance moderno, mas não tinha tido a oportunidade. Ano passado resolvi que não dava mais para postergar e embarquei na leitura pela edição da @companhiadasletras com os 2 volumes. E fico feliz por ter conseguido, pois valeu cada minuto.
Nessa trama conhecemos Dom Quixote, um homem de meia idade que, após ler muitos romances de cavalaria, resolve que quer se tornar um cavaleiro. Por isso, arruma seu cavalo e uma armadura e decide sair de sua fazenda para encarrar o mundo com os seus ideais. E conta com a ajuda de Sancho Pança, um lavrador que se torna o seu fiel escudeiro, para que juntos possam ir em busca de aventuras e de ajudar os fracos e oprimidos, tudo com a benção de Dulcineia del Toboso, musa imaginária do protagonista, a quem ele quer provar seu verdadeiro amor.
Narrado através de vários episódios vividos por Dom Quixote e seu fiel escudeiro e amigo Sancho Pança, acompanhamos suas aventuras e desventuras e os vemos retornarem com dentes quebrados, dores nas costas, etc., mas também com várias histórias. E nessa jornada eles conhecem vários tipos de pessoas, umas que os ajudam, algumas que tentam fazer com que voltem para casa, entre outras, mas todas com histórias bem interessantes.
Em todos as pequenas aventuras que li, confesso que me encantei pelo personagem. E ri bastante no início. Porém, depois a história vai ficando um pouco mais reflexiva e acabamos nos incomodando com as atitudes de alguns indivíduos em relação ao nosso protagonista, o que nos desperta raiva e preocupação.
Insano lúcido, aventureiro, amigo, inteligente e bondoso essas são algumas das características de Dom Quixote, que em busca de fazer algo diferente de sua vida, mergulhou em suas loucuras para seguir o caminho de seu coração, utilizando a justiça social como bússola e criando situações que só se passam na sua mente, como lutar com moinhos como se fossem gigantes, afrontar monges como se fossem feiticeiros, etc.



Num primeiro momento, é comum ficar intimidado pelo tamanho da obra, que juntando os dois volumes chega a mais de mil e trezentas páginas. Porém, Cervantes (e a tradução maravilhosa de Ernani Ssó) construiu tramas tão gostosas e cativantes, que conseguimos mergulhar nas páginas sem ver o tempo passar. É claro que não é um livro para terminar rapidamente, mas a jornada definitivamente vale a pena.
Uma leitura leve, reflexiva, trágica e divertida que consegue conquistar o leitor com personagens maravilhosos e muitas aventuras, misturando humor e imaginação. Esse é um Clássico muito interessante e que conseguiu me conquistar. Recomendo demais para todo mundo.

Avaliação



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