Depois da Última Dança – Sarra Manning


2 Histórias. Uma no Passado, outra no Presente, que se fundem no tempo atual. Essa junção sempre me atrai. Por isso quis ler esta obra envolvente. O passado retrata 1943, quando uma jovem vai ao encontro de uma vida de glamour em Londres, vinda do interior e trazendo consigo apenas 1 casaco de pele e 2 vestidos. Seu sonho estava prestes a se realizar graças a sua ousadia, coragem e força de vontade.
Ela acabou onde queria, no Rainbow Corner, o mais famoso salão de danças frequentado por soldados americanos em Londres (realmente existiu! Eles iam lá dançar para se desligar dos terrores). A 2ª Guerra Mundial se fazia presente nesta época, nos bombardeios, na vida triste da população e ao redor do mundo.
Em 2003, Jane chega em King’s Cross, mesma estação que Rose desceu, com a diferença de que não conhecemos o motivo que a levou até ali. O que sabemos é que ela entra vestida de noiva em um bar procurando alguém com quem se casar. E Leo aceita.
Jane e Rose acabam se encontrando e seus destinos são entrelaçados. Leo é maravilhoso e tem muita importância na trama, pois foi a ponte para elas se conhecerem. Ele vence barreiras como drogas e alcoolismo, e reconhece um erro que cometeu no passado com a ajuda de Jane. Há romance, que não começa como tal, mas como uma ajuda mútua e com muitos erros e acertos de ambos, que se transformará em um bonito amor.
O pano de fundo do passado é a Guerra e o Rainbow Corner. Vemos com clareza que a autora pesquisou muito bem cada detalhe e nos transporta para a época como se realmente estivéssemos fazendo parte da história. A atualidade é cheia de surpresas e traz uma jovem que luta para sobreviver neste mundo conturbado e acha um jeito. Mesmo com os transtornos que enfrenta, o amor sobrevive.





O cenário é realista e pesado por conta da Guerra, e nossos sentimentos ficam aflorados com tanta injustiça, maldade e populações dizimadas. Ao mesmo tempo em que o clima fica mais ameno com a bondade de pessoas que acolhem e dão condições a outros que não esperavam nada da vida. Vemos também o carinho de gente dispostas a dançar com os soldados para ajudá-los a esquecer um pouco disso tudo.
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Ainda não conhecia a escrita da autora (não tinha lido nenhuma de suas obras), mas gostei muito. A narrativa em 3ª pessoa flui bem. Há reviravoltas, novidades e descobertas. Fiquei contente com a forma como ela nos apresentou mulheres fortes, que sobreviveram e superaram tantas coisas ruins e difíceis em suas vidas transformando-as em algo melhor e seguindo em frente.

Avaliação





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