Não tinha pretensão alguma de ler
o livro Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes - 100 fábulas sobre mulheres
extraordinárias, das autoras Elena Favilli e Francesca Cavallo, publicado pela
editora V&R, mas um dia peguei ele para o kindle, e resolvi só dar uma
espiada para ver como era, de repente li todo o livro em menos de 24 horas!
Favilli e Cavallo apresentam em
seu livro 100 histórias de vida de cem mulheres que se destacaram no mundo ao
longo da história fazendo diferença onde passaram e mudando o pensamento dos
que a conheceram. Estas mulheres tiveram as mais variadas profissões desde
ativistas, escritoras até cientistas de diversas áreas, e nasceram em diversos
locais no mundo. Achei interessante que neste aspecto o livro foi bastante
democrático e não se focou apenas nos países mais conhecidos e esperados, ao
contrário procurou evocar todo canto do mundo.
As histórias em si são breves,
são narradas em terceira pessoa como se fossem uma fábula, e contam com apenas
duas páginas. São muito breves para de fato transmitir algum conhecimento, mas
conseguem transmitir a mensagem de perseverança que todas compartilham.
O destaque são as lindas
ilustrações que cada uma destas personalidades ganharam juntamente a alguma
frase dita por elas. São retratos lindos que facilmente poderiam ir parar em
uma parede.
O livro é especialmente eficaz
para crianças já que tem uma linguagem acessível e pretende ser breve e direto
em sua narrativa. Mas peca um pouco no excesso do feminismo, o qual eu sou
contra (e que fique claro que sou contra o machismo também, vejo pessoas como
espíritos que não se limitam ao corpo que 'vestem'), isso porque alimenta este
ponto de vista extremo onde mulheres precisam todo tempo provarem para si
mesmas que podem fazer qualquer coisa. Acho que a mensagem deveria ser que
qualquer um pode fazer qualquer coisa desde que deseje e se esforce para tanto,
que o mundo na maioria das vezes não ajuda, não só mulheres mas muitos homens.
Estou um pouco cansada da
quantidade de livros que têm saído nos últimos anos que trabalham a temática da
mulher, quando acredito que a saída talvez seja também educar homens a
conhecerem o universo feminino, porque sim somos diferentes, e isso não é
problema, é ao contrário belo, ser igual é terrível, ser diferente é a graça.
Todos somos diferentes, mesmo entre o mesmo sexo, cada um a seu jeito e com
seus desejos somos capazes de coisas que desconhecemos.
A editora já lançou o segundo
volume, livro este que estou louca para espiar, porque não tem coisa mais
interessante do que ouvir histórias de vida das mais variadas e que são capazes
de nos inspirar a ser seres humanos melhores, e que me fazem sonhar pelo dia
que um livro sairá para todos sem precisar escolher uma raça, um gênero, porque
todos de fato somos iguais.
Avaliação
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