Sempre
gostei bastante dos livros de Connelly, pois suas narrativas são instigantes,
envolventes e nos prendem em todos os momentos com personagens incríveis. Também
curto muito o Mickey Haller, que no caso é o protagonista dessa história, que
já teve cinco volumes publicados aqui no Brasil (contando com este. O sexto
ainda não chegou por aqui), e irmão do famoso detetive Harry Bosh (outro dos protagonistas
criados por Michael). Sendo assim, sempre que é possível, gosto de me aventurar
em seus títulos.
Nesse exemplar,
acompanhamos mais uma vez a história de nosso advogado de defesa Mickey Haller,
que, por ter essa profissão e ser bom no que faz, acabou causando vários
problemas para si mesmo, já que acabou inocentando um homem que foi o
responsável por matar 2 pessoas. Isso fez com que sua filha parasse de falar
com ele, uma vez que ela conhecia as vítimas e achava que o pai defendia quem
deveria ficar na cadeia, e isso também acabou com suas chances de se eleger para
o Gabinete da Promotoria do Condado de Los Angeles.
Agora, ele
foi chamado para um caso de assassinato, no qual a vítima é uma ex-cliente sua,
uma mulher que era garota de programa e que ele ajudou a tirar das ruas. Quando
descobriu que era essa sua ex-cliente, nosso protagonista chegou a ficar surpreso,
já que ele achava que a moça não tinha voltado para essa vida, uma vez que até
mesmo recebeu cartões postais dela sobre esse período em que estava afastada.
Gloria foi
encontrada morta em seu apartamento, e Andre La Cosse, um cafetão digital, ou
seja, um homem responsável por administrar sites e redes sociais de
acompanhantes de luxo que, com isso ele ganha uma comissão por esses programas,
foi considerado o assassino.
Nosso
protagonista vai atrás de tudo para tentar descobrir o que realmente aconteceu,
e então descobre que Gloria sabia de muitas coisas e por isso acabou sendo
assassinada. Alguns anos atrás, ela foi testemunha em um caso sobre um cartel
de drogas e ajudou a colocar um homem bem perigoso atrás das grades. Foi nessa
época que Haller falou para ela ir para outro estado e mudar de vida, então
agora ele vai investigar o que realmente aconteceu, o motivo por que ela quis
continuar nesse mundo e o porquê de ter mentido para ele durante todos esses
anos. Porém, quanto mais investiga, mais perigosas as coisas ficam.
Uma obra
cheia de reviravoltas, na qual você não consegue descobrir quem é inocente até
chegar ao fim. Uma história eletrizante, que envolve assassinato, corrupção,
prostituição e drogas, que faz você ficar tentando desvendar quem é o culpado e
que te instiga em todos os momentos a criar teorias. Gosto bastante desse tipo
de enredo, e, para quem curte um bom romance policial, não pode deixar de ler
essa trama que está super envolvente e bem escrita.
A obra foi
narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista de Mickey Haller, o que foi bem
legal, já que assim conseguimos entender melhor os seus pensamentos, como ele
investiga, pensa e age, e até mesmo os seus sentimentos por estar passando
momentos tão difíceis em sua vida pessoal. São todos esses pequenos detalhes
que fazem a trama ficar incrível e muito bem escrita. Gostei bastante de como o
mistério foi se desvendando e de que no final todas as nossas perguntas são
respondidas, sem deixar nenhuma ponta solta.
A capa
inaugura, junto com “A Caixa-Preta”, da série Harry Bosch, os novos padrões gráficos de capas do autor publicadas
pela Suma de Letras. Todos os livros publicados anteriormente pela editora
possuíam outro estilo de capa e acredito que os próximos seguirão esse novo
modelo. O miolo está bem diagramado, com espaçamentos confortáveis e páginas
amarelas, porém a letra do texto não é muito grande, o que pode incomodar
algumas pessoas – não aconteceu comigo, mas sei que não é o ideal.
Recomendo “Os
Deuses da Culpa” para todos aqueles que se interessam por um thriller policial,
cheio de reviravoltas em um pano de fundo eletrizante que envolve corrupção,
drogas, assassinato, entre outras coisas que vão prender a sua atenção em todos
os momentos.
Avaliação
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