Gosto
bastante dos livros de Michael Connelly, que sempre conseguem me prender com
uma história instigante e uma narrativa bem gostosa. Por esse motivo, sempre
que que surge a oportunidade começo a leitura de um dos seus títulos (que
graças a Deus são muitos) e mergulho num novo suspense para solucionar os
acontecimentos. Lembrando que essa série não precisa ser lida em sua ordem de
lançamento, já que os livros são independentes, mas todos sempre trazem alguma
coisa a mais, como o amadurecimento de nosso protagonista e algumas coisas da
sua vida pessoal.
Nesse volume
vemos que nosso famoso detetive Harry Bosch vai investigar o caso da fotojornalista
dinamarquesa Anneke Jespersen, que foi assassinada a queima roupa em um beco
durante os protestos que estavam assolando as ruas de Los Angeles em 1992. O
caso dela nunca foi solucionado e com isso acabou sendo arquivado. Agora, vinte
anos depois, Bosch tem a chance de investigar o que aconteceu no passado e
tentar entender o motivo de ela ter sido morta, sendo que a única pista que ele
tem para desvendar todo o crime é a bala que foi retirada do corpo da
jornalista na época, uma cápsula de uma 9mm, e com isso ele começa a fazer uma
pesquisa sobre essa arma e descobre que, ao longo dos anos, ela já foi
utilizada em outros crimes.
Muito
determinado, Bosch não se dá por vencido e enfrenta várias barreiras para
conseguir solucionar todos os mistérios, mesmo com diversos contratempos como
falta de evidências, informações perdidas e toda a questão de ser um crime com
vinte anos. E com isso temos uma história eletrizante, cheia de diálogos
inteligentes, além de personagens cativantes e um pano de fundo maravilhoso.
Acompanhamos
então nosso protagonista nessa caminhada em busca da verdade, enquanto
conhecemos cada vez mais um pouquinho da sua vida pessoal e de como ele se
sente ao não ser capaz de conseguir ser tão presente na criação de sua filha,
que já é uma adolescente de quinze anos, muito inteligente e que sonha em
seguir os passos do pai.
O livro é
narrado em terceira pessoa, o que gosto bastante, já que assim conseguimos ter
uma visão mais ampla de tudo o que está acontecendo na trama, nos dando pistas
de uma maneira geral para que a gente também consiga desvendar todos os mistérios
junto com Bosch.
Essa obra é
daquele tipo que pensamos que encontramos quem é o culpado, até que uma nova
pista muda o sentido de tudo e faz com que a gente tenha que rever os nossos
palpites e mudar o nosso foco para outro personagem. Gosto bastante quando uma
leitura me proporciona esse tipo de dúvida, pois fica claro que é uma excelente
história, que não é óbvia ou clichê.
Com uma
narrativa bem gostosa e envolvente, este exemplar vai conseguir te conquistar
do início ao fim com personagens cativantes, cada um com o seu jeito de ser, um
enredo de tirar o fôlego com uma investigação bem detalhada, cheia de ação,
mistérios e pistas, tudo de uma forma bem explicada e bem convincente.
A capa segue
um novo padrão gráfico que a Suma de Letras está produzindo para as obras do
autor, sendo que o nome do mesmo está em destaque e o título possui uma cor no
fundo, que neste caso é o amarelo. Gostei bastante desta capa e acho que
combinou muito com as obras do autor. A diagramação é confortável para a
leitura e as páginas são amarelas.
Indico “A
Caixa-Preta” para todo mundo que se interessar por um romance policial, que consegue
nos prender em todos os momentos com personagens maravilhosos e muito bem
descritos, além de uma narrativa eletrizante e cheia de reviravoltas. Se você
curte livros desse estilo, não pode deixar de ler Michael Connelly, pois suas
obras realmente são inteligentes, cheias de mistérios e muito bem escritas.
Avaliação
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