Dixie
Carmichael é o tipo de pessoa que transforma o dia de qualquer indivíduo em
algo melhor. Ela é positiva, alto astral, amiga e sempre tenta ver o lado
positivo das coisas, assim como faz de tudo para ajudar e apoiar aqueles de
quem gosta, tem um coração de ouro e ilumina o caminho por onde passa. Por ter
visto de perto a história de amor de seus pais, que são almas gêmeas e mantém
um relacionamento maravilhoso até hoje, depois de anos juntos e casados, e
também a de sua irmã, que encontrou um homem maravilhoso com quem se
relacionar, ela também espera isso para sua vida. Então sabe que um dia vai
encontrar seu amor e viver algo grandioso, afinal não aceita menos do que isso.
Dash
Churchill é seu oposto. Calado, cheio de conflitos internos, não confia nas
pessoas e não deixa ninguém se aproximar, pois vivenciou muitas coisas ruins na
vida e sente que se começa a amar alguém, a pessoa é tirada dele antes que
tenha a chance de aproveitar esse sentimento. Por conta disso, ele acabou
deixando a família e a cidade de onde veio anos atrás e se alistou no exército,
onde percebeu que tinha um dom para alguma coisa. Agora, depois de acabar seu
período servindo ao país, ele fica em Denver por um tempo até ter que voltar
para sua cidade natal, Lowry, no Mississipi.
Quando
estava em Denver, ele trabalhou no mesmo bar de Dixie e se interessou por ela,
apesar de nunca ter se aproximado ou demonstrado qualquer coisa. Enquanto ela
percebeu cada um dos detalhes sobre ele e entende que é o homem certo para ela,
aquele com quem poderia dividir a vida e ser muito feliz. O problema é que ele
não sabe disso e, mesmo que soubesse, nunca iria admitir e muito menos aceitar
viver esse sentimento.
Agora que
tem que voltar para sua cidade natal, Church precisa pedir um favor para alguém
e percebe que essa pessoa é Dixie, que nunca negaria ajuda, principalmente a
pessoa por quem nutre sentimentos secretos. Então eles acabam embarcando juntos
numa viagem de moto de Denver até Lowry e nessa jornada descobrem mais sobre si
mesmos do que imaginariam que fossem descobrir.
Esse já é o
quinto livro que leio de Jay Crownover e também o quinto de que eu gosto muito.
A autora sabe como escrever tramas completas e envolventes de uma forma
especial e que nos conquista facilmente. Como seus personagens têm vidas
interligadas entre si e com os protagonistas dos demais volumes, acabamos
criando um vínculo maior com cada um deles e consequentemente também há mais
carinho.
Acho
realmente incrível termos essa possibilidade de conhecer um grupo de pessoas e
vermos cada um deles ganhando seu próprio livro, escrevendo sua história e
vivendo questões pessoais, superando-as, se desenvolvendo, amadurecendo,
evoluindo, etc. E também ganhando seu final feliz e apaixonado (porque eu adoro
histórias de amor!). E ela sabe como proporcionar isso muito, muito bem.
Confesso que
depois de ter lido a Introdução emocional da autora e também associando suas
palavras com a sinopse, imaginei que encontraria uma leitura com um alto teor
emotivo e que poderia chegar até mesmo a chorar – o que é bem difícil de
acontecer comigo (principalmente porque fujo desse tipo de leitura, porque a
vida já é complicada, então prefiro ler algo mais leve e/ou divertido), porém
isso não aconteceu. Sim, tem cenas tristes, outras reflexivas e outras de fazer
o coração ficar apertado. Mas a forma como Jay as descreve e também como passa
os sentimentos dos personagens para o leitor, faz com que tudo fique mais leve,
ainda que seja doído.
Então se
você, como eu, gosta de leituras mais leves e com uma pitada dramática, mas com
um delicioso final feliz, então as obras da Jay Crownover com certeza são
ideais para você. Além do mais, a escrita dela é deliciosa, envolvente e flui
bem. São vários pontos positivos num só lugar!
Adoro a
construção do romance de suas tramas. Os protagonistas não ficam juntos no
primeiro capítulo, jurando amor eterno um pelo outro. Pelo contrário, essa
relação vai sendo construída aos pouquinhos e a gente pode ver os sentimentos
evoluindo e o amor amadurecendo conforme avançamos as páginas. Só queria que,
quando soubessem disso, lutassem melhor por essa relação, ao invés de só
procurarem desculpas (como vou explicar melhor ali embaixo).
“Queria fazer, porque queria que Church
encontrasse a paz que obviamente lhe faltava, mas também queria poder me olhar
no espelho todos os dias e não odiar a mulher me encarando do outro lado.
Queria o conto de fadas de que minha mãe falava, o homem dos sonhos como minha
irmã havia conquistado, mas não queria precisar parecer patética ou desesperada
para conseguir tudo aquilo. O amor deveria nos fazer sentir melhor, não odiar a
pessoa que precisamos nos tornar para consegui-lo.”
Só tem dois
pontos que me incomodam nas histórias de Jay Crownover. A primeira é que ela é
muito repetitiva com os argumentos principais da trama e também com o quanto um
dos protagonistas atrai o outro. No caso desse livro, Church não consegue ficar
com Dixie porque tem medo, então ele não quer nem tentar, e fica repetindo o
motivo disso e que ele não quer mais passar pelo mesmo, etc., etc. Enquanto
Dixie comenta sempre que ele é o cara certo para ela, ainda que apenas ela
saiba disso, que quer ter algo a mais, mas que sabe que ele não quer, etc. E um
fica falando sobre o quanto o outro o afeta, o quão bonito, maravilhoso e mais
diversas características positivas o outro tem. Acho que isso torna a leitura
um pouco cansativa em alguns momentos, porque a gente já entendeu tudo aquilo,
não precisamos saber o tempo inteiro.
O segundo
ponto é que pelo menos um dos protagonistas sempre possui argumentos do porquê
não pode/quer ficar junto da outra pessoa. Pode haver amor, vários outros
sentimentos, proteção, etc. Mas eles nunca podem nem tentar porque não aceitam
isso até finalmente haver a reviravolta que os faça mudar. Isso não me incomodaria
tanto assim se eu não lesse tantos livros iguais, porém esse fato é mais comum
do que eu gostaria de encontrar nas minhas leituras. Queria ver mais do poder do amor, o fato de eles tentarem
antes de dar errado, a vontade de ficar juntos ser maior do que o medo, a garra
para enfrentar qualquer dificuldade porque se amam e porque querem ficar
juntos. E é disso que sinto falta, já que eles sempre optam pelo caminho mais
fácil, mais seguro e mais chato.
A série Saints of Denver já está chegando ao fim
e estou ficando com saudades. Ainda há um livro inédito aqui no Brasil, “Salvaged”
(até o momento o título em português não foi confirmado, mas é possível que
seja “Salvos Pelo Prazer”), que trará a história de Wheeler e Poppy,
personagens que já conhecemos e tiveram participações em outros volumes, sendo
ambos muito importantes para Dixie. A previsão de lançamento é para abril e vai
encerrar essa série provavelmente com chave de ouro, já que são dois
personagens maravilhosos e muito queridos. Mal vejo a hora de vê-los se
envolvendo! Não encontrei informações se a V&R Editoras continuará
publicando outros títulos da autora por aqui além deste, mas estou torcendo
muito, claro!
Mais uma
vez, Jay Crownover nos apresenta uma deliciosa história de amor, com personagens
bem construídos que precisam enfrentar alguns conflitos internos antes de
ficarem juntos. Uma trama bem desenvolvida, com uma pitada quente, leve e
envolvente, que com certeza vai te conquistar se você curte Romances
Contemporâneos com protagonistas maravilhosos.
Avaliação
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