Depois que
um grupo Super-Heróis composto pelos membros Menina de Ouro, Barbalien, Talky-Walky,
Abraham Slam, Coronel Weird e Madame Libélula, salvou a metrópole Spiral City, acabaram
ficando presos numa sinistra cidade que parece uma realidade paralela suspensa
no tempo. Dez anos se passaram, mas eles ainda não sabem como ou porquê de isso
ter acontecido, muito menos como encontrar uma maneira de escapar dessa cidade-prisão
e voltarem para suas realidades.
Frustrados
por terem que fingir viver existências normais, tediosas e forçadas, e sem
entender como reverter a situação, há uma chama de esperança quando uma nova
adição chega ao local. O problema é que ela ainda não sabe como foi parar ali
exatamente, então como conseguiria ajudar aquelas outras pessoas? Será que
assim eles conseguiram chegar mais perto da verdade ou esta é só mais uma
maneira de ficarem mais confusos e desesperados?
Esse volume
foi bastante interessante, e, para mim, ficou num nível semelhante ao primeiro.
Há algumas revelações, mas nada muito esclarecedor. Pelo contrário, há uma
complexidade em certas ações de algumas pessoas que nos fazem questionar mais
coisas e desconfiar de outras, ainda que não tenham trazido respostas concretas
ou esperançosas para nada. Porém, eu gostaria de mais explicações e também
queria ter me sentido mais conectada ao que estava lendo. Então pensei que
daria cinco casinhas de avaliação, mas se manteve em quatro mesmo, como o
anterior.
Temos a
chance de saber um pouco mais sobre os passados dos personagens e como eles
foram parar ali. Gostei de conhecê-los ainda mais a fundo e sei que tenho
minhas preferências, porém como eles ainda não foram completamente explorados,
sinto que ainda posso me surpreender.
Uma adição
muito bem-vinda nesta continuação foi a Lucy, que é uma mulher maravilhosa,
decidida e curiosa, que acaba explorando coisas que os outros não fizeram (ou pelo
menos não soubemos se fizeram), nos fazendo questionar junto com ela sobre
alguns pontos que vai desvendando. Mal posso esperar para ver como ela vai ser
utilizada nas sequências, visto que agora terá um papel grandioso no time (o
qual não vou comentar porque seria um spoiler imenso).
De qualquer
forma, gostei de vê-la explorando a cidade e os detalhes que aconteciam ao seu
redor, contando um pouquinho mais ao leitor sobre suas descobertas. Na minha
opinião, principalmente por ela ter uma alma de jornalista é ainda mais bacana
vê-la em ação.
Há um teor
bem melancólico nessa trama, que muitas vezes também desperta tristeza em nós. Houve
uma exploração maior de suas vidas, o que nos deixou mais próximos desses
heróis como seres humanos, não pelos seus feitos em prol do bem da sociedade,
mas as dificuldades ou alegrias que tinham em suas realidades sem uniforme e
máscaras. Há temas importantes sendo explorados e gostei bastante de poder
acompanhar esse lado. Só espero que todos encontrem um futuro melhor em suas
vidas, de verdade.
O desfecho
traz um grandioso cliffhanger, e a gente fica ansiosíssimo para saber o que vai
acontecer em seguida e quais são as revelações que Lucy finalmente vai nos
entregar. Quando me deparei com a última frase desta edição, quase tive um
treco por saber que tenho que esperar até ter em mãos o próximo volume “Black
Hammer #03: Era Da Destruição – Parte I”, que será publicado em maio por aqui.
Sei que falta pouco, mas queria já tê-lo em mãos quando finalizei esse segundo
exemplar. O pior é saber que a quarta obra só será publicada em novembro no
exterior, ou seja, mesmo que chegue aqui no Brasil ainda este ano, vai demorar.
Acredito que
a experiência de leitura vai ficar ainda mais bacana para quem tiver a chance
de ler uma edição atrás da outra, porque essa demora entre os volumes acaba
quebrando um pouco do ritmo, inclusive porque são muitos personagens e muitas
histórias. Ou seja, nesses exemplares de menos de duzentas páginas não há
espaço para explorar tão bem nenhum ponto, já que temos apenas algumas doses
homeopáticas de cada trama individual e quase nenhuma resposta do enredo em
comum. Então a gente fica muito curioso e ter que esperar tanto tempo afeta o
sentimento de pessoas como eu, que não têm uma memória muito boa e acaba
esquecendo um pouco dos detalhes.
Com uma
trama complexa que explora bastante o lado dos Super-Heróis como seres humanos
e não apenas como heróis, ainda não temos muitas pistas do que aconteceu para
que eles ficassem exilados nessa cidade misteriosa. Porém, já dá para irmos
criando diversas teorias enquanto vamos conhecendo melhor cada um dos
protagonistas através de flashbacks e da exploração de seus sentimentos. Com
certeza recomendo bastante a leitura dessa série viciante!
Avaliação

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