Depois de me
aventurar em “Objetos Cortantes” e ter amado a narrativa de Gillian Flynn,
resolvi que já estava mais do que na hora de ler os outros títulos da autora.
Por esse motivo, mergulhei em “Lugares Escuros”, e agora venho compartilhar com
vocês todas as minhas opiniões.
Nesse volume
conhecemos a história de Libby Day, uma mulher que tinha apenas sete anos de
idade quando testemunhou o terrível assassinato da mãe e das duas irmãs na
fazenda de sua família. Seu irmão, Ben, acabou sendo o acusado do crime,
pegando como pena a prisão perpétua graças ao seu testemunho. Desde então,
nossa protagonista vive uma vida sem rumo, sem amigos, família ou trabalho. Agora,
aos trinte e dois anos, ela tem uma vida de depressão, sendo uma mulher
mentirosa, cleptomaníaca, que vive de auxílio desemprego e de um fundo de
doações que recebeu quando o caso de sua família foi parar no jornal e chocou a
cidade.
Quando Libby
é procurada por um grupo de pessoas que estão convencidos da inocência do seu
irmão, vemos que nossa protagonista vê esse fato como uma oportunidade de conseguir
dinheiro, já que seu fundo está quase no fim, fazendo com que ela tenha que
começar a pensar na ideia de procurar um emprego.
Com isso,
ela vai na reunião desse grupo, pois lhe ofereceram quinhentos dólares, e passa
a vender para essas pessoas fotos, bilhetes e as memórias de sua família. Com
essas novas pessoas em sua vida, nossa protagonista passa a se perguntar coisas
que nunca se questionou e tenta desvendar se foi mesmo a voz do seu irmão que escutou
no passado.
Com uma
narrativa um pouco diferente, já que não é linear, vamos para o ano de 1985,
onde encontramos um narrador onisciente contando o dia de Ben e de Patty Day
para entendermos um pouco mais da história. E depois voltamos para a data atual
da trama, com uma narrativa em primeira pessoa pelo ponto de vista de nossa personagem
principal, Libby Day.
No meu ponto
de vista, o desfecho não foi tão bom. Foi um final que até dá para a gente
entender e aceitar, mas não foi como do outro livro que li dessa autora. Acho
que fiquei esperando um pouco mais sobre a conclusão da história. No geral,
gostei dessa trama, mesmo que a mesma tenha sido um pouco mais parada, até que
chegamos a certo ponto do livro, onde as coisas parecem andar mais. Porém, ela
não foi nada arrebatadora ou incrível para mim. Fiquei com a sensação de que
esta foi somente uma boa história que gostei de ter lido, nada demais.
A minha
edição possui capa original, porém a Intrínseca também publicou esse exemplar
com a versão inspirada no filme, adaptação estrelada por ninguém menos do que Charlize
Theron. Ainda não tive a oportunidade de assisti-lo, mas assim que o fizer,
faço algum comentário no blog ou no nosso Instagram @houseofchick.
Se você
gosta de suspenses que conseguem nos instigar com uma premissa interessante,
indico essa leitura. Esse volume tinha tudo para ser um dos meus queridinhos,
como “Objetos Cortantes” foi, mas, apesar de não ter entrado para essa lista, é
uma obra que recomendo bastante.
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