Não me canso de dizer quanto é bom e refrescante uma boa fantasia. A
sensação de viagem no tempo e espaço que uma boa literatura fantástica
possibilita é uma experiência única! E eu me admiro dos autores que conseguem
fazer isso de maneira original.
O filhote fantástico da vez foi Oksa Pollock e a Floresta dos
Desgarrados, segundo volume da série Oksa Pollock, escrito pela dupla Anne
Plichota e Cendrine Wolf, publicado pela Suma das Letras.
Contém Spoilers.
Oksa depois de descobrir ser uma adolescente especialmente mágica, mais
velha e experiente com seus novos poderes, se depara com um novo problema: seu
melhor amigo Gus desapareceu na sua escola de forma silenciosa e misteriosa.
Buscando resgatá-lo novos segredos de sua família vem a tona. Oksa se vê
obrigada a deixar a segurança que acreditava ter em Londres para mergulhar em um
mundo paralelo repleto de regras, medo e magia. Será que ela irá conseguir
equilibrar tantas variáveis e salvar quem precisa?
Intenso, profundo e de tirar o fôlego, o segundo volume de Oksa não
sofreu da tão conhecida maldição do segundo livro. O ritmo da narrativa da
dupla de escritoras continua a todo vapor, nos brindando com muita ação,
aventura e descobertas. Feita em terceira pessoa sob a perspectiva na maioria
das vezes da protagonista Oksa, o livro se desenvolve repleto de detalhes que
amarram muitos dados apresentados anteriormente.
Uma característica marcante da trama é que embora a ação seja frequente
ela não demora a ter solução. O que foi muito útil durante boa parte do livro,
em especial quando Oksa está presa nessa 'dimensão' paralela repleta de
perigos. Boa parte do livro é dentro desse lugar, que transmite uma sensação
claustrofóbica imensa!
Oksa está mais madura, ainda tem acessos de fúria, mas diante da responsabilidade
de ser a próxima Preciosa começa a desenvolver ponderação e paciência. Mesmo
assim ainda se abala com facilidade diante das descobertas sobre sua família, e
da dupla de pretendentes Gus e Tugdual.
Gus, seu melhor amigo humano está uma mala sem alça e bem pesada. Vive
lamentando o fato de ser um humano sem poderes, ao mesmo tempo em que algumas
vezes consegue ter surtos de inteligência e auxiliar o grupo. Todas as vezes em
que ele surgia já podíamos esperar por acessos de ciúmes e mimis sem fim!
Tugdual, é um salve-se-quem-puder que tem natureza dúbia, embora esteja
no grupo de Oksa, ainda desperta desconfiança pela sua descendência
e seu modo de ser. Desperta muitas emoções em Oksa, e embora sua
verdadeira face ainda me seja nebulosa gosto bem mais de sua arrogância e
humor negro do que de Gus.
Os demais salve-se-quem-puder também aparecem, Baba Pollock, a avó de
Oksa está um pouco apagada diante das pontadas que levou, esperava um pouco
mais de atitude da parte dela, e ela foi um pouco apática. Pavel, pai de Oksa,
sai do armário e assume sua natureza mágica, seu processo gradual é
bem descrito na narrativa e é importante como apoio a Oksa.
Um show a parte são as criaturas de Edefia, Divinalha, uma galinha
engraçada com um frio nada normal; Foldingodo, uma criaturinha ainda sem forma
para mim de um coração e dedicação sem igual!; Insuficiente outra criatura sem
forma (sem forma porque a descrição não me possibilitou fazer uma imagem rs!)
que tem uma memória de peixe e consegue soar leve em meio ao caos e por fim
Getórix que aparece de maneira breve mais alegre brigando com as demais
criaturas.
O fim da trama é em meio a ação, uma batalha terminou, mas uma enorme
guerra está por vir no próximo volume, já publicado pela Suma
das Letras: Oksa Pollck e o Coração dos Dois Mundos. Ansiedade define minha espera para voltar ao universo de Edefia!
Curiosidade- Algumas capas pelo mundo deste segundo volume:
Avaliação
Oi Bruna!
ResponderExcluirNão li a resenha por conter spoiler e por eu ainda não ter lido nenhum dos livros. Mas li a resenha do primeiro volume e fiquei mega curiosa com o enredo. Eu tbm adoro fantasia, então, claro que quero ler!
Adorei as capas, são lindas!
Bjo bjo^^