Em “O
Teorema Katherine” conhecemos Colin Singleton, um ex-garoto prodígio que
gostaria de ser um gênio, mas está meio desanimado porque a vida dele não está
exatamente seguindo por esse caminho, apesar disso, ele é super inteligente,
sabe várias línguas, adora anagramas, armazena as mais diversas informações em
seu cérebro (algumas muito úteis, outras nem tanto), e já namorou dezenove
vezes meninas que se chamam Katherine (escrito exatamente assim, sem nenhuma
letra diferente), ou seja, o padrão no seu gosto pessoal para se relacionar com
as meninas não é nada físico, é linguístico.
Colin entra
em depressão depois que a mais recente Katherine acaba de terminar o
relacionamento (como sempre, são elas que terminam com ele) mais duradouro que já
teve na vida, mas isso nem é o pior, o que acontece é que ele ainda a ama e a
quer de volta.
Até que
Colin e seu único melhor amigo, Hassan, resolvem que eles precisam sair
em uma viagem de carro sem destino para ele sair da fossa resultante do término
de namoro. Então, juntos saem pela estrada dirigindo o Rabecão de Satã (apelido
carinhoso que deram ao carro), e depois acabam resolvendo que devem parar em
algum lugar para fazer alguma coisa, quando avistam uma placa que dizia para
visitarem o túmulo do Arquiduque Francisco Ferdinando, e é para lá que escolhem
ir.
É assim que
eles vão parar em Gutshot, Tennessee. Logo que chegam eles conhecem Lindsey Lee
Wells, que é quem vai levá-los em um tour até o túmulo, e é nesse momento que
Colin tem um momento Eureca e surge uma ideia de que pode desenvolver um
teorema para determinar quando um relacionamento amoroso vai acabar e quem vai
ser o responsável pelo término. Se tudo sair como planejado, ele pode ser
reconhecido como gênio.
Há um tempo
queria conhecer alguma obra de John Green, mas “A Culpa é das Estrelas” não é
um livro para mim por se tratar de um tema carregado, de uma doença que eu
odeio, então eu queria uma oportunidade de poder ler algo mais leve e divertido
do autor para conhecer seu trabalho. E eis que a Intrínseca lança “O Teorema
Katherine”, lógico que corri para ler logo. Sei que muitos leitores não gostam
muito desse livro e o consideram o mais fraco do autor, mas eu simplesmente
adorei e não vejo a hora de ler mais obras dele.
Admito que
não adorei os personagens logo de cara não, mas com o passar da leitura eles
foram me conquistando cada vez mais, e no final eu só queria que a leitura
durasse mais páginas para eu poder continuar acompanhando as peripécias do quase
sempre adorável Colin, do divertidíssimo Hassan e da carismática Lindsey.
Todos os personagens
são complexos, possuem características próprias bem definidas e passam uma
impressão de realidade como se não existissem apenas nas páginas de um livro,
mas fora delas também.
Adoro a
interação de amizade entre Colin e Hassan, os dois passam por situações bem
cômicas, tem conversas inteligentes e tiradas super divertidas, além de um vocabulário
próprio, abusando de palavras inventadas ou misturando expressões de outras
línguas, como fugging (e suas
variações) e sitzpinkler, em seus
papos corriqueiros.
Achei a
ideia de criar um personagem que namora tantas meninas de mesmo nome bem diferente,
mas interessante, nunca tinha parado para pensar nisso e fico imaginando se
alguém pode ser assim na vida real também, e como sei que existe de tudo nesse
mundo, isso deve ser mais normal do que eu imagino.
Durante a
leitura podemos perceber a inegável inteligência do autor e todo o seu
conhecimento acerca dos mais variados assuntos que podemos imaginar, alguns
irrelevantes que nem todo mundo tem interesse em saber, e outros que são ótimos
para o conhecimento geral. A grande maioria das explicações podem ser encontradas
nas inúmeras notas de rodapé espalhadas por todo o livro, assim como outras
informações relevantes sobre a história.
Entre alguns
capítulos podemos conhecer um pouco mais da história do relacionamento de Colin
com a última Katherine com quem ele namorou, e em um deles ele contra
brevemente sobre cada uma das outras Katherine.
No final do
livro há um apêndice escrito por um amigo de Green, Daniel Bliss, explicando
como o teorema foi criado, matematicamente falando. Bom, admito que não li
quase nada disso, porque bem, eu odeio matemática e essas páginas são realmente
chatas e maçantes para quem não gosta do assunto.
A capa, que
foi criada por uma leitora e escolhida em um concurso (o que eu achei SUPER
LEGAL, imagina a felicidade dela?) é bem simples, mas os elementos tem tudo a
ver com a história, inclusive a nota (com o ¹ em cima) ‘¹Autor de A Culpa é das
Estrelas’, e eu a achei fantástica! A diagramação está simples, a divisão de
capítulos só é feita através do número do capítulo em questão escrita de forma
extensa e entre parênteses, a fonte não está em um tamanho grande, mas eu não
tive nenhuma dificuldade com a leitura e as páginas são amareladas.
O final é
meio previsível, já dá para imaginar o que vai acontecer lá pela metade do livro,
mas nem por isso deixa de ser ruim ou fofo, e eu adorei! E também trás uma
moral sobre o futuro que eu achei bem legal.
John Green
definitivamente sabe criar uma história cheia de realidade e situações cômicas,
com personagens bem espirituosos e muito bem construídos e desenvolvidos, através
de uma narrativa deliciosa e fluida, que agrega conhecimento ao leitor de uma
maneira bem descontraída e gostosa de acompanhar. Além disso, para quem está
cansado de séries esse livro é uma boa pedida, já que esse é volume único.
Mas será que
a lógica e a previsibilidade da matemática vão poder fazer com que uma pessoa
possa determinar uma coisa tão imprevisível como o amor? Só lendo para
descobrir!
Avaliação
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Não gosto de John Green, na verdade eu o julgo por ACEDE então fico com bastante pé atrás para ler outra obra dele, mas gostei da sua resenha e fiquei até curiosa com a história... Quem sabe né...
ResponderExcluirEstandy Books - A Estante da Andy
Eu adorei A Culpa é das Estrelas, apesar de ser um livro "pesado" adoro como o autor escreveu cada personagem. Quero muito ler outra obra dele. O teorema é sem dúvida um dos meus desejados.
ResponderExcluirAdorei a resenha, John sabe mesmo cativar o leitor!
bjo^^
Li A culpa das estrelas e apesar de não ter amado acho o John um genio, o livro é simples é complexo, dramático, leve... por essas e outras fico até curiosa quanto a esse livro, tem até a matemática envolvida! Maaas não é prioridade! Não sabia dessa da capa ter sido escolhida num concurso! Que legal!
ResponderExcluirGarota das Letras - http://garotadasletras.blogspot.com
Super fofa essa história, gostei demais de ler. E é bem diferente do ultimo dele. Pelo menos nesse não terminei dizendo e injuriando esse mundo injusto...
ResponderExcluirÉ bem leve e divertido, gostoso de ler.
Eu acabei de terminar A Culpa é das Estrelas, tive alguns problemas, mas fora isso o livro é lindo! E estou começando O Teorema Katherine essa semana, espero que seja legal
ResponderExcluirEssa é a primeira resenha que leio sobre esse livro *-*
ResponderExcluirTambém não li nada desse autor ainda e tenho muita curiosidade =S
Amei a resenha o livro traz uma historia bem diferente e divertida!
Parece uma leitura gostosa mesmo que demore um pouquinho para se apaixonar pelos personagens o espirito é não desistir!!
A capa é muito fofa!!
Beijos