O Mágico de Oz – L. Frank Baum


Dorothy é uma menina órfã que vive no Kansas com seus tios e Totó, até que um ciclone chega e, antes que dê tempo de se esconder no abrigo com os tios, carrega a casinha com ela e Totó pelos ares até chegar a uma terra diferente.
Querendo voltar para casa, mas sem saber como, descobre que o único que pode ajudá-la é o magnífico Mágico de Oz. Para encontrá-lo, ela sairá em uma jornada longa e por vezes perigosa. No caminho conhece um Espantalho que deseja um cérebro, um Lenhador de Lata, que quer muito ter um coração, e um Leão Covarde que almeja ter coragem. Juntos, enfrentam muitos perigos e seus próprios medos, mas também conhecem gente bondosa e vivem coisas incríveis. Mas no final todos conseguirão o que desejam?
De uns anos para cá tenho lido vários Clássicos e o gênero se tornou um dos meus favoritos. De todos do subgênero Infantil que tive o prazer de ler até agora, O Mágico de Oz virou meu preferido. Sabe o tipo de história fofa que deixa um quentinho no coração? A amizade entre esses personagens logo cresce e vemos que se tratam como iguais, como eu gostaria que os seres humanos da realidade se tratassem. Eles se ajudam, se apoiam e trabalham em conjunto utilizando o que cada um tem de mais forte para benefício de todos. Foi realmente muito bonito acompanhar tudo isso, a jornada deles e como lidavam com cada situação que surgia.


Foi tão legal vê-los em busca de coisas que já tinham dentro de si (ou perto), sem que eles nem notassem (mas nós percebemos), enquanto partem nessa aventura com muito aprendizado e autoconhecimento. Esse já foi considerado o 1º livro infantil de cunho feminista, já que Dorothy é forte, determinada e nada passiva.
As lições de moral embutidas sutilmente no texto foram bem agradáveis. E também as reflexões e críticas que só adultos entendem. Não tenho crianças por perto para ler esse livro, mas certamente vou guardá-lo com carinho para quando tiver meus filhos, já que quero ver suas reações com essa história, que é simples, mas grandiosa ao mesmo tempo.
Achei bem bacana que o autor fala na Introdução sobre Contos de Fadas e como foram importantes para as gerações. Os tradicionais, com cenas assustadoras e sinistras para chegar a uma moral, já estavam sendo classificados como históricos. E naquele momento (1900) poderiam dar lugar aos novos Contos Maravilhosos e Modernos, com histórias Fantásticas voltadas para o prazer da criança, trazendo alegria e admiração no lugar dos pesadelos e sofrimentos de outrora.


A edição que li foi a Comentada e Ilustrada da Coleção #ClassicosZahar, que está INCRÍVEL! Capa Dura, texto integral, Ilustrações originais e pranchas coloridas de W.W. Denslow, notas, apresentação com informações sobre vida e obra de Baum e prefácio.
Recomendo MUITO essa deliciosa obra que traz aventura, personagens carismáticos se apoiando, ótimas reflexões e deixa um sorriso no nosso rosto.

Avaliação





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