Quando eu vi
este livro pela primeira vez, eu ainda não tinha conhecimento da história da
gangue de Hollywood, e logo me interessei muito por este título, ainda mais
vendo a capa do filme, que trás como uma das protagonistas a Emma Watson.
A história,
que trás fatos reais, relata sobre a vida dos adolescentes que roubaram a casa
das celebridades como Paris Hilton, Rachel Bilson, Orlando Bloom, entre outros,
e causaram um prejuízo de milhares de dólares em itens roubados. A autora Nancy
Jo Sales, entrevistou os envolvidos nos arrombamentos e deu a oportunidade de
cada um deles falaram a sua versão da história e ainda a oportunidade de
contestar os fatos dados pelos outros, fazendo com que muitas vezes, no meio da
leitura, a gente encontre a frase “tal pessoa não quis comentar”.
Achei a
história bem interessante, e fiquei impressionada pelo fato de adolescentes
conseguirem invadir a casa dessas celebridades (que na minha cabeça deveriam
ser as casas mais bem protegidas, cheias de seguranças), e de como foi fácil.
Era de se pensar pelo menos que daria mais trabalho, mas, pelo que li, sempre
tinha uma porta aberta, ou a chave em um local que dava para encontrar, e
sempre deram a sorte de pegar o alarme desligado.
Para o
pessoal da gangue era tudo questão de planejamento, primeiro Rachel Lee, a japonesa
que foi considerada a líder do grupo, escolhia um alvo (por isso a maioria
foram mulheres, e quando não foi era porque a namorada era uma mulher
importante) por quem ela sentia admiração, e passava o nome para o Nick Prugo
pesquisar. Na internet, eles descobriam o local que essas celebridades moravam,
e iam fazer um reconhecimento da área, tentando encontrar jeitos fáceis de
entrar. Depois destas etapas, estavam prontos para o verdadeiro assalto.
O livro
conta muito sobre a obsessão dos jovens americanos com a fama e de como eles
querem ter o “estilo de vida” proporcionado pelo dinheiro e poder, fazendo com
que a maioria dos jovens queira ter carreiras que resultem neste estilo. Fala
também do consumo destes jovens em drogas e bebidas, e que suas vítimas não
foram somente celebridades, eles fizeram inúmeros roubos pequenos, procurando
carros que estivessem destrancados e até mesmo casas de conhecidos que
estivessem viajando.
Pelo que li,
a polícia de Los Angeles não tinha encontrado relação nos crimes até que um dos
autores confessou, por estar preocupado e não conseguir dormir bem à noite
sabendo de tudo o que fez, e que queria reparar as vítimas devolvendo seus
pertences (vários deles foram vendidos por pechinchas em uma feira). Nick foi o
relator de tudo, fazendo com que várias pessoas o chamassem de X9. Foi também
impressionante ler que Rachel, a líder do grupo, se manteve calma o tempo todo,
e saber que, para ela, aquilo era como fazer compras, sendo que ela vinha de
uma família rica, e não precisava nem um pouco fazer isso. Aliás, a maioria dos
responsáveis pelos roubos vinham de famílias muito ricas.
Vimos que
Alexis, uma das integrantes, estava atrás da fama e se considerava uma pessoa
inocente, além de afirmar que a verdade dela iria aparecer em breve e que o
mundo saberia que isso era uma grande injustiça, vimos também que na época do
acontecimento, ela ganhou um reality show chamado Pretty Wild, com sua amiga
irmã Tess Tayor (que acabou não sendo acusada pelos roubos) e que um dia ela
sonhava em ser uma líder.
Sobre a
parte gráfica, eu gosto bastante da capa, que é um pôster do filme, e o título
está em alto-relevo, a diagramação está bem feita, com fonte e espaçamento
confortáveis para a leitura por mais tempo, as páginas são amareladas, e
encontramos diversas fotografias de vítimas e dos culpados espalhadas durante
todo o livro.
Depois de
ler o livro, resolvi assistir ao filme (já tinha visto o trailer e fiquei muito
interessada em ver a história nas telonas), e vou comentar um pouco sobre como
ficou essa adaptação sob o meu ponto de vista, ou seja, essa não é uma análise
crítica de quem entende a produção (câmeras, movimentos, direção de arte,
trilha sonora, etc.), somente é o que achei baseado no meu gosto pessoal.
As
reportagens de Nancy Jo Sales para a revista Vanity Fair que foram responsáveis
por inspirar Sofia Coppola a querer gravar este filme, que tem um foco bem
grande na obsessão dos jovens. O filme muda os nomes dos personagens, para não
trazer os nomes verdadeiros, e corta alguns dos indiciados e condenados pela polícia.
Antes de
assistir, pensei que o filme teria um teor mais fictício, embora fosse baseado
em fatos reais, ou seja, pensei que iríamos assistir a história como se fosse
um filme normal (eu não sei o nome que se dá aos tipos de filme, mas espero que
tenham entendido), mas eu achei que ele apresenta algumas características de
documentário.
Nós
realmente acompanhamos como foram os assaltos e os personagens (atores)
conseguiram trazer bastante realidade ao que estava sendo passado (exceto por Taissa
Farmiga, não gostei nada da atuação dela, para mim soou muito forçada), mas as cenas
não têm muita emoção, o filme é meio parado (teve gente que assistiu comigo e
dormiu antes do meio) e algumas situações eram desnecessárias, já que a cena
não fazia sentido e/ou diferença no roteiro, se elas fossem eliminadas não
teriam feito nenhuma diferença (tipo quando fica muito tempo focando em algo,
como uma cena BEEEEM LENTA de uma menina pegando um perfume, olhando para ele,
depois borrifando nela, sem seguida se admirando no espelho...).
Além disso,
há alguns depoimentos que aparecem durante o filme, dando mais ainda a
impressão de ser algum tipo de documentário. Para ser mais exato, acho que
poderia ser considerado uma mistura de documentário com reality show, do tipo
Laguna Beach ou The Hills.
Quem se
sente incomodado com cenas mais explícitas em relação a drogas e bebidas, não
vai gostar de assistir porque essas partes têm grande importância na vida
desses jovens e são mostradas diversas vezes.
Apesar de
não ter sido como imaginei e estar bem longe de meus filmes preferidos, acho
que a adaptação ficou perfeita para aquilo que era proposto: mostrar esses
jovens de uma maneira bem realista, com conversas e atitudes fúteis, e tendo
obsessão pelo estrelato, e eu gostei bastante de ter assistido.
O livro é
super interessante, e por isso recomendo para todo mundo que, assim como eu, se
interesse por este tipo de leitura, que aconteceu na vida real, e que deixou
inúmera pessoas chocadas. O filme é um complemento que também vale a pena
assistir, mas levando em conta que não deve esperar grandes emoções ou cenas
intensas e um ritmo gostoso de acompanhar, porque não vai.
Avaliação
Livro:
Filme:
Vencedor: Livro
Não li o livro, mas vi o filme e gostei bastante, principalmente pelo olhar que a Coppola proporciona com relação aos jovens. Em momento algum sentimos pena nem existe qualquer tentativa mental do espectador para inocentá-los, mesmo que a criação deles tenha sido grande culpada pela forma como agem/pensam. Retrato de uma juventude corrompida, de valores invertidos.
ResponderExcluirUm beijo, Livro Lab
Tbm não li o livro mas já assisti ao filme. Concordo com vc, ficou mesmo um documentário! Não gostei muito do filme, mas ainda quero ler o livro. Tbm não sabia sobre esta gangue...
ResponderExcluirAdorei a resenha dupla!
bjo^^
Ainda não li o livro mas tenho muita vontade e as criticas são na maioria positivas!!
ResponderExcluirSó fiquei receosa em relação ao filme pela sua descrição acho que vou achar chato.
Mas pretendo ler sim pois é um assunto bem distinto de tudo ainda mais se tratando de fatos reais!!Depois verei o filme tomara que eu não durma rsrsrs
Bjus
No li o livro ainda.. Vou ser sincera que não tenho muita vontade.. Porém ando vendo muitas críticas boas e ruins também!! Quem sabe um dia..
ResponderExcluirO filme a mesma coisa.
Gostei muito do seu blog e das postagens (andei vendo os post anteriores) E claro, já estou seguindo! Pretendo voltar sempre para ver as novidades!
Beijos, Ariane!
- www.diariodostreze.blogspot.com (Visita? será uma honra ter você por lá)
Eu ia assistir ao filme na estreia, mas acabei não indo e fiquei apenas adiando e adiando...
ResponderExcluirfiquei interessada em ler o livro, principalmente por se tratar de fatos reais, mas não tenho pressa nenhuma em fazê-lo... Afinal, tenho uma pilha de 30 livros pra ler.